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Por: Museu da Pessoa, 17 de janeiro de 2006

Multiplicar é manter as lamparinas acesas

Esta história contém:

Multiplicar é manter as lamparinas acesas

P1- Judith Ferreira.

P2- Damaris do Carmo.

P1- Dona Mirian, a gente pede, por favor, pra começar, que a senhora diga o seu nome completo, local e data de nascimento?

R- Miriãn Linhares Garcia Pereira, eu nasci em Lavras da Mangabeira, no Ceará, em 6 de junho de 1945.

P1- E qual o nome dos seus pais?

R- Pedro Garcia Filho, meu pai e Dulce Ferrer Linhares Garcia, minha mãe.

P1- Onde eles nasceram?

R- Meu pai nasceu nos confins da Paraíba, em Brejo da Cruz, perto de Catolé do Rocha e a minha mãe nasceu em Lavras da Mangabeira, no Ceará.

P1- E quais eram as atividades deles?

R- Minha mãe era professora, meu pai era fazendeiro e comerciante na Paraíba. Não sei se já é pra falar como é que os dois encontraram, né? É meio atávica a história. Havia uma rixa entre as famílias, eu tinha um tio que ia se ordenar padre e alguém disse que ia matá-lo. Então, ao invés de ele se ordenar no Ceará, ele foi se ordenar na Paraíba. Como ele se ordenou na Paraíba, foi ser vigário de uma cidadezinha no interior da Paraíba. A minha mãe foi passear lá no interior da Paraíba e conheceu o meu pai. Aí, se casaram. Então, eu tenho alguns irmãos que nasceram na Paraíba e outros que nasceram no Ceará, porque depois meu pai comprou a fazenda do meu avô e veio morar no Ceará. Então, eu sou esse misto ambulante cearense-paraibana com muita honra, com muita alegria, com muito prazer.

P1- E a senhora lembra dos seus avós maternos e paternos?

R- Lembro. Meus pais, meu avô e minha avó têm também histórias, né? A minha avó era uma pessoa muito autoritária, muito brava, muito temida na região e ela se separou do meu avô quando ninguém se separava, né? Por exemplo, lá pelos idos de 1920, não sei, expulsou ele de casa, fez ele correr de casa. Ele foi morar numa cidade vizinha e ela ficou lá, autoritária, mandando em todo mundo. Brigava com todo mundo da cidade, todos tinham medo dela e eu lembro. Convivi com ela um pouco,...

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Dados de acervo

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Projeto Fundação Bradesco

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Mirian Linhares Garcia Pereira

Entrevistado por Damaris do Carmo e Judith Ferreira

Osasco, 17 de Janeiro de 2006

Código: FB_HV029

Transcrita por Augusto César Maurício Borges

Revisada por Isabela Rangel Fraga Burgo

Título: Multiplicar é manter as lamparinas acesas

P1- Judith Ferreira.

P2- Damaris do Carmo.

P1- Dona Mirian, a gente pede, por favor, pra começar, que a senhora diga o seu nome completo, local e data de nascimento?

R- Miriãn Linhares Garcia Pereira, eu nasci em Lavras da Mangabeira, no Ceará, em 6 de junho de 1945.

P1- E qual o nome dos seus pais?

R- Pedro Garcia Filho, meu pai e Dulce Ferrer Linhares Garcia, minha mãe.

P1- Onde eles nasceram?

R- Meu pai nasceu nos confins da Paraíba, em Brejo da Cruz, perto de Catolé do Rocha e a minha mãe nasceu em Lavras da Mangabeira, no Ceará.

P1- E quais eram as atividades deles?

R- Minha mãe era professora, meu pai era fazendeiro e comerciante na Paraíba. Não sei se já é pra falar como é que os dois encontraram, né? É meio atávica a história. Havia uma rixa entre as famílias, eu tinha um tio que ia se ordenar padre e alguém disse que ia matá-lo. Então, ao invés de ele se ordenar no Ceará, ele foi se ordenar na Paraíba. Como ele se ordenou na Paraíba, foi ser vigário de uma cidadezinha no interior da Paraíba. A minha mãe foi passear lá no interior da Paraíba e conheceu o meu pai. Aí, se casaram. Então, eu tenho alguns irmãos que nasceram na Paraíba e outros que nasceram no Ceará, porque depois meu pai comprou a fazenda do meu avô e veio morar no Ceará. Então, eu sou esse misto ambulante cearense-paraibana com muita honra, com muita alegria, com muito prazer.

P1- E a senhora lembra dos seus avós maternos e paternos?

R- Lembro. Meus pais, meu avô e minha avó têm também histórias, né? A minha avó era uma pessoa muito autoritária, muito brava, muito...

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