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Personagem: Anônimo
Por: joventino ribeiro da silva ribeiro, 21 de março de 2025

O Rebite

Esta história contém:

O REBITE

Tinha um dono de bar em Realeza, cujo esporte favorito é pregar peças nos outros. Seu estabelecimento, à beira da rodovia rio-baia, especializou-se na venda de “rebites” para trabalhadores sonolentos. “Rebite” é aquele comprimido muito usado por motoristas para combater o sono. Entretanto, o que o homem vendia a seus fregueses, era um poderoso “laxante” cujas conseqüências, tomávamos conhecimento depois e nos divertíamos. Fazia aquilo constantemente, mas, todos os dias alguém caía na sua conversa e tomava um “laxante”. Para piorar, recomendava que o “rebite” fosse ingerido com leite morno, o que aumentava o efeito do mesmo sobre o organismo. Suas vítimas mais assíduas eram cobradores e motoristas “sonolentos” que, após passarem a noite na farra tinham que trabalhar domingos inteiros. Assim procuravam o meu homem e ali adquiriam o seu “rebite”. Era muito comum o “freguês” adquirir o comprimido, e, este já trazia o leite morno, pronto para ser ingerido. Ai o coitado tomava aquela mistura, e, não rodava cinco quilômetros, tinha que parar o carro e procurar um lugar para se desapertar. Na maioria das vezes o lugar era o mato mesmo. Agora, imagina um ônibus parado à beira da pista, com o motorista ou o cobrador no mato. O fato é que isso aconteceu inúmeras vezes, mas, sempre aparecia mais, um querendo “rebites”. E, não foram poucas as vezes que seus fregueses vinham reclamar

– Puxa Alair, aquele remédio que você me deu quase me mata de desinteria.

- Mas, você dormiu ?

Indagava ele candidamente

– Claro que não !

Respondia a vítima

– Caguei o dia inteiro.

- Então você não tem do que reclamar.

Argumentava.

Certa manhã, um cobrador de nome Mundinho, chegou-se ao Alair e reclamou que não estava agüentando, tinha ido a uma festa, onde ficara a noite inteira, e não sabia como vencer o dia, ainda mais que fora escalado para fazer o Circular – ônibus que não tinha horário...

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