Dulcineia Marcomini Zanetti, irmã de Denise Zanetti Delgado e Dilson Antonio Zanetti, nasceu em São Paulo em 06 de fevereiro de 1971.
Filha de Dometilha Marcomini Zanetti e Antonio Zanetti, trabalhadores rurais provenientes do interior do estado. Seus pais buscaram uma vida melhor em São Paulo, sendo seu pai contratado pela Editora Abril, na época uma empresa gigantesca com muitos benefícios.
Sua mãe, conhecida por todos como \\\"Tide\\\" trabalhava como dona de casa e ajudava no orçamento doméstico através de diversas oportunidades que surgiam. Mulher empreendedora, vendia gelinho, trabalhos em crochê e diversos outro itens, além de gerenciar toda a economia doméstica pois Antonio costumava gastar um pouco além.
Toda a família de Dometilha, os irmão se a mãe, já haviam feito a transição interior-capital, ao contrário da família de Antonio, que permaneceu na região de origem.
Com o tempo, a família saiu da situação inicial de dificuldade, conseguindo prosperar aos poucos.
Moravam em Pirituba, bairro periférico, tendo Dulcinéia estudado na Escola Municipal Imperatriz Leopoldina, na Av. Comendador Feiz Zarzur - Jardim Cidade Pirituba.
Dulcinéia era muito querida por todos da escola, tendo muitas amizades. Além dos colegas de turma, ela era muito amiga da prima de primeiro grau chamada Silvana Derobi, filha de Luzia (irmã de Dometilha) e José Derobi. As duas passeavam de ônibus e frequentavam juntas clubes e festas. Em São Paulo, Dulcinéia tinha uma vida bem movimentada e se locomovia de ônibus, às vezes sozinha, pois os pais lhe davam essa liberdade e confiavam nela. De fato, os pais sempre a acharam precoce e muito madura, tendo em vista a pouca idade.
Com a idade de 11 anos Dulcinéia já sabia cozinhar, gostando muito de confeitaria, tendo diversas receitas copiadas e anotadas em um caderno. Quando Antonio, presenteou a esposa com uma batedeira (um luxo para a época!), Dulcinéia ficou muito feliz. Fazia regularmente...
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Dulcineia Marcomini Zanetti, irmã de Denise Zanetti Delgado e Dilson Antonio Zanetti, nasceu em São Paulo em 06 de fevereiro de 1971.
Filha de Dometilha Marcomini Zanetti e Antonio Zanetti, trabalhadores rurais provenientes do interior do estado. Seus pais buscaram uma vida melhor em São Paulo, sendo seu pai contratado pela Editora Abril, na época uma empresa gigantesca com muitos benefícios.
Sua mãe, conhecida por todos como \\\"Tide\\\" trabalhava como dona de casa e ajudava no orçamento doméstico através de diversas oportunidades que surgiam. Mulher empreendedora, vendia gelinho, trabalhos em crochê e diversos outro itens, além de gerenciar toda a economia doméstica pois Antonio costumava gastar um pouco além.
Toda a família de Dometilha, os irmão se a mãe, já haviam feito a transição interior-capital, ao contrário da família de Antonio, que permaneceu na região de origem.
Com o tempo, a família saiu da situação inicial de dificuldade, conseguindo prosperar aos poucos.
Moravam em Pirituba, bairro periférico, tendo Dulcinéia estudado na Escola Municipal Imperatriz Leopoldina, na Av. Comendador Feiz Zarzur - Jardim Cidade Pirituba.
Dulcinéia era muito querida por todos da escola, tendo muitas amizades. Além dos colegas de turma, ela era muito amiga da prima de primeiro grau chamada Silvana Derobi, filha de Luzia (irmã de Dometilha) e José Derobi. As duas passeavam de ônibus e frequentavam juntas clubes e festas. Em São Paulo, Dulcinéia tinha uma vida bem movimentada e se locomovia de ônibus, às vezes sozinha, pois os pais lhe davam essa liberdade e confiavam nela. De fato, os pais sempre a acharam precoce e muito madura, tendo em vista a pouca idade.
Com a idade de 11 anos Dulcinéia já sabia cozinhar, gostando muito de confeitaria, tendo diversas receitas copiadas e anotadas em um caderno. Quando Antonio, presenteou a esposa com uma batedeira (um luxo para a época!), Dulcinéia ficou muito feliz. Fazia regularmente bolos e doces como sonhos e etc.
Já tinha responsabilidades em casa, como cuidar da irmã menor, Denise, a qual ela ajudava nos cuidados diários, dando banho, comida e brincando. Mas ficava muito brava quando Denise mexia nas suas coisas, pois era muito caprichosa. Prova disso, são seus cadernos escolares, repletos de desenhos e figurinhas e preenchidas com uma letra bem acabada. Denise tinha fascinação pelas coisas de Dulcinéia, principalmente pelo seu estojo escolar que era de couro e tinha uma pequena lua e estrela desenhada e era justamente dele que Néia, como era chamada pelos familiares, tinha mais ciúme.
A caçula era apegada com a irmã do meio, tanto é que sempre queria acompanhá-la. Néia tinha que sair escondida para que a irmã pequena não começasse a chorar pedindo para ir junto. Mesmo assim, muitas vezes Denise, percebendo de repente a ausência da irmã, corria para a entrada da casa a ponto de ver a irmã batendo o portão ao sair. Mas a casa era alta e o portão ficava 22 degraus abaixo, não dando tempo de alcança-la.
Seu relacionamento com o irmão mais velho era conturbado, viviam brigando e deixando Dona Tide de cabelo em pé!
Havia um amigo do irmão que se interessava por ela e, aparentemente era recíproco segundo consta em algumas inscrições do seu diário pessoal. Contudo, Dulcinéia também tinha \\\"paqueras\\\" na cidade de Marília, distrito de Lácio, para onde viajava pelo menos uma vez ao ano para visitar os parentes do pai que lá ficaram. No interior, sua melhor amiga era a prima Edna Zanetti. As duas andavam sempre juntas, rindo muito e trocando confidências.
Fora as viagens para o interior, Dulcinéia chegou a viajar para a praia com amigos, tendo fotos suas dentro do mar de Santos.
Infelizmente, numa dessas viagens, quando Néia tinha apenas 13 anos, houve um acidente e ela faleceu na rodovia, fato que veio mudar toda a dinâmica da família, trazendo muita dor e impactando a vida de todos, principalmente da irmã menor, Denise, que é quem narra essa história. Essas são as maiores lembranças que tenho dela. Quando eu nasci, ela tinha 07 anos mas a maioria dessas memórias remonta ao período em que ela era jovenzinha, entre 11 e 13 anos, pois nessa época eu já era maiorzinha e tinha mais lembranças.
Ela morreu em 26 de julho de 1984 e dois dias depois eu fiz 06 anos de idade. Foi um tempo muito curto de convivência mas a figura dela ficou tão marcada em mim e impacta a minha vida até hoje. Sou grata por tê-la tido como irmã e precisava deixar sua história registrada de alguma forma.
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