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Por: Museu da Pessoa, 25 de abril de 2014

Léa quis estudar Serviço Social para ajudar mais e mais pessoas

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Léa quis estudar Serviço Social  para ajudar mais e mais pessoas

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Meu nome é Lea Nila da Silva Muniz, nasci em 17 de agosto de 1971, em Manaus. Meu pai era muito trabalhador e sempre passou pra gente coisas boas, Apesar de ser doméstica, [cuidava de casa], ter uma vida difícil, minha mãe era muito animada, ela não tinha medo da vida. Ele trabalhava como pedreiro para sustentar oito filhos, sempre deu o que pode, o melhor pra gente. A minha mãe, ela era o avesso do meu pai, ela era muito divertida, apesar da vida ser muito difícil. Sempre vivemos em Manaus.

As nossas brincadeiras eram legal. Eu não gostava de brincar de casinha, nem comidinha, eu gostava de jogar bola (risos)! Pegava bola, corria, a mamãe ficava atacada, porque quando eu chegava em casa, tava toda lameada: “Uma menina assim!”, mas eu sempre gostei do que era ao contrário: futebol, esse pega, que a gente corre um atrás do outro e gostava muito de brincar com menino. Não gostava muito de brincar com menina, não, porque elas eram muito bobas, tudo chorava! E menino, não, a gente era bem legal… Era assim: se fosse menina, a mamãe colocava o nome e se fosse homem, era o papai. Então, o nome da minha mãe começava com L e do papai começava com N. Ele colocou um “N” em mim: Lea Nila... Acho que brinquei até os meus 15 anos de futebol, com menino. Eu me lembro que mamãe tinha feito um bolo pra mim nos meus 15 anos, tava aqui a família reunida, caiu no final de semana. Só que fui primeiro pra aula de catecismo, que era um domingo, eu não sabia que a mamãe ia fazer esse bolo pra mim, e fiquei me danando lá, jogando bola com eles, quando eu cheguei, meus irmãos já estavam todos aqui, que era um almoço. E eu cheguei toda suja, meus convidados todos aqui e eu toda suja (risos).

[Conheci meu marido] numa fábrica. Na época, eu trabalhava lá e ele também. Engraçada essa história, que a gente ia ser compadre (risos). Porque quando eu conheci, eu tava grávida, e era pra ele ser meu compadre. A gente conversava e, ainda...

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Plano Anual de Atividades 2013 Pronac 128976 - Whirlpool

Depoimento de Lea Nila da Silva Muniz

Entrevistada por Marcia Trezza e Eliete Pereira

Manaus, 25/04/2014

WHLP_HV016_Lea Nila da Silva Muniz

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Lea, nós vamos começar. Fala o seu nome completo.

R – Lea Nila da Silva Muniz.

P/1 – Quando que você nasceu?

R – Eu nasci 17 de agosto de 1971.

P/1 – Onde?

R – Em Manaus.

P/1 – Em Manaus? Qual o nome dos seus pais?

R – Nilo Ferreira Muniz e Maria Lindalva da Silva Muniz.

P/1 – E a atividade deles?

R – Meu pai era pedreiro e a minha mãe era doméstica, cuidava de casa mesmo.

P/1 – Eles são vivos, ainda?

R – Não, não, já são falecidos, há mais de 20 anos.

P/1 – Que lembrança você tem deles? De seu pai? Como é que você lembra dele?

R – Bom, meu pai era muito trabalhador e sempre passou pra gente coisas boas, né, minha mãe já era assim, o inverso dele, era mais assim, animada. Apesar de ser doméstica, ter uma vida difícil, mas minha mãe era muito animada, entendeu, ela não tinha medo da vida, trabalhadora, guerreira mesmo, é um exemplo de mãe. O meu pai, vindo do interior, né, minha mãe, não, era da cidade, ele vindo do interior, então, ele trabalhava como pedreiro para sustentar 12, 11 filhos, não, oito filhos, tou dando mais três filhos pro papai, nossa! Oito filhos e a vida dele assim, a gente via que era sofrida, né, porque antigamente, as coisas eram mais difíceis do que é agora, mas assim, ele sempre deu o que ele pode, o melhor pra gente.

P/1 – E você lembra assim, de alguma situação junto com ele, assim, os filhos com ele?

R – Tem uma irmã, Leila, que ela ficava atrás dele. Quando ele fazia o trabalho de pedreiro, ela ficava atrás dele, dando tijolo, entregando a colher de pedreiro, né? Até um dia que caiu um tijolo nela, ela sumiu de lá, parou de ajudar ele (risos). Então, foi uma área mais divertida, mas,...

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