Vincenzo Piccinini nasceu no dia 5 de abril de 1870, em Reggio Emilia, cidade do norte da Itália, capital da província de mesmo nome, situada na região de Emilia Romagna. Fundada no século II a.C., foi uma república independente durante os séculos XII e XIII. É um centro comercial de produtos agrícolas e produtor de alimentos industrializados. Em sua arquitetura, destacam-se a catedral do século XII e vários palácios renascentistas. Sua população, em 1990, era estimada em 131.880 habitantes. Era filho de Filippo Piccinini e Adele Ciarlini, falecidos, respectivamente, em 08.04.1878, em Reggio Emilia, Itália, e 09.03.1922, em Fortaleza, Ceará - Brasil. Neto de Giacomo Piccinini e Maria Piccinini. Tinha um irmão mais novo, Fortunato Piccinini, de quem adiante falaremos. E um tio paterno de nome Angelo Piccinini, professor e sacerdote na Diocese de Reggio Emilia. Embarcou para o Brasil, em Gênova, Itália, no vapor Las Palmas da companhia italiana "La Veloce", no dia 10.10.1894. Desembarcou em Recife ((PE) no dia 25 de outubro do mesmo ano, porto mais próximo do término de sua viagem. Veio para o Brasil por solicitação de seu tio materno, maestro Ciro Ciarlini, residente em Granja (CE), servindo de companhia aos primos Pedro e Hugo, filhos do maestro que, por serem menores de idade, com mais ou menos 17 e 16 anos, respectivamente, não podiam viajar sozinhos para o Brasil. Cumprida sua missão, por motivos financeiros de seu tio maestro, não pôde mais regressar à Italia, tendo que aqui ficar, deixando lá sua mãe, seu único irmão Fortunato, seu tio Dom Angelo, com quem residiam, e sua noiva chamada Hedwiges. Não foi, por conseguinte, um simples ato de migração tão comum naquela época, mas, creio, uma fatalidade. Com uma vida tão diferente e difícil naquela época, aqui no Brasil e no Nordeste, principalmente, como é fácil imaginar, e com apenas 24 anos de idade, não teria ele meios financeiros para retornar à Itália e, quando os...
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Vincenzo Piccinini nasceu no dia 5 de abril de 1870, em Reggio Emilia, cidade do norte da Itália, capital da província de mesmo nome, situada na região de Emilia Romagna. Fundada no século II a.C., foi uma república independente durante os séculos XII e XIII. É um centro comercial de produtos agrícolas e produtor de alimentos industrializados. Em sua arquitetura, destacam-se a catedral do século XII e vários palácios renascentistas. Sua população, em 1990, era estimada em 131.880 habitantes. Era filho de Filippo Piccinini e Adele Ciarlini, falecidos, respectivamente, em 08.04.1878, em Reggio Emilia, Itália, e 09.03.1922, em Fortaleza, Ceará - Brasil. Neto de Giacomo Piccinini e Maria Piccinini. Tinha um irmão mais novo, Fortunato Piccinini, de quem adiante falaremos. E um tio paterno de nome Angelo Piccinini, professor e sacerdote na Diocese de Reggio Emilia. Embarcou para o Brasil, em Gênova, Itália, no vapor Las Palmas da companhia italiana "La Veloce", no dia 10.10.1894. Desembarcou em Recife ((PE) no dia 25 de outubro do mesmo ano, porto mais próximo do término de sua viagem. Veio para o Brasil por solicitação de seu tio materno, maestro Ciro Ciarlini, residente em Granja (CE), servindo de companhia aos primos Pedro e Hugo, filhos do maestro que, por serem menores de idade, com mais ou menos 17 e 16 anos, respectivamente, não podiam viajar sozinhos para o Brasil. Cumprida sua missão, por motivos financeiros de seu tio maestro, não pôde mais regressar à Italia, tendo que aqui ficar, deixando lá sua mãe, seu único irmão Fortunato, seu tio Dom Angelo, com quem residiam, e sua noiva chamada Hedwiges. Não foi, por conseguinte, um simples ato de migração tão comum naquela época, mas, creio, uma fatalidade. Com uma vida tão diferente e difícil naquela época, aqui no Brasil e no Nordeste, principalmente, como é fácil imaginar, e com apenas 24 anos de idade, não teria ele meios financeiros