A vida de Dona Terezinha Numa linda manhã do dia três de outubro de mil novecentos e quarenta e oito nasceu, no interior de Camaquã, a primeira filha do Senhor Sátiro Nunes Vicente e de Dona Maria Belamir da Cunha Vicente. Era uma menina muito mimosa, que recebeu o nome de Terezinha Eloá Vicente Fallavena. Seu nome foi escolhido por seu pai em homenagem a sua vovó paterna que também se chamava Terezinha. Durante sua infância adorava comer pitanga, que tinha muito no bairro onde morava. O nome do bairro era Passo das Pitangas. Suas brincadeiras preferidas eram ciranda cirandinha, passar o anel e, como naquela época não tinha bonecas, ela adorava brincar com suas bruxinhas de pano, feitas por sua mãe. Terezinha ajudava muito nas lidas da casa e dos trabalhos na roça, e por não conseguir se concentrar, pensando sempre no que tinha que fazer em casa estudou somente até o terceiro ano numa escola chamada Alto Alegre A escola ficava bem no alto e muito longe de sua casa e para chegar até a escola Terezinha caminhava por uma hora e meia e o único meio de transporte que havia na época era charrete. Quando ela fez quinze anos, como sua família era muito humilde e não podia fazer uma festa, seu pai lhe deu de presente um rádio. Com este radinho, ela e seus amigos divertiam-se, escutando músicas sertanejas e dançando no terreiro de sua casa. Sua adolescência foi muito boa, além de se divertir em casa, nos finais de semana, mesmo tendo trabalhado na roça durante a semana, tinha disposição para ir, junto com suas amigas, aos bailes e festas da comunidade. Com vinte e um anos deixou os trabalhos na roça e começou a trabalhar na casa de uma família italiana em Porto Alegre. Sempre que Terezinha ia buscar massa caseira em uma padaria, passava por um estúdio onde trabalhava um belo rapaz que mexia com seu coração. Certo dia ela foi até ao estúdio para tirar uma foto e ficou conhecendo melhor o fotógrafo, que se chamava Vicente. Após este dia...
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A vida de Dona Terezinha Numa linda manhã do dia três de outubro de mil novecentos e quarenta e oito nasceu, no interior de Camaquã, a primeira filha do Senhor Sátiro Nunes Vicente e de Dona Maria Belamir da Cunha Vicente. Era uma menina muito mimosa, que recebeu o nome de Terezinha Eloá Vicente Fallavena. Seu nome foi escolhido por seu pai em homenagem a sua vovó paterna que também se chamava Terezinha. Durante sua infância adorava comer pitanga, que tinha muito no bairro onde morava. O nome do bairro era Passo das Pitangas. Suas brincadeiras preferidas eram ciranda cirandinha, passar o anel e, como naquela época não tinha bonecas, ela adorava brincar com suas bruxinhas de pano, feitas por sua mãe. Terezinha ajudava muito nas lidas da casa e dos trabalhos na roça, e por não conseguir se concentrar, pensando sempre no que tinha que fazer em casa estudou somente até o terceiro ano numa escola chamada Alto Alegre A escola ficava bem no alto e muito longe de sua casa e para chegar até a escola Terezinha caminhava por uma hora e meia e o único meio de transporte que havia na época era charrete. Quando ela fez quinze anos, como sua família era muito humilde e não podia fazer uma festa, seu pai lhe deu de presente um rádio. Com este radinho, ela e seus amigos divertiam-se, escutando músicas sertanejas e dançando no terreiro de sua casa. Sua adolescência foi muito boa, além de se divertir em casa, nos finais de semana, mesmo tendo trabalhado na roça durante a semana, tinha disposição para ir, junto com suas amigas, aos bailes e festas da comunidade. Com vinte e um anos deixou os trabalhos na roça e começou a trabalhar na casa de uma família italiana em Porto Alegre. Sempre que Terezinha ia buscar massa caseira em uma padaria, passava por um estúdio onde trabalhava um belo rapaz que mexia com seu coração. Certo dia ela foi até ao estúdio para tirar uma foto e ficou conhecendo melhor o fotógrafo, que se chamava Vicente. Após este dia começaram a namorar e casaram-se. Depois de casados vieram morar em Guaíba no Bairro Nossa Senhora de Fátima, onde tiveram dois filhos Getúlio e Gustavo. O Bairro Nossa Senhora de Fátima fica próximo ao Bairro Moradas da Colina que naquela época tinha apenas mato, muito campo e criação de animais. Em Guaíba trabalhou durante vinte e cinco anos, como merendeira, na Escola São Francisco de Assis, onde passou momentos que não esquece ate hoje. Lembra que quando começou a trabalhar, a escola era formada por apenas dois prédios e que a primeira diretora chamava-se Ema. Dona Tereza, como era conhecida na escola, adorava trabalhar, pois tinha muitos amigos e gostava muito das crianças, principalmente dos menores. Para fazer o lanche não tinha muitas variedades e a comida que ela mais gostava de fazer era arroz com galinha, sopa, massa, e diz que cortar charque para fazer com arroz dava muito trabalho, mas que mesmo assim fazia com muita dedicação deixando o lanche, como sempre, delicioso e apetitoso. Quando Dona Tereza saía da escola, ia trabalhar como pizzaola numa pizzaria que ficava perto da escola. Lá ela fazia deliciosas pizzas de calabresa, de mussarela, de frango com catupiri, de filé, de brócolis e de muitos outros sabores. Atualmente Dona Tereza está aposentada cuidando de sua casa, na companhia de seu esposo e de seu filho Gustavo, e curtindo, sempre que possível, sua netinha Nicoli, filha de seu filho Getúlio e de sua nora Érica. Dona Terezinha nos deixou como mensagem: “Dediquem-se aos estudos para terem uma profissão e continuem educados para serem pessoas do bem.”
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