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Personagem: Rosa Fajersztajn
Por: Museu da Pessoa, 26 de junho de 2001

"A vida é uma coisa preciosa!"

Esta história contém:

"A vida é uma coisa preciosa!"

P/1 - Dona Rosa, por favor, para a gente começar a entrevista, eu gostaria que a senhora falasse seu nome completo, local e data de nascimento.

R - Rosa Fajersztajn, nascida 1919... 15 de março de 1919.

P/1 - Onde?

R - Kazimierz, Polônia.

P/1 - Polônia?

R - Polônia.

P/1 - E a cidade?

R - Kazimierz.

P/1 - Kazimierz.

R - Isso.

P/1 - E o nome dos seus pais?

R - Moisés Aron Korman e Hinda Korman, mãe.

P/1 - E a senhora conheceu os seus avós?

R - Não.

P/1 - Nenhum?

R - Só avó materna.

P/1 - E qual o nome dela?

R - (pausa) Deixa eu lembrar o nome, vai?

P/1 - Não tem problema se não lembrar. A senhora sabe a origem da sua família, dos seus antepassados?

R - Sempre são judeus da Polônia, nascidos na Polônia. Não imigraram para lá. Nascidos nessas cidades que eu dei, porque morávamos no Opole. Eu nasci em Kazimierz, mas depois foram morar no Opole e vivi no Opole a minha infância, na escola Opole até exterminar, mandaram exterminar judeus. Vivi no Gueto até eu conseguir fugir, meus pais foram exterminados lá no Gueto. Por acaso, eu saí. Não é fugir direito, fugi para trazer mantimentos para eles não morrerem de fome, pois lá se morria de fome simplesmente. Aí, para salvar meus pais de fome, daquela vida ruim... quando voltei já não estavam mais. Isso aconteceu em 1942.

P/1 - Com que idade a senhora estava nessa data?

R - Vinte e dois.

P/1 - Vinte e dois anos?

R - Vinte e dois anos. Vinte e um, vinte e dois anos.

P/1 - Retornando um pouquinho, das suas lembranças de infância, o que a senhora tem de mais marcante, enfim, a sua casa?

R - Eu tive seis anos... Naquele tempo do Kazimierz ainda, eu perdi, minha mãe perdeu, quer dizer, eu perdi um irmão de dezoito anos. Foi horrível, eu tinha só seis anos, não entendia, mas eu sofri muito, mamãe foi lá tratar do irmão na aldeia, sei lá. Isso foi horrível para mim.

P/1 - E ele ficou doente?

R - Ele ficou com tifo, teve tifo e faleceu. Naquele frio, no inverno, foi um inverno...

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Família reunida

Dados da imagem personagem: Raymond, Orcídia, Bernando, Ricardo, Francisco, Henrique e M.Olivia<br>historia: Estes dois terrenos foram comprados em 1954, em um deles Raymond constrói uma residência confortável e espaçosa em 1963 onde mora até seu falecimento e de sua esposa.<br>

Período:
Ano 1971

Local:
Brasil / São Paulo / Araras

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Tipo:
Fotografia

personagem: Raymond, Orcídia, Bernando, Ricardo, Francisco, Henrique e M.Olivia
historia: Estes dois terrenos foram comprados em 1954, em um deles Raymond constrói uma residência confortável e espaçosa em 1963 onde mora até seu falecimento e de sua esposa.

Dia dos Pais

Dados da imagem personagem: Meus avós, meus pais, irmãs, tios e tias<br />historia: Fizemos uma reunião na casa de minha avó para passarmos o dia dos pais... Eu tocava uma gaita de boca, acompanhado por um tio, no violão.<br />

Período:
Ano 1987

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Tipo:
Fotografia

personagem: Meus avós, meus pais, irmãs, tios e tias
historia: Fizemos uma reunião na casa de minha avó para passarmos o dia dos pais... Eu tocava uma gaita de boca, acompanhado por um tio, no violão.

