João Francisco Neto morou em Santa Luzia na década de 1990 no bairro Baronesa. Mudou-se da região aos 19 anos de idade, mas, mesmo após a mudança, manteve contato com os parentes e com a comunidade. A iniciativa de morar em Santa Luzia foi de seu pai, por motivos financeiros e interesses imobiliários. João morou com sua família no Baronesa, na rua Turquia. Ele conta que o bairro hoje já não é mais o que era antes. Anteriormente era semirural, hoje é bem mais urbanizado. A principal mudança do bairro foi a violência, com impacto direto no convívio social. Era um costume juntar os amigos, fazer rodas de papo ou de violão, conversas, festas e shows, após culto da igreja, na praça. Com a chegada do tráfico e por consequência da violência, isso tudo acabou e as ruas se tornaram ermas. Após o acontecimento de um homicídio na praça ele relata que a dinâmica de convivência mudou, uma vez que os moradores não se sentiam mais seguros. Londrina e Cristina nessa época também se tornaram bairros mais violentos.
Texto a partir do relato de João Francisco de Carvalho Neto em entrevista realizada em agosto de 2017.
Foto: Parte do Bairro Baronesa Visto a partir do IFMG Santa Luzia
Fonte: Acervo projeto Espaço da Memória
