O meu nome é Antônio Caetano de Oliveira Gatto, eu nasci no Rio de Janeiro, mas atualmente estou morando lá em Cachoeiras de Macacu. Eu faço parte de uma Associação de Moradores e fui convidado a participar desse evento, Agenda 21 da Petrobras pela comunidade. Nós estamos representando Cachoeiras de Macacu no setor de comunidade na Agenda 21 Petrobras. Estou satisfeito em estar participando das oficinas desde o começo. Eu moro na cidade desde 1998. A princípio eu conheci a cidade a passeio, depois nós gostamos do local e nos estabelecemos lá. Minha família está lá e meu filho também, que é veterinário. Eu sou um pequeno comerciante no local, faço e gosto de trabalhar para comunidade. Eu tenho uma casa de ração. Eu estou na divisa entre Cachoeiras de Macacu com Itaboraí. COMPERJ Nós ficamos sabendo da implantação do Comperj logo no começo. Com a Associação de Moradores atuando no Cachoeiras de Macacu nós fomos convidados a participar desse projeto. A Associação de Moradores já vem desde 1998, se não me engano. Quando eu fui para lá nós começamos a participar do grupo e hoje eu sou presidente da associação, procurando fazer o melhor para a comunidade. A princípio é bem difícil tocar a Associação de Moradores, agora esperamos melhorar um pouquinho mais com o advento desse empreendimento, convidando a comunidade a participar mais ativamente. Eu passei a participar da Associação com o objetivo de melhorar o local. Eu não sei se você conhece, é uma região agrícola, aparentemente agrícola, porque os terrenos lá são de quatro alqueires, dois mil metros quadrados, cinco mil metros quadrados, são propriedades praticamente rurais. A maior parte delas é de estrada de chão e, justamente por ter essa estrada de chão, estamos empenhado em melhorar um pouco mais. Tem toda essa situação de progresso e nós ainda com uma estrada de chão esburacada, reverter esse quadro é a nossa luta. O melhoramento na parte humana...
Continuar leituraO meu nome é Antônio Caetano de Oliveira Gatto, eu nasci no Rio de Janeiro, mas atualmente estou morando lá em Cachoeiras de Macacu. Eu faço parte de uma Associação de Moradores e fui convidado a participar desse evento, Agenda 21 da Petrobras pela comunidade. Nós estamos representando Cachoeiras de Macacu no setor de comunidade na Agenda 21 Petrobras. Estou satisfeito em estar participando das oficinas desde o começo. Eu moro na cidade desde 1998. A princípio eu conheci a cidade a passeio, depois nós gostamos do local e nos estabelecemos lá. Minha família está lá e meu filho também, que é veterinário. Eu sou um pequeno comerciante no local, faço e gosto de trabalhar para comunidade. Eu tenho uma casa de ração. Eu estou na divisa entre Cachoeiras de Macacu com Itaboraí. COMPERJ Nós ficamos sabendo da implantação do Comperj logo no começo. Com a Associação de Moradores atuando no Cachoeiras de Macacu nós fomos convidados a participar desse projeto. A Associação de Moradores já vem desde 1998, se não me engano. Quando eu fui para lá nós começamos a participar do grupo e hoje eu sou presidente da associação, procurando fazer o melhor para a comunidade. A princípio é bem difícil tocar a Associação de Moradores, agora esperamos melhorar um pouquinho mais com o advento desse empreendimento, convidando a comunidade a participar mais ativamente. Eu passei a participar da Associação com o objetivo de melhorar o local. Eu não sei se você conhece, é uma região agrícola, aparentemente agrícola, porque os terrenos lá são de quatro alqueires, dois mil metros quadrados, cinco mil metros quadrados, são propriedades praticamente rurais. A maior parte delas é de estrada de chão e, justamente por ter essa estrada de chão, estamos empenhado em melhorar um pouco mais. Tem toda essa situação de progresso e nós ainda com uma estrada de chão esburacada, reverter esse quadro é a nossa luta. O melhoramento na parte humana também. Tem muitas crianças que podem ser trabalhadas para serem tiradas da rua e terem uma atividade junto à Associação. Nós não temos ainda o nosso teto, agora eu assumi