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Acho que nasci com fome. Fome de ler. E que fome O ABC? Devorei em uma semana. E, diga-se de passagem, lendo e relendo. “Revoltando o texto”, como dizíamos à época.

Livrinho sorrateiro, pequena grande janela a se abrir para um novo mundo. Cata-capim grudado em vareta de bambu com visgo de jaca. Assim fui eu, fisgada pelo BA-BE-BI-BO-BU.

Minha primeira escola: Escolas Reunidas da Vila de Iraporanga. Uma salinha, onde ainda hoje funciona o cartório da vila. Meu primeiro ano escolar. Quanta saudade Carteiras não havia. Levávamos os bancos de casa. Tamboretes na cabeça. Por sorte, morava ao lado da escola. A primeira professora: minha madrinha. Como a adorava. Como admirava suas belas unhas pintadas de “Fátima”. Cantávamos “Bem-vinda, professora” com o peito estufado de orgulho. E ela, mais orgulhosa ainda.

Na hora do dever, os anjinhos do Senhor ajoelhavam-se no piso duro a rabiscar as primeiras garatujas. A pintar em todas as direções, desenhos tão caprichosamente elaborados pela querida professora, “minha dinda”.

Logo eu queria mais. Queria muito mais.

Letras, sílabas e palavras não saciavam mais a minha fome. Nascia o irresistível desejo pelos livros. Tesouro já conquistado pelos alunos adiantados. Páginas cheias de gravuras e de segredos. De histórias e aventuras.

O tão sonhado dia Ganharia meu primeiro livro. Tão ansiosamente aguardado. Enfim, chegaram os livros para o ano seguinte. Livros comprados com tanto sacrifício.

Para mim, uma cartilha... ROXA Tudo na cartilha era roxo

Hoje, sem traumas, adoro a cor lilás. Mas naquela época...

Que decepção Meu tão sonhado livro era roxo. Capa, textos, gravuras. Parece que tinha caído num pote de tinta. Quanto mau gosto. Quanto desgosto para uma meninazinha de bochechas rosadas e vestidinho colorido.

Para o ensino infantil, cartilhas feias, pobres, sem atrativos. Já nas séries adiantadas, tudo era diferente. Só agora percebo o descaso. E nem quero citar a escolha dos...

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