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Por: Museu da Pessoa,

Intercâmbio: eram 13 dias de navio

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Intercâmbio: eram 13 dias de navio

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Eu estudava no IBEU [Instituto Brasil Estados Unidos] porque eu sempre gostei Inglês, porque eu gostava da professora. É sempre por aí, né? E eu sempre fui muito festeira, gostava de festa, essas coisas todas. Foi quando eu soube da oportunidade no IBEU do American Field. A seleção do primeiro ano e do segundo ano foram feitas pelo IBEU. Então, eu me candidatei e passei.

Quando apareceu a oportunidade de intercâmbio, eu falei com meus pais, eu disse: “Olha, eu vou fazer o teste, mas se eu passar eu quero que vocês deixem eu ir". Meus pais acharam que era uma boa coisa pra eu aprender mais inglês, pra eu estudar mais e largaram pra lá. Então, quando veio a bolsa foi uma bomba, porque eu fui a primeira que fui da família inteira. Minhas tias tiveram um ataque, falaram com o meu pai que ele não devia deixar eu ir, de jeito nenhum.

Nós éramos só dez daqui do Brasil. E lá da Europa eram mil e quinhentos [jovens intercambistas], fretaram um navio pra vir da Europa e foi um problema, porque foi na época da febre asiática, o navio inteiro pegou febre Asiática. Eu cheguei nos Estados Unidos e nós ficamos umas três semanas, cada um na casa de uma pessoa que se ofereceu em New Jersey. E eu fiquei amicíssima da moça de New Jersey, eu considero ela minha irmã até hoje. Nós nos escrevemos pelo Facebook todo dia Quando eu larguei a casa dela num domingo, cheguei em Nova York, vazia, – teve um grego que morreu – fileiras de ambulâncias pra pegar os mais doentes. Eu tive a impressão de guerra. Eu não queria ir adiante de jeito nenhum, por mim, eu teria desistido ali, (risos) mas falei: "Não, vamos ver o que que vai dar". Disseram que eu podia continuar a viagem e eu entrei num ônibus cheio de gente espirrando e tossindo de febre asiática, é obvio que eu peguei. Ai, cheguei em casa, já tava melhor, mas eu encarei uma viagem sozinha de ônibus para Billings, 24 horas! Naquela época, as moedas americanas eram um Dólar de...

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Natal de 1958

Dados da imagem Maria Luiza recebendo presentes no Natal que passou junto com sua família hospedeira. Na foto: Bill Lowe Jr. e Jim Lowe e Pamela Lowe, seus irmãos hospedeiros.

Maria Luiza recebendo presentes no Natal que passou junto com sua família hospedeira. Na foto: Bill Lowe Jr. e Jim Lowe e Pamela Lowe, seus irmãos hospedeiros.

Minha família

Dados da imagem Visita da família hospedeira ao Rio de Janeiro para o casamento de Maria Luiza. Na foto: Pamela Lowe, Maria Luiza, Maria Silva (mãe), Conie Lowe (mãe hospedeira) e Dion de Salles Coelho

Visita da família hospedeira ao Rio de Janeiro para o casamento de Maria Luiza. Na foto: Pamela Lowe, Maria Luiza, Maria Silva (mãe), Conie Lowe (mãe hospedeira) e Dion de Salles Coelho

Dados de acervo

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P/1 – Bom, Dona Maria Luiza, primeiro eu queria agradecer a senhora por estar recebendo a gente aqui na sua casa, contar e dividir a tua história com a gente do projeto. E pra começar eu queria, pra gente deixar gravado, que a senhora falasse o seu nome completo, a sua data de nascimento e a cidade em que a Senhora nasceu.

R – Meu nome completo é Maria Luiza de Salles Coelho Gama. Minha data de nascimento é 4 de agosto de 1939 (risos), data antiga. E eu nasci no Rio de Janeiro, mas a família mineira.

P/1 – Qual que é o nome dos pais da senhora?

R – Diones Salles Coelho e Maria Silvia Vieira Gomes de Salles Coelho.

P/1 – Dos avós a senhora sabe?

R – Dos avós, eram Antonio Rodrigues Coelho Junior e Rita de Salles Coelho, por parte de pai e, por parte de mãe, era José. Eu não cheguei a conhecer, eles morreram antes de eu nascer mas, enfim, era José Gomes – se tinha noutro nome no meio não me lembro – e a avó era Maria Silvia Vieira Martins Gomes.

P/1 – E conta um pouquinho pra gente a história da sua família.

R – Olha, minha família toda é de Ponte Nova, Minas Gerais. Meu pai era de Guanhães (MG), meu avô era Juiz Federal em Minas. Meu pai nasceu no Serro, que naquela época tinha o nome de Serro Frio. E Diamantina era distrito do Serro. Agora é o contrário, porque o Juscelino botou uma universidade lá em Diamantina e Diamantina floresceu muito e o Serro que vivia de ouro de aluvião, acabou o ouro, o ciclo do ouro, ele só encolheu mas ainda é uma cidade histórica, tombada, uma das poucas cidades de Minas tombada. E meu avô, quando meu pai tinha dois anos, ele foi nomeado Juiz Federal em Minas, então, ele foi pra Belo Horizonte e tem uma história muito interessante ai: minha avó, Rita Augusta de Salles Coelho, por parte de pai, ela já era viúva [órfã] de pai quando meu avô ficou noivo dela. Um mês antes de casar, ela perdeu a mãe, a mãe morreu e ela era a mais velha, com 15 anos, de nove irmãos menores....

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