para retornar à Itália e, quando os teve (se é que os teve) alguns anos já tinham decorrido e sua vida na Itália estava já desagregada. O que Vincenzo passou em vida o sei muito bem, os primórdios por ouvir dizer por ele mesmo e pelos familiares, e a parte final por conhecimento próprio, pois quando faleceu em 18.11.1943, em Fortaleza(CE), já tinha eu, caçula da família, 23 anos de idade. No Brasil já chegou com uma formação técnica, pois conhecia muito bem contabilidade e topografia, esta última um poderoso instrumento de desbravamento das Américas. Com sua habilidade intelectual, na época da extração da borracha na Amazônia, a chamada "época de ouro", foi guarda-livros em seringais, onde permaneceu por cerca de 10 anos, principalmente, em Cruzeiro do Sul (AC). Retornando a Fortaleza (CE), devido aos seus elevados conhecimentos técnicos de topografia, foi admitido na então Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, hoje DENOCS, estabelecendo bases técnicas na construção de açudes e estradas de rodagem, nos estados do Ceará, Bahia e Piauí. Esta foi, em poucas palavras, a parte profissional de Vincenzo Piccinini. Na parte familiar, casou-se religiosamente com Ricarda Maria da Conceição, cearense, no dia 09.07.1899, no Seringal Porto Peters, Alto Juruá, Território do Acre, de propriedade de João Lopes da Rocha. O ato foi celebrado pelo Monsenhor Antônio Fernandes da Silva Távora. O casamento civil foi efetuado pouco depois pelo Juiz de Paz, em exercício, João Bussons, no barracão de Lucânia, de propriedade do Cel. José Lucas Barbosa, que foi uma das testemunhas. Do casamento houve 14 gestações, das quais 12 nasceram vivas, que são: RAYMUNDO PICCININI - nascido no Rio Juruá, Amazonas, no Seringal Porto Peters, no dia 30.06.1901. Casou-se com Leontina de Arruda Câmara, com quem teve dois filhos: Kleber e Glauco, êste recentemente falecido. Raymundo e Leontina são ambos falecidos. ADÉLIA PICCININI - nascida no rio Juruá, Amazonas, Seringal Buenos Aires, no dia 20.11.1902. Casou-se com Ciro Ciarlini, seu primo, e teve 10 filhos: Maria Alice, Cláudio,Doralice, Clauder, Adalgisa, Raimundo Cláucio, Cláucio, Vladimir, Juarez e Geni. Ciro e Adélia são ambos falecidos. EDWIGES PICCININI - nascida no Rio Juruá, Amazonas, no Seringal Porto Peters, no dia 19.08.1904. Faleceu, ainda criança, no dia 13.03.1906. EDWIGES PICCININI - nascida no dia 16.03.1906. Casou-se com Eduardo de Oliveira Moura e teve 6 filhos: Giuseppe Edwardo, Evanir, Ezelmir, Evandro, Ernani e Edinir. Hedwiges e Eduardo já são falecidos. ADÁLIA PICCININI - nascida no Rio Juruá, Amazonas, Seringal Porto Peters, no dia 22.03.1907. Casou-se com Francisco de Oliveira Moura e teve 6 filhos: Maria de Jesus, Therezinha de Jesus, Waldomiro, Valdir, Walmir e Ângela de Jesus. Adália e Francisco Moura já são falecidos. FELIPPE PICCININI - nascido no Rio Juruá, Amazonas, no Seringal Lucânia, no dia 27.04.1908. Casou-se com Eurenice Figueiredo Ramalho e não deixou descendentes. São ambos falecidos. Os seis filhos acima relacionados são do tempo em que Vincenzo viveu no Amazonas. ADELAIDE PICCININI - nascida em Granja, Ceará, no dia 16.12.1909. Faleceu ainda criança. ANGELO PICCININI - nascido em Granja, Ceará, em 26.02.1911. Faleceu, também, ainda criança. PEDRO PICCININI - nascido em Invencível, São Raimundo Nonato, Piauí, no dia 23.04.1912. Falecido ainda criança. DINA PICCININI - nascida em Bonfim (Vila Nova da Rainha), Bahia, no dia 08.06.1914. É solteira e não tem descendentes. FRANCISCO ANGELO PICCININI - nascido em Fortaleza, Ceará, no dia 18.10.1917. Faleceu com 23 anos, ainda como universitário. ITALO PICCININI - nascido em Fortaleza, Ceará, no dia 14.11.1920. Casou-se com Dyrce Martins de Moraes Bittencourt com quem teve 2 filhos: Italo Orlando e Tereza Maria. Os seis últimos filhos relacionados são oriundos dos Estados do Nordeste, onde Vincenzo trabalhou na Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Do