O fim da recuperação

Dados da imagem A foto é do local onde Rosa morava. Na época, ela já tinha saído do hospital onde havia ficado internada para recuperação e trabalhava numa instituição para idosos. Alguns meses antes do fim da guerra, a Sra. Rosa foi, junto com outras 500 mulheres, comprada pelo conde Bernadotti, da Suécia, quem pagou diretamente a Himmler (um dos 3 ou 4 principais assessores do Fuhrer). Na Suécia, ela conta, foi tratada como uma recém nascida, pois tinha apenas 30 quilos quando chegou

Período:
Ano 1945

Local:
Suécia / Estolcomo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
casa, imigração, recuperação, hospital, guerra, nazismo, suécia, estocolmo

A foto é do local onde Rosa morava. Na época, ela já tinha saído do hospital onde havia ficado internada para recuperação e trabalhava numa instituição para idosos. Alguns meses antes do fim da guerra, a Sra. Rosa foi, junto com outras 500 mulheres, comprada pelo conde Bernadotti, da Suécia, quem pagou diretamente a Himmler (um dos 3 ou 4 principais assessores do Fuhrer). Na Suécia, ela conta, foi tratada como uma recém nascida, pois tinha apenas 30 quilos quando chegou

Passeio ao Parque

Dados da imagem Este era um passeio cotidiano: ir ao Parque da Luz, a duas quadras de casa. Marilena tinha um ano e Hermes tinha dois.

Período:
Ano 1956

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, criança, parque da luz, passeio, são paulo, família

Este era um passeio cotidiano: ir ao Parque da Luz, a duas quadras de casa. Marilena tinha um ano e Hermes tinha dois.

Campo de refugiados

Dados da imagem Dona Rosa viveu neste campo de refugiados por um ano e meio. Nos meses finais da guerra, ainda sob o domínio nazista, o Conde Sueco Vernadotti pagou Himmler pela liberdade de 6.000 mulheres e as levou para Suécia.

Período:
Ano 1946

Local:
Suécia / Estolcomo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, campo de concentração, nazismo, saúde, refugiados

Dona Rosa viveu neste campo de refugiados por um ano e meio. Nos meses finais da guerra, ainda sob o domínio nazista, o Conde Sueco Vernadotti pagou Himmler pela liberdade de 6.000 mulheres e as levou para Suécia.

Família Fajersztajn

Dados da imagem A mãe de Rosa enviuvou aos vinte e cinco anos - tinha três filhos. Foi de Kazimir para Opole, onde conheceu o pai de Rosa. Além de Rosa, tiveram outro filho. O pai de Rosa também era viúvo e tinha dois filhos. Foto de alguns irmãos e seus filhos.

Período:
Década 1930

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
filhos, mãe, pai, imigração, imigrantes, cultura judaica, família

A mãe de Rosa enviuvou aos vinte e cinco anos - tinha três filhos. Foi de Kazimir para Opole, onde conheceu o pai de Rosa. Além de Rosa, tiveram outro filho. O pai de Rosa também era viúvo e tinha dois filhos. Foto de alguns irmãos e seus filhos.

Em casa, no Bom Retiro

Dados da imagem Dona Rosa, perseguida por ser judia, viu seus 2 filhos casarem-se com não judeus (o genro é negro), o que provoca sentimentos ambíguos de quem é tolerante mas teme a eliminação do judaísmo, não pelo método da

Período:
Ano 1982

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
cultura judaica, filho, neto, família judia

Dona Rosa, perseguida por ser judia, viu seus 2 filhos casarem-se com não judeus (o genro é negro), o que provoca sentimentos ambíguos de quem é tolerante mas teme a eliminação do judaísmo, não pelo método da ""solução final"", mas pelo processo de "assimilação".

Esquina do Bom Retiro

Dados da imagem Foto tirada no bairro do Bom Retiro, centro da vida do casal, onde moravam e trabalhavam.

Período:
Década 1960

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
bom retiro, casal, carinho, são paulo, olhar, amor, elegante

Foto tirada no bairro do Bom Retiro, centro da vida do casal, onde moravam e trabalhavam.

Lua de Mel no Brasil

Dados da imagem Passeio a cavalo pela estância turística de Serra Negra, durante a lua de mel, no verão de 1947. D. Rosa chegou ao Brasil em 26 de Outubro de 1946 . Aqui, reencontrou-se com Jacó, também de Ópole, que havia vindo para São Paulo antes da guerra.

