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Por: HÉLIO DE AZAMBUJA RODRIGUES, 21 de junho de 2025

O BANCO DO GUARDA CHUVA - NACIONAL

Esta história contém:

O BANCO DO GUARDA CHUVA - NACIONAL

BANCO DO GUARDA-CHUVA

Eu trabalhava no Banco Nacional de Minas Gerais, êta! Nome pomposo! Era o ano de 1968, as ruas fervilhavam de protestos estudantis e nossa turma queria muito participar das zonas e das confusões. Não importava muito a razão de lado poderia estar.

Eu já havia passado por isso trabalhando no Sindicato dos Taxistas desde os 14 anos e nas vésperas da revolução de 64, fomos intimados pela Diretoria a jogar e queimar panfletos no Campo de Santana. Era um caminho longo carregando papeis que para nós não fazia sentido, apenas eram ordens.

A polícia entrou no Sindicato e encontrou apenas funcionários cansados e perplexos. Eles mandaram a gente encostar na parede sob mira de armas e queriam saber onde estavam os dirigentes. Nós nem sabíamos de nós! Que dirá dos patrões.

Eu era o contínuo que naquela época tinha o nome bonito de Office Boy e fazia o trivial sob as ordens do Senhor Teixeira (Teixeirinha) e acima de mim ainda tinha o Sr. Novaes e o Luiz Carlos (todos funcionários), ou seja, eu era simplesmente mandado.

Os “homens” como todos se referiam aos policiais gritavam instruções e queriam respostas, nós, principalmente eu, nem tínhamos noção correta do que estava acontecendo.

Foi então que Teixeirinha saindo do bloco da parede disse ao policial que imaginávamos ser do DOPS: - Senhor, esse menino, apontando para mim, tem apenas 15 anos e é nosso funcionário, por favor libere para que ele possa ir para casa, a mãe dele com certeza deve estar muito aflita com todo esse acontecimento.

O policial então que vestia uma camisa amarela de manga curta me chamou e disse: - Menino, onde você mora? Respondi: - moro no Leme na Gustavo Sampaio. Ele então disse: - Garoto, voe para casa e nem olhe para trás e se voltar aqui dentro de uma semana vou levá-lo para a cadeia.

Dito e feito. Saí dali correndo e entrei no primeiro ônibus para a zona sul com desejos de sumir para sempre. No caminho fiquei preocupado...

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