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Por: Museu da Pessoa, 15 de outubro de 2018

Toninha Pegorer, mulher bonita, elegante e vitoriosa.

Esta história contém:

Toninha Pegorer, mulher bonita, elegante e vitoriosa.

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Antonia Pegorer da Silva,74 anos, nascida na fazenda Água das Pedras em Santa Cruz do Rio Pardo-SP, filha mais velha de onze irmãos. Sua infância foi sofrida, pois teve que trabalhar muito cedo, nunca teve uma boneca, brincavam com os irmãos com bonecas feitas com sabugo de milho e buchinha que colocavam perninhas como se fosse” boizinhos”. Lembra que no natal os pais não tinham dinheiro para comprar presentes, o pai pegava os sapatinhos velhos e os deixavam brilhando, como presente. Quando tinha seis anos mudou-se com a família para o Paraná, lá seu pai trabalhava como sapateiro, começou a ficar muito doente, uma depressão profunda, passou a trabalhar em casa, ela juntamente com o irmão um pouco mais novo, ajudava a levar o material que o pai precisava para trabalhar, com um carrinho. Não completou o quarto ano primário, já trabalhava como doméstica e tinha que deixar a cozinha em ordem antes de ir para a escola, com isso sempre chegava atrasada e levava bronca da professora, se sentia humilhada pois a professora chamava sua atenção na frente das outras crianças Trabalhou também como secretária dos quatorze aos dezessete anos num consultório dentário. Retornaram para Santa Cruz, por causa da doença do pai, para a fazenda que era do seu avô, passou a trabalhar na roça cortando cana, pois suas primas trabalhavam e ela também tinha que trabalhar. Ficou na roça dos dezessete anos até os vinte e cinco anos. Teve muitas amigas na juventude quando morava no Paraná, se reuniam em sua casa para conversar, iam a cinema, festa de igreja, na fazenda era mais difícil a diversão, vinham para a cidade só na páscoa ou natal e em cima de caminhão. Toninha como é conhecida, namorou seu marido a distância por cinco anos, ele era de Santo André, vinha aos finais de semana para vê-la. Casou-se com vinte e cinco anos e foi morar em Santo André, teve dois filhos, Vânia e Robson, com quatro anos e meio de casada ficou viúva,...

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Dona Toninha e os netos

Dados da imagem Momento feliz com os netos durante um passeio.

Imagem de:
Antonia Pegorer da Silva

História:
Toninha Pegorer, mulher bonita, elegante e vitoriosa.

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
felicidade, amor de vó, viagem em família

Momento feliz com os netos durante um passeio.

Rainha do Reviver

Dados da imagem D. Toninha eleita rainha do Reviver juntamente com as amigas, no Reviver Jardim Brasília.

Local:
Brasil / São Paulo / Santa Cruz Do Rio Pardo

Imagem de:
Antonia Pegorer da Silva

História:
Toninha Pegorer, mulher bonita, elegante e vitoriosa.

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
amizade, alegria, rainha

D. Toninha eleita rainha do Reviver juntamente com as amigas, no Reviver Jardim Brasília.

Dados de acervo

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Quinze de outubro de 2018

Depoente Anésio Biancom

Entrevistadora Lia Cristina Lotito Paraventi, Noêmia de Fátima Ribeiro e Lesliane de Souza

Projeto todo lugar tem uma história para contar

Santa Cruz do Rio Pardo, HV 001

P/1 - Senhor Anésio, o senhor sabe quem deu seu nome? De onde surgiu o nome Anésio?

R - Não lembro, mas deve ser meus pais, sei lá, não sei.

P/1 - Não conhece?

R - É.

P/1 - Então conta para a gente um pouquinho. Pode falar sobre o seu pai, sua mãe, sua família.

R - Certo. Meu trabalhava no sítio com carroça puxando uma coisa, puxando outra, a minha mãe também ajudava ele trabalhando no cafezal, apanhava café, carpia café. Depois meu pai começou a mexer com gado, tirar leite e nós ajudávamos ele, amarrava perna de vaca, amarrar bezerro, ajudar na roça mesmo também, nós fazíamos de tudo, filha. Nós sofremos que nem sovaco de aleijado mesmo viu, sofremos mesmo, barbaridade. Aí foi indo e eu comecei a aprender a mexer com trator, aí eu aprendi a mexer com trator e vai daqui, ara para lá, ara para cá acabei aprendendo, mexendo com trator de esteira. Trabalhei tempo derrubando árvore, tomando mordida de abelha. Fazia de tudo, filha, sofria mesmo, fazia cada pirambeira dos infernos. Escapei de morrer um par de vezes também com trator. Daí aprendi a mexer com caminhão, com carro, aí vai daqui, vai dali, fui puxar material de construção, aí passei para a usina, puxar cana, aí na usina e puxa cana ali, vai daqui, vai dali, e um domingo eu não quis trabalhar, que era obrigado para ir domingo, e mandaram eu embora. Aí eu fiquei aqui na cidade e inventei de trabalhar de boia-fria, fui trabalhar de boia-fria e todo mundo tirava sarro de mim, “Põe primeira, põe segunda”. Aí peguei e fui para São Paulo, para a casa dos meus primos lá em São Paulo, em Guarulhos, cheguei lá eu falei: “Aqui eu vou trabalhar de varredor de rua, ninguém me conhece, ninguém vai tirar sarro de mim”, e procurei serviço...

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