a Presidência de Associação de Moradores para tentar conseguir um teto, pois assim teremos um pouco mais de responsabilidade e podemos trabalhar a comunidade como um todo. No começo foi muito bom, existia realmente participação do povo, mas a associação e o povo gostariam de ser mais atendidos pela parte política nessa parte em relação às estradas. Anteriormente, quando eu não era presidente, tínhamos 200 e poucas pessoas envolvidas, só que depois tomou um rumo que o pessoal ficou descrente. O povo achava que a Associação teria de resolver toda a situação do bairro e na realidade se não tiver a parte pública empenhada em melhorar, não se consegue muita coisa. O meu empenho, como atual presidente da Associação é tentar melhorar esse intercâmbio, por isso nós procuramos nos envolver em todos os projetos que fomos chamados. A Associação está participando, nós assumimos esse compromisso para tentar, lá na frente, ter um pouquinho de esperança para que o nosso espaço seja melhorado. Justamente por estarmos empenhados com os demais colegas de Cachoeiras de Macacu nós ficamos sabendo da Agenda 21 Local através dessas conversas. Participamos também de outras atividades com relação aos conselhos: Conselho de Saúde e Conselho da Cidade – que estava se formando –, foi quando apareceu o tema da Agenda 21. Começamos a participar da Agenda 21 Local e depois fomos convidados a participar da Agenda 21 da Petrobras, foram praticamente dois momentos que atuamos. E fomos eleitos naquela parte que foi feita dentro das oficinas, quando foi eleito, por exemplo, quem iria participar da Agenda 21. Nós fomos eleitos para participar como comunidade, nós nos empenhamos realmente e fico satisfeito em ter cumprido o meu papel, de ter estado presente em todas as oficinas, não só no município como também aquelas que a Petrobras nos convidou a participar. Eu participo do Fórum Local desde 2006 ou 2007. AGENDA 21 LOCAL Na Agenda 21, no primeiro depoimento que nós demos, nós falamos que não adiantava a gente participar de um programa que não tivesse começo, meio e o fim, porque procurávamos chegar a um objetivo. Tivemos alguns problemas, começava e lá na frente murchava, acabava. Por isso que nós nos empenhamos, eu fui um dos primeiros a falar que tem o começo, o meio e o fim. Nós nos entregamos realmente a esse projeto e estamos aqui participando dessa entrevista e agradecendo mesmo a oportunidade de ser uma das pessoas escolhida e de ter participado ativamente nesse processo. Em relação ao futuro eu espero que ao final desses trabalhos, se todos os governantes pegarem 50% ou se possível 100% do trabalho que foi feito, acho que ganharíamos bastante, não só o município, como o nosso país. Eu não vou puxar sardinha para nada aqui, mas temos um empreendimento que muitos gostariam de ter em seu Estado, principalmente pela parte de pessoas trabalhando, porque hoje em dia é difícil o trabalho, principalmente na nossa comunidade. Está tendo bastante oportunidade de trabalho e, consequentemente, a economia também melhora no local. Nós fizemos várias oficinas para pegar alguns dados e poder ter subsídios para começar a trabalhar. Essas oficinas às vezes eram feitas em escolas, em locais da comunidade, em associações de moradores. Eu quero destacar que o trabalho da companheira Tabhta que foi bastante ativa. Ela realmente foi a pessoa que se destacou nessa Agenda 21, não só pelo conhecimento, mas o objetivo que ela já tinha no caminho dela. Até a pouco tempo nós tivemos a informação que está terminando o projeto, ele está nas mãos do prefeito para realmente concluir o trabalho da Agenda 21. Se não tiver a aprovação da prefeitura nós não podemos seguir a outra parte. A comunidade de Cachoeiras de Macacu participa, não vou dizer que seja 100%, mas um grande grupo participa, principalmente as pessoas do Centro. Na periferia, Águas Brasil, São José da Boa Morte, esses outros lados participam quando tem oficina programada para o local, mas normalmente fica mais centralizado no Centro de Cachoeiras de Macacu. No começo