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Por: Museu da Pessoa, 13 de maio de 2004

Os véus da memória

Esta história contém:

P/1 – Bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Vou fazer duas perguntinhas iniciais em relação ao seu nome, qual o seu nome completo, local e a data de nascimento.

R – Prazeres Gonçalves Costa. Local do nascimento? Santa Terezinha? Não, foi aqui na Santa Rita, ali no Canindé.

P/1 – Aqui em São Paulo?

R – Ali que eu nasci.

P/1 – Qual a data?

R – Que eu nasci? Tem chão, 1917.

P/1 – Que dia?

R – Mês de agosto.

P/1 – Que dia?

R – Dia 27 de agosto.

P/1 – Certo. Mas a senhora não gosta de ser chamada de Prazeres, né? Como a senhora gosta de ser chamada?

R – É um nome muito português.

P/1 – (risos) E a senhora, todo mundo conhece a senhora como?

R – Conceição.

P/1 – Dona Conceição. Então vamos chamar a senhora de dona Conceição.

R – Eu tenho um apelido ainda que é Nézinha. Todo mundo me conhece como Nézinha. A minha irmã mais velha pra falar nenezinho, falava Nézinha, ficou.

P/1 – Pegou o apelido?

R – Pegou.

P/1 – Certo. Dona Conceição, responde pra gente então, qual o nome dos seus pais?

R – João Alfredo Gonçalves, e a minha mãe era Maria Francisca Gonçalves.

P/1 – Eles eram brasileiros?

R – Não, portugueses.

P/1 – Portugueses da onde de Portugal?

R – O Negão falou ai, eu nem lembro mais, Gouveia. São três lugares, a (Fonte de Lafé?) Gouveia, tinha outro nome.

P/1 – Certo.

R – O correio parece que escrevia os três nomes na carta. O correio acho que faz tudo.

P/1 – Ah ta, a entrega. Me fala uma coisa, eles vieram pro Brasil quando?

R – 1900 e... sei lá, não lembro, treze, acho que 1913.

P/1 – Ah, então foi um pouco antes da senhora nascer?

P/2 – E eles vieram casados ou…?

R – Vieram casados.

P/2 – Eles se conheceram lá então.

P/1 – E o que o seu pai...

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Museu Aberto

Depoimento de Prazeres Gonçalves Costa

Entrevistada por Rodrigo de Godoy e Ana Elisa

São Paulo, 13/05/2004

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número MA_HV057

Transcrito por Alexandre Oliveira Leonardo

Revisado por Luiza Gallo Favareto

P/1 – Bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Vou fazer duas perguntinhas iniciais em relação ao seu nome, qual o seu nome completo, local e a data de nascimento.

R – Prazeres Gonçalves Costa. Local do nascimento? Santa Terezinha? Não, foi aqui na Santa Rita, ali no Canindé.

P/1 – Aqui em São Paulo?

R – Ali que eu nasci.

P/1 – Qual a data?

R – Que eu nasci? Tem chão, 1917.

P/1 – Que dia?

R – Mês de agosto.

P/1 – Que dia?

R – Dia 27 de agosto.

P/1 – Certo. Mas a senhora não gosta de ser chamada de Prazeres, né? Como a senhora gosta de ser chamada?

R – É um nome muito português.

P/1 – (risos) E a senhora, todo mundo conhece a senhora como?

R – Conceição.

P/1 – Dona Conceição. Então vamos chamar a senhora de dona Conceição.

R – Eu tenho um apelido ainda que é Nézinha. Todo mundo me conhece como Nézinha. A minha irmã mais velha pra falar nenezinho, falava Nézinha, ficou.

P/1 – Pegou o apelido?

R – Pegou.

P/1 – Certo. Dona Conceição, responde pra gente então, qual o nome dos seus pais?

R – João Alfredo Gonçalves, e a minha mãe era Maria Francisca Gonçalves.

P/1 – Eles eram brasileiros?

R – Não, portugueses.

P/1 – Portugueses da onde de Portugal?

R – O Negão falou ai, eu nem lembro mais, Gouveia. São três lugares, a (Fonte de Lafé?) Gouveia, tinha outro nome.

P/1 – Certo.

R – O correio parece que escrevia os três nomes na carta. O correio acho que faz tudo.

P/1 – Ah ta, a entrega. Me fala uma coisa, eles vieram pro Brasil quando?

R – 1900 e... sei lá, não lembro, treze, acho que 1913.

P/1 – Ah, então foi um pouco antes da senhora nascer?

P/2 – E eles vieram casados ou…?

R – Vieram...

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