A história começa na época em que estava para acontecer o plebiscito, onde a população escolheria a forma de governo do Brasil.
Lá estava ela, minha mãe, no metrô seguindo para mais um dia de trabalho, até que um moço a abordou, entregando-lhe um panfleto (neste panfleto, havia um telefone, que mais tarde mudaria a vida dela para sempre).
Semanas depois, minha mãe resolveu ligar para o número, que era da TFP, onde meu pai a atendeu, informando-lhe sobre as diferentes formas de governo, para que na hora de votar, ela tivesse consciência de sua decisão.
Certa noite, depois do telefonema, ela tivera um sonho, onde dona Lucília Ribeiro Corrêa de Oliveira (Mãe do Doutor Plínio Corrêa de Oliveira, um ativista católico, escritor e pensador brasileiro, fundador da organização Tradição, Família e Propriedade (TFP), de inspiração católica) apareceu , vestida igual ao moço que lhe abordou no metrô, dizendo ''flores de laranjeira...'' (que significa casamento)
Curiosa, e achando que o sonho não foi por acaso, minha mãe decidiu ir ao cemitério onde Dona Lucília estava enterrada, lá, ela procurou saber maiores informações sobre meu pai, e conseguiu descobrir a igreja que ele frequentava.
Confiante de que tudo o que estava acontecendo era um sinal, minha mãe foi a missa, mesmo sem saber quem ele era, e não desistiu até o encontrar. E encontrou.
Quando eles se conheceram, começaram com uma amizade saúdavel; ele a levou para conhecer o lugar onde vivia, e lá, estava o quadro de Dona Lucília.
Não haviam mais dúvidas.
Flores de Laranjeiras...
É por isso que me chamo Lucília, pois eles quiseram homenagear aquela que se tornara símbolo de sua união.