Período:
Ano 1947

Local:
Brasil / São Paulo / Serra Negra

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
cavalo, lua de mel, passeio, são paulo, verão, reencontro

Passeio a cavalo pela estância turística de Serra Negra, durante a lua de mel, no verão de 1947. D. Rosa chegou ao Brasil em 26 de Outubro de 1946 . Aqui, reencontrou-se com Jacó, também de Ópole, que havia vindo para São Paulo antes da guerra.

Panorama de Ópole

Dados da imagem Área

Período:
Ano 1920

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
cidade, documento, polônia, católico, história, opole, judeus, europa oriental, panorama

Área "nova" de Opole, com casario em primeiro plano (comércio embaixo e residência no alto) e igreja católica ao fundo. Parte das ruas da cidade, como esta, tinha piso de pedras. Esta parte da cidade era coabitada em harmonia por católicos e judeus. Apenas a cidade velha era realmente "judaica", que mais tarde passou a ser um gueto.

Amigas de colégio

Dados da imagem Esta foto é da turma do terceiro ano da escola, correspondente a cerca de onze anos de idade. Dona Rosa estudava em escola judaica, de forma que as meninas eram todas judias. Opole era uma cidade pequena, todas as crianças conviviam muito entre si também fora da escola. De todas as meninas, apenas Rosa e Nem sobreviveram à guerra.

Período:
Ano 1930

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
escola, polônia, opole, cultura judaica, amizade, meninas, guerra, mulheres, colégio, escola judaica, educação

Esta foto é da turma do terceiro ano da escola, correspondente a cerca de onze anos de idade. Dona Rosa estudava em escola judaica, de forma que as meninas eram todas judias. Opole era uma cidade pequena, todas as crianças conviviam muito entre si também fora da escola. De todas as meninas, apenas Rosa e Nem sobreviveram à guerra.

Raízes judaicas

Dados da imagem Centro da parte judaica (cidade velha). As ruas eram de cascalho e, a cidade, pequena. As casas que se veem são, basicamente, de comércio (no térreo). A separação entre judeus e

Período:
Década 1930

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, imigrantes, polônia, cultura judaica, guerra, imigrantes judeus, opole, judeus

Centro da parte judaica (cidade velha). As ruas eram de cascalho e, a cidade, pequena. As casas que se veem são, basicamente, de comércio (no térreo). A separação entre judeus e ""polacos"" não era total, tendo sido oficializada após a chegada dos alemães. A parte ""polaca"" ficava para a direita da foto a uns quarteirões (que não aparece). Posteriormente toda a área que se vê tornou-se um gueto (prisão), recebendo ainda judeus de outras cidades, inclusive Kazimir, cidade natal de Rosa e menor que Opole. Esta quintuplicou o número de habitantes.

Família Fajersztajn

Dados da imagem A mãe de Rosa enviuvou aos vinte e cinco anos - tinha três filhos. Foi de Kazimir para Opole, onde conheceu o pai de Rosa. Além de Rosa, tiveram outro filho. O pai de Rosa também era viúvo e tinha dois filhos. Foto de alguns irmãos e seus filhos.

Período:
Década 1930

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, imigrantes, polônia, comunismo, cultura judaica, guerra, opole, judeus, militantes

A mãe de Rosa enviuvou aos vinte e cinco anos - tinha três filhos. Foi de Kazimir para Opole, onde conheceu o pai de Rosa. Além de Rosa, tiveram outro filho. O pai de Rosa também era viúvo e tinha dois filhos. Foto de alguns irmãos e seus filhos.

Chegando ao Brasil

Dados da imagem Dona Rosa chegou em Santos através do contato com entidades judaicas brasileiras. Dora Goldman fez o convite e Dona Rosa chegou com quarenta e cinco pessoas de sua cidade Opole e redondezas.

Período:
26/10/1946

Local:
Brasil / São Paulo / Santos

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, imigrantes, cultura judaica, santos, refugiados, chegada

Dona Rosa chegou em Santos através do contato com entidades judaicas brasileiras. Dora Goldman fez o convite e Dona Rosa chegou com quarenta e cinco pessoas de sua cidade Opole e redondezas.

