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Personagem: Irene Pellenz
Por: Museu da Pessoa, 17 de julho de 2022

Sempre deixamos algo de nós

Esta história contém:

Sempre deixamos algo de nós

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Aqui em Luís Eduardo não existia nada. Tinha um posto de combustível com duas bombas, uma de gasolina e outra de diesel. Álcool não tinha. Fomos para a comunidade da Bela Vista, que fica a sessenta quilômetros daqui, e lá nós formamos uma comunidade. A gente que escolheu o nome, nós formamos onze famílias no dia em que chegamos.

Meu pai sempre tinha o sonho de ter condições melhores, então ele trouxe toda a família para cá para comprar mais terra. Na época a gente não sabia o que produzia aqui, e a gente achava que na verdade vinha para criar gado, porque não conhecia o cerrado. No começo plantamos arroz, depois começamos a fazer experiências com soja, na perspectiva de dias melhores para a geração futura.

A gente morava embaixo de barraca de lona, não tinha água. Tinha que ir buscar a vinte quilômetros daqui, em uma lagoa na cabeceira do Rio de Pedras, com tambor de lata. Às vezes o motor não funcionava, tinha que carregar tudo de regador, naquele morrinho para cima, encher os galões. A gente usava a água que lavava a roupa, lavava louça; era tudo para irrigar a horta, pra gente ter cheiro verde e algumas verduras. Foi muito difícil, sem moradia decente, sem água, sem luz. Não tinha geladeira, depois a gente teve geladeira a gás.

Uma noite eu estava esperando o Aristeu e eu escutei um barulho no piso. Tinha uma aranha desse tamanho entrando dentro de casa, aquela caranguejeira que eles falam, mas a gente enfrentava tudo, matava cobra a pau.

A gente saiu de uma cultura que a gente tinha de tudo; meu marido era funcionário do banco, saiu da cidade. Chegamos ali e não tinha nada, os animais vinham comer as coisas que nem lobo, chegavam até pertinho de casa. Tivemos que ter muita coragem.

Em 84 deu poço na Bela Vista. A gente não tinha água encanada, mas ia lá buscar, botava na caixa, daí nós tiramos uma água boa. Mas no começo, para tomar aquela água da represa, nós tínhamos que ferver, filtrar e ainda todo...

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Religiosidade

Dados da imagem Primeiro culto religioso realizado na comunidade de Bela Vista, em 1982.

Período:
08/03/1982

Local:
Brasil / Bahia / Luís Eduardo Magalhães

Imagem de:
Irene Pellenz

História:
Sempre deixamos algo de nós

Crédito:
acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
religiosidade,

Primeiro culto religioso realizado na comunidade de Bela Vista, em 1982.

Gratidão

Dados da imagem Irene e Aristeu Pellenz com seus filhos Alexandro, Sidney e Lia Fernanda, nas bodas de ouro dos sogros de Irene.

Local:
Paraguai

Imagem de:
Irene Pellenz

História:
Sempre deixamos algo de nós

Crédito:
acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
bodas de ouro, sogros, família

Irene e Aristeu Pellenz com seus filhos Alexandro, Sidney e Lia Fernanda, nas bodas de ouro dos sogros de Irene.

Reunião de família

Dados da imagem Última reunião de toda a família, em 1987, na Fazenda Santa Luzia. 
Da esquerda para a direita: Joaquim, Ludvina, Terezinha, Mateus, Cecília, Madalena, Laura, Ermelinda, Nilza, Irene e seus pais, Oscar e Ágata.

Período:
Ano 1987

Local:
Brasil / Bahia / Luís Eduardo Magalhães

Imagem de:
Irene Pellenz

História:
Sempre deixamos algo de nós

Crédito:
acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
família, reunião, anos 80

Última reunião de toda a família, em 1987, na Fazenda Santa Luzia. Da esquerda para a direita: Joaquim, Ludvina, Terezinha, Mateus, Cecília, Madalena, Laura, Ermelinda, Nilza, Irene e seus pais, Oscar e Ágata.

Dados de acervo

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