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"Infância e juventude na Vila Verônica em Teófilo Otoni-MG"

Esta história contém:

Sou neto de um ex-tropeiro e sitiante, Teófilo Rocha, natural de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e de uma imigrante polonesa - que veio do Estado de Santa Catarina - cujo nome era Bronislawa Zalazik. Sou filho de Tim Garrocho (ex-preso politico) e Laura Júlia (Dudula). Nasci praticamente na zona rural, em uma chácara de nome Lindóia ou Grota da Verônica, uma vez que todos conheciam a minha avó como "Dona Verônica". Eu, meus irmãos e as crianças da redondeza tivemos, em relação a espaço e natureza, uma infância feliz. Felicidade que foi brutalmente interrompida pela ditadura militar, que nos trouxe e vem trazendo, ao longo da existência, sequelas irreversíveis. Ainda hoje me lembro, com saudade, do velho Rio Santo Marcolino, que ficava após a Igrejinha Nossa Senhora dos Pobres, onde eu, meus irmãos e a molecada do lugar tirávamos nossos mergulhos nas águas límpidas e sem poluição. Perto do Rio Santo Marcolino havia um campinho de futebol que tinha o nome de "Campo do Zé Ramiro", porque meu grande amigo José Ramiro Geoking e sua turma do morro da Igrejinha Nossa Senhora dos Pobres não saiam das pelada de futebol realizadas naquele campinho. Vez ou outra vinha time de futebol dos bairros de Teófilo Otoni jogar contra o time da Vila Verônica. Era disputa acirrada, principalmente contra o time da Vila Barreiros que tinha Humberto Barbosa (Lelé), um craque no meio de campo. E, mesmo assim, era difícil nosso time da Vila Verônica perder um jogo. A molecada era boa de bola, tinha amor ao bairro, a torcida era fiel, havia união. Nessa época minha avó ainda era viva. Tínhamos muitas criações de porcos, cabras, vacas e até cavalos. É difícil acreditar, mas minha avó criava mais ou menos uns trinta cachorros. Cansei-me de ver muita gente descendo o morro do nosso velho casarão na maior correria, e a cachorrada latindo. Quando pegavam, era um Deus-nos-acuda. mordiam pernas, bundas e braços. Tinha que dar banho com...

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