Rosa em Israel

Dados da imagem Festa de recepção de Rosa em Tel Aviv. Todos são da sua cidade, Opole, e, com exceção de Sara, saíram da Europa antes da guerra para morar em Israel. Os laços que unem a comunidade judaica muito se fortaleceram após a guerra. Era necessário um movimento de resgate da história coletiva e pessoal e qualquer fato representava motivo para eventos, reencontros, troca de informações e documentação histórica, experiências e lembranças

Período:
Ano 1976

Local:
Israel / Tel Aviv

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
festa, israel, tel aviv, cultura judaica, recepção, guerra, reencontro, comunidade judaica, fim de guerra

Festa de recepção de Rosa em Tel Aviv. Todos são da sua cidade, Opole, e, com exceção de Sara, saíram da Europa antes da guerra para morar em Israel. Os laços que unem a comunidade judaica muito se fortaleceram após a guerra. Era necessário um movimento de resgate da história coletiva e pessoal e qualquer fato representava motivo para eventos, reencontros, troca de informações e documentação histórica, experiências e lembranças

Passeando no Parque

Dados da imagem O parque era lugar de passeio de Rosa e sua família que, desde o casamento, moraram no Bom Retiro

Período:
Ano 1960

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, criança, parque da luz, passeio, são paulo, família

O parque era lugar de passeio de Rosa e sua família que, desde o casamento, moraram no Bom Retiro

Conselho comunitário

Dados da imagem Conselho comunitário da comunidade judaica em Opole, sem atribuições legais. Não era um conselho religioso. A placa está escrita em iídiche, dialeto dos judeus da Europa Oriental (próximo do Alemão), e em Hebraico. Apesar de viverem em um país com suas instâncias legais, os judeus poloneses tinham suas próprias instituições.

Período:
Ano 1930

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
polônia, cultura judaica, judeus, conselho comunitário, europa oriental

Conselho comunitário da comunidade judaica em Opole, sem atribuições legais. Não era um conselho religioso. A placa está escrita em iídiche, dialeto dos judeus da Europa Oriental (próximo do Alemão), e em Hebraico. Apesar de viverem em um país com suas instâncias legais, os judeus poloneses tinham suas próprias instituições.

Escola de Opole

Dados da imagem Garotas do colégio judaico de Opole, com cerca de catorze anos e frequentando o 6º ano escolar. A família de Dona Rosa era religiosa e não havia escolas judaica em Kazimir. Este foi um dos motivos para a mudança rumo a Opole.

Período:
Ano 1933

Local:
Polónia / ópole

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
colegas, amigas, meninas, mulheres, colégio judaico

Garotas do colégio judaico de Opole, com cerca de catorze anos e frequentando o 6º ano escolar. A família de Dona Rosa era religiosa e não havia escolas judaica em Kazimir. Este foi um dos motivos para a mudança rumo a Opole.

Dia dos pais

Dados da imagem Foto tirada em comemoração do Dia dos Pais (só faltou um filho de Hermes). Meses depois, Jacó faleceu.

Período:
Ano 1998

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
filhos, pais, comemoração, celebração, filhas, dia dos pais

Foto tirada em comemoração do Dia dos Pais (só faltou um filho de Hermes). Meses depois, Jacó faleceu.

Família reunida

Dados da imagem Uma das inúmeras visitas dos filhos e netos, sempre começando ou terminando com um lanche no almoço. Filhos e netos moram na Zona Sul de São Paulo, longe do bairro do Bom Retiro, mas visitam os avós 2 ou 3 vezes por semana. Seu Jacó faleceu em 1999, meses após a bodas de ouro.

Período:
Ano 1982

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
filhos, casal, almoço, bodas de ouro, avô, avô, visita, família

Uma das inúmeras visitas dos filhos e netos, sempre começando ou terminando com um lanche no almoço. Filhos e netos moram na Zona Sul de São Paulo, longe do bairro do Bom Retiro, mas visitam os avós 2 ou 3 vezes por semana. Seu Jacó faleceu em 1999, meses após a bodas de ouro.

