Antigo morador da região, Álvaro Diniz já foi vereador da cidade e é um conhecedor da história de Santa Luzia. Ele atribui seu conhecimento sobre o passado da cidade ao convívio com seu sogro, Pedro Lara, filho de Gervásio Lara, um dos herdeiros da Fazenda da Baronesa. Segundo ele, na época da colonização do Brasil, um bandeirante chamado Zé Correia chegou, através do Rio das Velhas, a um ninho de ouro em Sabará. Posteriormente, descendo o rio à procura de mais ouro, Correia chegou a Santa Luzia e fez seu garimpo na região onde hoje é o Mega Space. Tempos mais tarde, abateu-se sobre o lugar uma enchente, e a comunidade que ali havia se formado fugiu e foi para um lugar mais elevado. No alto, fundaram a Igreja Matriz, onde atualmente é o Centro Histórico, que foi chamado a princípio de Bom Retiro.
Álvaro conta a seguinte lenda que deu origem ao nome da cidade. Leôncio, um dos integrantes do grupo de Zé Correia, era cego e um dia puxou na bateia a imagem de uma santa, Santa Luzia, que milagrosamente curou sua visão, batizando assim o nome daquele lugarejo. Em paralelo a esse movimento do garimpo, surgiram as sesmarias, fazendas que o Estado delegava a particulares para o cultivo de alimentos. Uma delas era a Fazenda da Baronesa, personagem que surge na região por volta 1800, cujo título vinha do marido, Manoel Civiliano, que o recebera do Imperador. A Fazenda Baronesa ia do Zero Hora até o Posto Demétrio. Ao redor da fazenda, foram edificados um teatro e um posto de saúde, entre outras estruturas urbanas, as quais geraram boa parte da conformação do Centro Histórico atual.
Em 1915, os irmãos Gervásio Lara e Francisco Lara, este mais conhecido como Chiquinho, compraram a Fazenda da Baronesa e a dividiram entre si. Gervásio ficou com a maior parte, a sede da fazenda, cujas terras se localizavam em direção ao Centro Histórico, abrangendo atualmente os bairros Duquesa I, Duquesa II, Liberdade, Castanheira, Belo Vale, Palmital,...
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Antigo morador da região, Álvaro Diniz já foi vereador da cidade e é um conhecedor da história de Santa Luzia. Ele atribui seu conhecimento sobre o passado da cidade ao convívio com seu sogro, Pedro Lara, filho de Gervásio Lara, um dos herdeiros da Fazenda da Baronesa. Segundo ele, na época da colonização do Brasil, um bandeirante chamado Zé Correia chegou, através do Rio das Velhas, a um ninho de ouro em Sabará. Posteriormente, descendo o rio à procura de mais ouro, Correia chegou a Santa Luzia e fez seu garimpo na região onde hoje é o Mega Space. Tempos mais tarde, abateu-se sobre o lugar uma enchente, e a comunidade que ali havia se formado fugiu e foi para um lugar mais elevado. No alto, fundaram a Igreja Matriz, onde atualmente é o Centro Histórico, que foi chamado a princípio de Bom Retiro.
Álvaro conta a seguinte lenda que deu origem ao nome da cidade. Leôncio, um dos integrantes do grupo de Zé Correia, era cego e um dia puxou na bateia a imagem de uma santa, Santa Luzia, que milagrosamente curou sua visão, batizando assim o nome daquele lugarejo. Em paralelo a esse movimento do garimpo, surgiram as sesmarias, fazendas que o Estado delegava a particulares para o cultivo de alimentos. Uma delas era a Fazenda da Baronesa, personagem que surge na região por volta 1800, cujo título vinha do marido, Manoel Civiliano, que o recebera do Imperador. A Fazenda Baronesa ia do Zero Hora até o Posto Demétrio. Ao redor da fazenda, foram edificados um teatro e um posto de saúde, entre outras estruturas urbanas, as quais geraram boa parte da conformação do Centro Histórico atual.
Em 1915, os irmãos Gervásio Lara e Francisco Lara, este mais conhecido como Chiquinho, compraram a Fazenda da Baronesa e a dividiram entre si. Gervásio ficou com a maior parte, a sede da fazenda, cujas terras se localizavam em direção ao Centro Histórico, abrangendo atualmente os bairros Duquesa I, Duquesa II, Liberdade, Castanheira, Belo Vale, Palmital, Cristina, etc. Já Chiquinho ficou com uma parte menor, onde hoje são os bairros São Benedito, Londrina, Asteca, Chácaras Santa Inês, São Cosme e Baronesa. No início da década de 1950, quando Juscelino Kubitschek inaugurou o frigorífico Frimisa em Santa Luzia, vias de acesso foram criadas até o local, denominado de Carreira Comprida. Nesse momento, foi implementada a avenida Brasília, nome em referência à nova capital do Brasil que estava sendo construída. A família de Chiquinho aproveitou a oportunidade e criou uma imobiliária. Começaram então a lotear e vender terrenos ao redor dessa avenida, onde hoje se encontra o centro comercial do distrito de São Benedito.
Texto a partir do relato de Álvaro Diniz em entrevista realizada em agosto de 2017.
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