da Agenda 21, os próprios governantes que deveriam estar à frente junto com a comunidade se demonstraram desinteressados. Acho que eles estavam pensando que as pessoas que estavam participando estavam querendo tomar o lugar deles, não é isso. No primeiro momento pegamos o governo anterior que não deu apoio logístico nenhum. Por insistência fomos fazendo e levando. Mas com a mudança de política eu vejo nessa administração atual que o prefeito está imbuído e querendo que faça prevalecer um pouquinho da vontade das pessoas. Eu acho que agora vai realmente sair do papel para poder alcançar os nossos objetivos. Na realidade são praticamente dois anos que a Agenda 21 está rolando, nós esperamos que muitas das coisas que foram tratadas e colocadas ali se tornem realidade. Tem muita coisa ali que se for aproveitada o ser humano vai ter muita vontade de viver. No município de Cachoeiras de Macacu nós temos a maior área verde do Estado do Rio de Janeiro. Muitos das nossa metas envolvem a parte ambiental. Foi muito bom participar ali da Agenda 21, tinham várias cabeças, não era o comando de uma pessoa só, todos tinham o seu aval, todos tinham a liberdade de falar. Às vezes entrava alguma coisa negativa, mas de qualquer forma existia a discussão, um bom relacionamento. As pessoas que estavam ali tinham um objetivo, que era concluir realmente a Agenda 21, nada mais que traçar um plano. Graças a Deus foi tudo muito bom. Como eu estava falando, a partir do momento que vai gerar empregos já é um bom sinal, principalmente na região. Mas a maior preocupação nossa é alertar os governantes para que o nosso processo não seja como a da cidade de Macaé. O que nós ouvimos, porque nós não sentimos na pele, mas o que se fala é que a ocupação desordenada pode virar bagunça. Na realidade o que a gente pede com relação à população é que não se deixe virar uma bagunça, que as autoridades realmente tenham punho para levar dentro das normas, a própria Petrobras está pedindo. A empresa está pensando em encontrar uma maneira para que todas as pessoas sejam beneficiadas de uma forma ou de outra. O benefício não é monetário, é o benefício que a pessoa tenha trabalho, que more em uma rua decente, tudo isso é a preocupação que a Petrobras está tendo com relação à Agenda 21. Acho que o objetivo maior da Agenda 21 da Petrobras é no sentido que todos os impactos sofridos de um lado sejam beneficiados de outro. Isso é o que eu acho. Teve um momento no final das oficinas que foi perguntado à platéia sobre quem gostaria de participar como representante. A primeira coisa é você querer participar, senão não adianta você levantar a mão e depois não continuar. As escolhas foram feitas pelo consenso do pessoal que estava no dia das votações. Na realidade foi em Cachoeiras de Macacu que começou a se fazer a parte dos conselhos. Através dos conselhos foram identificando a necessidade de fazer a reestruturação que o município estava querendo fazer, foi onde começou o Plano Diretor. Esse seria o primeiro momento, onde foi se encadeando o Plano Diretor, para depois começar a pensar na Agenda 21. Houve essa necessidade de formar um conselho da Agenda 21. Todos os municípios tinham inclusive prazos pra se estabelecer, se não fizessem perderiam recursos federais. O município para crescer precisa de verbas e com isso se faz a necessidade de participar. Infelizmente, isso é uma opinião minha, é que se quer fazer tudo às pressas senão se perde, a coisa deveria ser bem transparente, tranqüila, com envolvimento de todos, tanto da parte política como comunidade. Da Agenda 21 foi mais a necessidade de tentar trazer verbas para o município. Depois que praticamente fechou a Agenda 21, foi a Agenda 21 da Petrobras, houve até a discussão: “Mas a gente já fez” “Não, vai se conciliar”. Houve toda a parte de se pensar que a Agenda 21 foi feita por uma ONG, a outra iria fazer e destoar tudo, mas graças a Deus houve a fusão. Ali não existem interesses de A, B, C, há a nossa participação no processo em benefício de todos. Esperamos que as coisas