O teatro do acaso

Dados da imagem Rosa chegou ao Brasil em 26 de Outubro de 1946 e casou-se em 5 de janeiro do ano seguinte. Seu noivo e futuro marido vivia em São Paulo desde 1935/1936 e já estava

Período:
Ano 1946

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
escola, casal, noivado, noivo, história de amor, carinho, amor, amor antigo

Rosa chegou ao Brasil em 26 de Outubro de 1946 e casou-se em 5 de janeiro do ano seguinte. Seu noivo e futuro marido vivia em São Paulo desde 1935/1936 e já estava "bem de vida". Ela já o conhecia de Opole. Jacó era nove anos mais velho. Certo dia, numa sala da escola, todas suas amigas bagunçavam menos Rosa, a professora pediu para que todas ficassem em silêncio usando Rosa como exemplo e as meninas sugeriram à ela pegar Rosa como nora, e a professora disse ser impossível.

Rosa, uma brasileira

Dados da imagem O documento foi obtido quando Rosa já estava naturalizada, Jacó já residia aqui desde 1936, Rosa chegou 10 anos depois e logo casaram e tiveram filhos. Veio através do convite de uma amiga logo após recuperar-se na Suécia ao fim da 2ª Guerra Mundial.

Período:
21/09/1956

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
Rosa Fajersztajn

História:
"A vida é uma coisa preciosa!"

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
imigração, documento, brasil, imigrante, identidade, registro geral

O documento foi obtido quando Rosa já estava naturalizada, Jacó já residia aqui desde 1936, Rosa chegou 10 anos depois e logo casaram e tiveram filhos. Veio através do convite de uma amiga logo após recuperar-se na Suécia ao fim da 2ª Guerra Mundial.

Dados de acervo

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Projeto Imigrantes: memórias de um cotidiano

Depoimento de Rosa Fajersztajn

Entrevistada por Stella Maris Scatena Franco e André Goldman

Realização Museu da Pessoa

São Paulo, 26 de junho de 2001

Entrevista WP/âncora 001

Transcrito por Marcília Ursini

P/1 - Stella Maris Scatena Franco

P/2 - André Goldman

R - Rosa Fajersztajn

P/1 - Dona Rosa, por favor, para a gente começar a entrevista, eu gostaria que a senhora falasse seu nome completo, local e data de nascimento.

R - Rosa Fajersztajn, nascida 1919... 15 de março de 1919.

P/1 - Onde?

R - Kazimierz, Polônia.

P/1 - Polônia?

R - Polônia.

P/1 - E a cidade?

R - Kazimierz.

P/1 - Kazimierz.

R - Isso.

P/1 - E o nome dos seus pais?

R - Moisés Aron Korman e Hinda Korman, mãe.

P/1 - E a senhora conheceu os seus avós?

R - Não.

P/1 - Nenhum?

R - Só avó materna.

P/1 - E qual o nome dela?

R - (pausa) Deixa eu lembrar o nome, vai?

P/1 - Não tem problema se não lembrar. A senhora sabe a origem da sua família, dos seus antepassados?

R - Sempre são judeus da Polônia, nascidos na Polônia. Não imigraram para lá. Nascidos nessas cidades que eu dei, porque morávamos no Opole. Eu nasci em Kazimierz, mas depois foram morar no Opole e vivi no Opole a minha infância, na escola Opole até exterminar, mandaram exterminar judeus. Vivi no Gueto até eu conseguir fugir, meus pais foram exterminados lá no Gueto. Por acaso, eu saí. Não é fugir direito, fugi para trazer mantimentos para eles não morrerem de fome, pois lá se morria de fome simplesmente. Aí, para salvar meus pais de fome, daquela vida ruim... quando voltei já não estavam mais. Isso aconteceu em 1942.

P/1 - Com que idade a senhora estava nessa data?

R - Vinte e dois.

P/1 - Vinte e dois anos?

R - Vinte e dois anos. Vinte e um, vinte e dois anos.

P/1 - Retornando um pouquinho, das suas lembranças de infância, o que a senhora tem de mais marcante, enfim, a sua casa?

R - Eu tive seis anos... Naquele tempo do...

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