Cassimiro conta que, na época do Governo Collor (1990–1992), surgiu um programa chamado Pronaica, e desse programa surgiram duas vertentes: uma delas foi o CAIC, que seria uma escola ampla e com inovações culturais e educacionais. Esse projeto educacional não se sustentou e, com o passar do tempo, os CAICs se tornaram escolas comuns. Posteriormente, os governos passaram o terreno para o Poder Municipal. Contudo, as cidades não conseguiam manter um espaço desse tamanho e, em pouco tempo, o projeto entrou em decadência. Em Santa Luzia, o terreno passou a ter outras utilidades, uma escola menor foi construída ao lado do CAIC. Mais tarde, foi lançado o projeto dos Institutos Federais e Santa Luzia tinha bastante interesse para a implantação de um campus. Assim, o Governo Federal liberou um IF para a região, porém, essa oportunidade quase foi perdida por falta de terreno, surgiu então a ideia de utilizar o terreno do CAIC para a implantação do Instituto Federal. O terreno atendia aos pré-requisitos, dentre eles a metragem quadrada e a localização periférica, sendo assim em fevereiro de 2014, foi inaugurada a unidade Instituto Federal de Minas Gerais, campus Santa Luzia.
A retirada dos programas que atuavam nesse espaço, como o CRAS, o posto de saúde e a assistência social, gerou polêmica entre a população. Porém o mais polêmico foi a retirada da APAE. A implantação da APAE em outro terreno foi complicada, pois o terreno não era de domínio público e se apresentava bastante acidentado.
Texto a partir do relato de José Cassimiro da Silva em entrevista realizada em junho de 2018
Foto: IFMG Santa Luzia antes da reforma da quadra (2018)
Fonte: Acervo projeto Espaço da Memória