sejam mais voltadas para a parte humana. É o que estamos precisando hoje em dia. Temos que trabalhar sempre a parte humana. A Agenda 21 dentro do fórum hoje está voltada mais para a Agenda 21 da Petrobras. Nós temos um grupo mais atuante no Centro de Cachoeiras, eu mesmo, por estar afastado, às vezes não tenho participado, porque tem trânsito até chegar lá, são praticamente 40 quilômetros. A Agenda 21 que eu tenho participado está mais voltada à Petrobras, tive participação na Agenda 21 do município, mas quando começou a Agenda 21 da Petrobras eu me posicionei mais nessa agenda. Eu vou às reuniões sempre que convocado. A gente começou a fazer alguns projetos, mas se não tiver o interesse, a participação do município, não se consegue nada, não consegue ir avante. Por isso que eu falo, agora eu vejo aquela luz que estava lá no fim do túnel, ela está mais próxima porque agora estão empenhando, vendo que realmente esse é o caminho, não adianta ficar dando muita volta. Nós estamos fechando a Agenda 21 com a Petrobras, acho que está faltando poucas coisas a serem concluídas, mas o trabalho em si está todo pronto. Depois do trabalho pronto, se você quiser utilizá-lo, você tem muitas ferramentas, ali mesmo já tem projetos e projetos a serem analisados, cada um na sua função. Se você chegar e falar para mim: “Vamos fazer um projeto.” “Não, eu não estou qualificado para fazer esse tipo de projeto, agora, eu estou qualificado a dar uma opinião. Se for solicitado, eu estarei à disposição”. Cada macaco no seu galho. Cada um faz a sua participação. Nós fizemos um trabalho, não fui eu, foram várias pessoas, se não me engano 28 pessoas foram selecionadas para o Comitê da Agenda 21. Cada um tem um conhecimento a mais, um de natureza, outro mais pessoal, foi uma discussão muito gostosa de se fazer e todo o objetivo foi alcançado. Cada ser humano tem o seu pensamento e o seu sonho. Meu sonho é que realmente tudo seja totalmente concluído, que tenhamos pessoas trabalhando, que não exista prostituição, nada de ruim com relação ao empreendimento, que seja realmente um empreendimento grandioso em todos os sentidos. Eu desejo que o empreendimento alcance o seu objetivo, que é produzir riquezas, produzir pessoas humanas, principalmente trabalhar a parte humana, a pessoa, a comunidade. Espero que o objetivo da Petrobras em relação aos 15 ou 16 municípios que serão impactados nessa obra, sejam alcançados, que todos eles cresçam, produzam riquezas e trabalhos dentro do esperado. Eu gostaria de deixar registrado, nas minhas pequenas e humildes palavras, um pedido para que os governantes procurem ver as associações de moradores como parceiras, como pessoas, que ali ninguém tem dinheiro, ninguém recebe, pelo contrário. Muitos tem seus sonhos, muitos tem a participação, o recurso que existe, normalmente, é do bolso das pessoas que estão envolvidas. É preciso que eles vejam essas associações de moradores como parceiras e que façam alguma coisa por elas. Ajudem aquelas que não tem sede a encontrar um lugar, as que já possuem, ajudem a recuperar. Não adianta nós trazermos uma associação para se reunir na minha casa, na casa do vizinho, se não tiver uma sede fica muito difícil. Há muitos corações que podem ser ajudados, como tem muitas pessoas que podem ajudar mais. O meu pedido é justamente esse, que eles olhem um pouquinho mais as associações de moradores, não é para botar o dinheiro no bolso de uma ONG. Desculpa, eu falei ONG, o que seja, todas tem seu papel, mas que seja feito com honestidade, porque assim estará ajudando o município, o Estado e o Brasil a ser melhor. É a primeira vez que eu tenho essa oportunidade de estar aqui. Eu fico muito satisfeito de ser convidado pela Petrobras ou pelo município, não sei quem fez o convite, mas eu fico muito satisfeito de estar aqui e de viver esse momento. Porque nós sabemos que a nossa vida é passageira, nós estamos aqui pra fazer o melhor de nós. E eu sempre me dediquei e sempre estarei me dedicando para o que for bom para o município e para as pessoas.
Recolher