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José Fernando Ribeiro | Histórias (in)Visíveis

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José Fernando Ribeiro | Histórias (in)Visíveis

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Cresci num lar com outras crianças que se tornaram irmãos de coração. Não vou dizer que não é doloroso pensar nos possíveis motivos que levaram a minha mãe a deixar-me lá, mas agradeço ter sido acolhido e cuidado naquele lugar.

Comecei a trabalhar muito cedo, por volta dos 6 anos de idade. Eu e as outras crianças colaborávamos em tarefas que ajudavam o lar a ganhar algum rendimento e também ajudávamos nas tarefas diárias da casa. Distribuíamos jornais, limpávamos folhas e sujeiras dos animais, e coisas assim. Não foram tempos duros, apesar de os outros de fora pensarem que sim. Depois do trabalho, tínhamos sempre tempo para brincar, e aproveitávamos bem!

Foi no lar que comecei a alimentar o sonho de ser cozinheiro, quando via os chefes de cozinha a prepararem-nos as refeições com tanto carinho. Ajudava muito na agricultura, o que me ensinou muito sobre os alimentos e como prepará-los. Guardo boas lembranças. Fiquei lá até os meus 18 anos, quando saí, vim direto para o Porto.

Eu nasci no Porto, mas regressar a uma cidade após tantos anos, era como se tudo fosse novo. Comecei logo a trabalhar nas obras, era jovem e forte, então empenhei-me em fazer sempre um bom trabalho.

Na minha juventude fiz bons amigos. Sempre que podíamos estávamos juntos para conversar, matar tempo e ir à discoteca. Eram todos muito boa gente, uma vez fizeram-me uma festa surpresa na discoteca no dia em que eu fazia anos… foi um presente maravilhoso, não estava à espera. Tive sorte em ter ao meu lado pessoas tão atenciosas.

Apesar de sempre carregar comigo as cicatrizes de ter uma história de vida não convencional, sempre lutei para que as coisas fossem melhores. E dias melhores pareciam ter chegado quando conheci a mãe da minha filha. Eramos jovens quando nos conhecemos e decidimos ter uma vida a dois, e não tardou até eu me tornar pai. Aquela pequena foi e sempre será a menina dos meus olhos. Após tantos anos, a vida agraciou-me com uma...

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