A infância do sr. Jared Desde pequeno o sr. Jared era solitário, ele não brincava, só trabalhava para ajudar seus pais em casa e que não eram muito bem de vida. Ele queria ter brincado como todas as outras crianças. Às vezes ficava na janela olhando as crianças brincarem, mas ele não podia porque tinha que sair logo cedo para vender salgados e bolos, isso aos cinco anos de idade. Sua vida era estudar e trabalhar. Vendeu salgados até aos oito anos quando foi trabalhar de engraxate, vendedor de picolés e cobrador de “expressinho”. Naquela época, não tinha linha de ônibus, apenas kombis que faziam o trajeto do centro aos bairros e vice-versa. Tinha também charretes, espécie de carroças que eram puxadas por cavalos. Esse trabalho durou até aos onze anos. Pela manhã trabalhava e a tarde estudava. À noite estava cansado e tinha que dormir cedo para começar tudo de novo no dia seguinte. Um certo dia a noite, quando tinha onze anos, e já trabalhava com seu primo como ajudante de mecânico, saiu com ele para tomar uma cerveja, foi ao bar e experimentou a bebida pela primeira vez, tomou apenas um copo e foi para casa. Chegando lá, seu pai, que era turco e muito severo, percebeu pelo seu hálito que ele havia tomado bebida alcóolica e não aceitou o fato dele ter bebido, isso o deixou muito brabo e eles discutiram, durante a briga o seu pai acabou expulsando ele de casa falando assim: “se você quer viver do seu jeito, a porta é a serventia da casa” e ele desnorteado, foi embora. Após sair de casa, foi pedir ajuda para seu tio que o acolheu e lhe deu todo apoio e carinho. Algum tempo depois, pediu ajuda para um fazendeiro da cidade que era seu padrinho de berço, dr. Venâncio. O padrinho dele o levou para trabalhar na fazenda para cuidar de peões, montaria e cuidar do gado no campo. Ficou na fazenda até chegar a idade de se apresentar no exército. Estudou até a...
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A infância do sr. Jared Desde pequeno o sr. Jared era solitário, ele não brincava, só trabalhava para ajudar seus pais em casa e que não eram muito bem de vida. Ele queria ter brincado como todas as outras crianças. Às vezes ficava na janela olhando as crianças brincarem, mas ele não podia porque tinha que sair logo cedo para vender salgados e bolos, isso aos cinco anos de idade. Sua vida era estudar e trabalhar. Vendeu salgados até aos oito anos quando foi trabalhar de engraxate, vendedor de picolés e cobrador de “expressinho”. Naquela época, não tinha linha de ônibus, apenas kombis que faziam o trajeto do centro aos bairros e vice-versa. Tinha também charretes, espécie de carroças que eram puxadas por cavalos. Esse trabalho durou até aos onze anos. Pela manhã trabalhava e a tarde estudava. À noite estava cansado e tinha que dormir cedo para começar tudo de novo no dia seguinte. Um certo dia a noite, quando tinha onze anos, e já trabalhava com seu primo como ajudante de mecânico, saiu com ele para tomar uma cerveja, foi ao bar e experimentou a bebida pela primeira vez, tomou apenas um copo e foi para casa. Chegando lá, seu pai, que era turco e muito severo, percebeu pelo seu hálito que ele havia tomado bebida alcóolica e não aceitou o fato dele ter bebido, isso o deixou muito brabo e eles discutiram, durante a briga o seu pai acabou expulsando ele de casa falando assim: “se você quer viver do seu jeito, a porta é a serventia da casa” e ele desnorteado, foi embora. Após sair de casa, foi pedir ajuda para seu tio que o acolheu e lhe deu todo apoio e carinho. Algum tempo depois, pediu ajuda para um fazendeiro da cidade que era seu padrinho de berço, dr. Venâncio. O padrinho dele o levou para trabalhar na fazenda para cuidar de peões, montaria e cuidar do gado no campo. Ficou na fazenda até chegar a idade de se apresentar no exército. Estudou até a 8ª série. Teve algum contato com seus pais biológicos apenas aos vinte e seis anos de idade, mas sem aquele sentimento familiar. Considera seus pais um casal de pretos, da Noroeste, que o criou: dona Izabel e “seu” João. Essa foi a história sofrida da infância do sr. Jared.
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