MÃE: CORAÇÃO E CORAGEM.
Introdução:
Ao traçar estas linhas, eu me lembro carinhosamente de minha querida e saudosa mãe! Amiga, companheira, amorosa, dedicada, firme! Muitas vezes dura, em sua luta para me tornar o homem que sou hoje, não só cronologicamente, mas especialmente mental e espiritualmente! Não fosse por ela, eu não poderia hoje contar esta história, mesmo que estivesse ainda vivo! Portanto, mais do que nunca, dedico esta narrativa a ela com todo o meu amor, carinho e gratidão. Lamento não ter escrito antes do seu falecimento! Ao menos posso deixar o registro deste episódio, o qual só reforça o legado desta grande mulher! Não apenas para a família, mas a quem interessar possa, neste Dia das Mães de 12 de maio de 2.025!
Há quase 64 anos, eu nasci, na cidade do Rio de Janeiro, antigo estado da Guanabara! Vim ao mundo, antes do tempo! Mais precisamente, de sete meses! Prematuro e abaixo do peso! Fui colocado em uma incubadeira! Fraco, adoentado! O médico pediatra me deu horas de vida! Minha pobre mãe desesperou-se! No entanto, sua melhor amiga, a qual veio a se tornar minha amada madrinha disse, resolutamente: - “O menino vai viver!”
E eu, indubitavelmente sobrevivi! No entanto, em meio a esta luta pela vida, acabei adquirindo uma infecção hospitalar! Como resultado, o lado esquerdo do meu cérebro foi afetado! A saber: minha visão ficou comprometida e também minha coordenação motora! Não me recordo se estas contingências dificultaram o desenvolvimento de minha fala.
À medida que fui crescendo, a deficiência visual se acentuava e na idade de sete anos comecei a usar óculos de grau para miopia e astigmatismo! Quando mais novo, minha mãe percebeu que meu tato também era deficitário! Mesmo que eu me cortasse, não chorava, pois praticamente, não sentia dor! Meus movimentos, ao me locomover eram meio descoordenados, minha postura e expressão facial sugeriam a desavisados(as), alguma...
Continuar leitura
MÃE: CORAÇÃO E CORAGEM.
Introdução:
Ao traçar estas linhas, eu me lembro carinhosamente de minha querida e saudosa mãe! Amiga, companheira, amorosa, dedicada, firme! Muitas vezes dura, em sua luta para me tornar o homem que sou hoje, não só cronologicamente, mas especialmente mental e espiritualmente! Não fosse por ela, eu não poderia hoje contar esta história, mesmo que estivesse ainda vivo! Portanto, mais do que nunca, dedico esta narrativa a ela com todo o meu amor, carinho e gratidão. Lamento não ter escrito antes do seu falecimento! Ao menos posso deixar o registro deste episódio, o qual só reforça o legado desta grande mulher! Não apenas para a família, mas a quem interessar possa, neste Dia das Mães de 12 de maio de 2.025!
Há quase 64 anos, eu nasci, na cidade do Rio de Janeiro, antigo estado da Guanabara! Vim ao mundo, antes do tempo! Mais precisamente, de sete meses! Prematuro e abaixo do peso! Fui colocado em uma incubadeira! Fraco, adoentado! O médico pediatra me deu horas de vida! Minha pobre mãe desesperou-se! No entanto, sua melhor amiga, a qual veio a se tornar minha amada madrinha disse, resolutamente: - “O menino vai viver!”
E eu, indubitavelmente sobrevivi! No entanto, em meio a esta luta pela vida, acabei adquirindo uma infecção hospitalar! Como resultado, o lado esquerdo do meu cérebro foi afetado! A saber: minha visão ficou comprometida e também minha coordenação motora! Não me recordo se estas contingências dificultaram o desenvolvimento de minha fala.
À medida que fui crescendo, a deficiência visual se acentuava e na idade de sete anos comecei a usar óculos de grau para miopia e astigmatismo! Quando mais novo, minha mãe percebeu que meu tato também era deficitário! Mesmo que eu me cortasse, não chorava, pois praticamente, não sentia dor! Meus movimentos, ao me locomover eram meio descoordenados, minha postura e expressão facial sugeriam a desavisados(as), alguma espécie de retardo mental. Alguns parentes até diziam a minha mãe que eu era retardado! Que não tinha jeito! Que minha genitora tinha que se conformar! Minha mãe, contudo, não se conformava!
Tanto é, que ela procurou profissionais da área cognitiva para realizar uns testes de inteligência, revelando que esta não havia sido afetada pela dita lesão cerebral! Sabendo disto, minha mãe começou a correr atrás de tratamento! Foi uma busca árdua! Para resumir, ela descobriu um tratamento específico, aplicado na clínica de um certo Dr. Raimundo Veras que aplicava um determinado método que o profissional importou dos Estados Unidos. Como ficaria tedioso descrever a técnica, o que posso dizer é que minha mãe estudou e aprendeu todo o processo! Para poder aplicá-lo em mim, ficou dois anos afastada do trabalho! Contratou ajudantes e quando precisou voltar ao batente, me colocou na própria clínica do Dr. Veras!
No início dos anos 70 a família se mudou para Brasília e a luta para me curar, de minha mãe prosseguiu infatigável!
Para resumir, ela conseguiu me inserir adequadamente na sociedade! Estudei em escolas regulares e aos poucos, superei de forma geral, minhas deficiências! Não todas, mas consegui ajustar-me adequadamente, ao ponto de na idade adulta me tornar professor de História e me aposentar em 2.021, nesta profissão maravilhosa e muitas vezes difícil!
Para concluir este resumo do que seria uma longa história, quero sempre agradecer a esta mãe coragem, de quem tive a honra de ser filho!
Recolher