relato dos filhos de Vincenzo Piccinini, observa-se que ainda permanecem vivos somente dois: DINA e ITALO, sobre os quais fornecerei algumas informações: DINA PICCININI - é a última das filhas e está hoje com 87 anos de idade. Exímia pianista, reside em Fortaleza (Ce), onde é bastante conhecida como tal e como professora de piano. Foi pianista efetiva da Orquestra Sinfônica de Fortaleza e, ainda hoje, apesar da avançada idade, continua deleitando a todos com execução de músicas clássicas de Chopin, Beethoven, Listz, etc, pois ainda está em pleno gozo de suas faculdades mentais e físicas. ITALO PICCININI - é o caçula da família e está com 80 anos de idade. É formado Contador. Foi escrevente juramentado de tabelionato em Fortaleza, em sua juventude; funcionário público federal por concurso externo, tendo exercido as funções de Escriturário do Ministério da Marinha junto à Capitania dos Portos de Fortaleza, na época da 2ª Grande Guerra; Escriturário, também por concurso externo, do Banco do Brasil, S.A, onde percorreu todos os postos da carreira de Escriturário, tendo se aposentado como Chefe de Seção e comissionado Chefe de Divisão da Direção Geral do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. É casado com Dyrce Bittencourt Piccinini desde 08.04.1947, portanto há 54 anos, e tem dois filhos e três netos: ITALO ORLANDO BITTENCOURT PICCININI - nascido em Fortaleza, Ceará, em 03.08.1949. É formado em Administração de Empresas e em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Escriturário, por concurso externo, do Banco do Brasil, S.A., já tendo chegado ao ápice da carreira de Escriturário. Exerce atualmente a comissão de Assessor na Gerência de Mercado de Capitais na Direção Geral do Banco do Brasil, S.A, no Rio de Janeiro. É casado com Tereza Cristina Camillo Piccinini e tem uma filha de nome Gina Piccinini, estudante do segundo grau. TEREZA MARIA PICCININI FEITOSA - nascida em Fortaleza, Ceará, em 29.08.1952. É formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quando ainda acadêmica logrou aprovação em concurso externo para Escrituraria do Banco do Brasil, S.A., onde permaneceu como tal até sua formatura. Foi transferida, então, para a carreira de Médico do Banco e desempenhado essa função até sua aposentadoria, na comissão de Chefe do Centro de Assistência ao Pessoal - CEASP, no Rio de Janeiro. Concomitantemente, ela exercia as funções de Médica do Ministério da Saúde, estando hoje desempenhando suas atribuições no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro -RJ, como médica da Divisão de Ações de Detecção Precoce. É casada com José do Vale Pinheiro Feitosa, também médico do Ministério da Saúde, tendo 2 filhos: Raul e Ruy Piccinini Feitosa. O primeiro, acadêmico de Engenharia na Universidade Federal Fluminense, em Niterói -RJ., e o segundo, acadêmico de Direito na Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro (PUC). FORTUNATO PICCININI - foi o irmão de Vincenzo Piccinini que ficou em Reggio Emilia com sua mãe Adele Ciarlini Piccinini, por ocasião de sua vinda para o Brasil. Casou-se em Roma, Itália, com Victoria......, onde residia como Oficial do Exército Italiano. Do casamento nasceram os seguintes filhos: Maria, Fernando, Anna Maria, Ugo e Alessandro. Dos filhos homens chegaram alguns a participar das guerras da Abissínia e 2ª Grande Guerra NOTA: Este relato foi possível graças às anotações de próprio punho deixadas por Vincenzo Piccinini, que possibilitaram a feitura da Árvore Genealógica atualizada da família. À cooperação valiosa dos filhos Italo Orlando e Tereza Maria, de meu genro José do Vale e de meu neto Raul, que muito contribuíram para a cabal concretização deste trabalho. Rio (RJ), l5.07.2001 (Italo Piccinini enviou a história de Vicenzo Piccinini para o Museu da Pessoa em 27 de outubro de 2001, através do nosso site na internet.)
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