Gostaria de utilizar este museu pessoal para contar a história de uma cidadezinha chamada Iperó, mas através de uma outra "fenda": a da minha história e da história de meus amigos e não-amigos.
Numa cidade do interior feito Iperó, as histórias das pessoas são bastante unidas, e através delas podemos tecer uma grande colcha, que seria a história da própria comunidade. Então farei duas coisas: contarei a história de amigos e, ao final deste processo, terei a história sócio-cultural de Iperó. Porque foi exatamente este aspecto que se perdeu na podridão do processo político pelo qual estamos passando há aproximadamente 20 anos.
Toda comunidade e todo povo deve manter sua memória e sua cultura (entendendo como cultura, aqui, exatamente a produção de costumes, de arte, etc). Iperó tem uma história cultural bastante interessante, assim como qualquer povoação do mundo, dado que o homem é um animal de grande complexidade.
Nasci na cidade de Boituva, como a grande maioria da minha geração (os mais velhos nasciam em Iperó mesmo, de parteira). Sou de origem italiana, como vários da cidade, embora a cor da pele não sugira isso. Sou filho de funcionário público e de dona de casa polivalente. Estudei História na cidade de Sorocaba, e hoje me dedico a isso: ser um profeta do passado.
Embora não tenha vivido os tempos áureos de Iperó, onde a dita vida cultural era efervescente, hoje, com 30 anos, posso dizer que peguei boas coisas aqui, ao lado de amigos. Tive uma infância legal, passada na maior parte na escola Gaspar, onde absorvi os primeiros conhecimentos (alguns inúteis, diga-se de passagem) com mestres respeitáveis, mas também com alguns desprezíveis.
As histórias escolares, as contarei em outras oportunidades, e estaremos assim tecendo um retalho importante da minha história, da história dos amigos e da cidade em si. Pretendi nesta primeira conversa fazer apenas uma introdução e dizer o que pretendo fazer.
Quero...
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Gostaria de utilizar este museu pessoal para contar a história de uma cidadezinha chamada Iperó, mas através de uma outra "fenda": a da minha história e da história de meus amigos e não-amigos.
Numa cidade do interior feito Iperó, as histórias das pessoas são bastante unidas, e através delas podemos tecer uma grande colcha, que seria a história da própria comunidade. Então farei duas coisas: contarei a história de amigos e, ao final deste processo, terei a história sócio-cultural de Iperó. Porque foi exatamente este aspecto que se perdeu na podridão do processo político pelo qual estamos passando há aproximadamente 20 anos.
Toda comunidade e todo povo deve manter sua memória e sua cultura (entendendo como cultura, aqui, exatamente a produção de costumes, de arte, etc). Iperó tem uma história cultural bastante interessante, assim como qualquer povoação do mundo, dado que o homem é um animal de grande complexidade.
Nasci na cidade de Boituva, como a grande maioria da minha geração (os mais velhos nasciam em Iperó mesmo, de parteira). Sou de origem italiana, como vários da cidade, embora a cor da pele não sugira isso. Sou filho de funcionário público e de dona de casa polivalente. Estudei História na cidade de Sorocaba, e hoje me dedico a isso: ser um profeta do passado.
Embora não tenha vivido os tempos áureos de Iperó, onde a dita vida cultural era efervescente, hoje, com 30 anos, posso dizer que peguei boas coisas aqui, ao lado de amigos. Tive uma infância legal, passada na maior parte na escola Gaspar, onde absorvi os primeiros conhecimentos (alguns inúteis, diga-se de passagem) com mestres respeitáveis, mas também com alguns desprezíveis.
As histórias escolares, as contarei em outras oportunidades, e estaremos assim tecendo um retalho importante da minha história, da história dos amigos e da cidade em si. Pretendi nesta primeira conversa fazer apenas uma introdução e dizer o que pretendo fazer.
Quero contar com a minha história e a de outras pessoas, a história de Iperó, cidadezinha com vários atributos: localiza-se a míseros 100 km da capital de São Paulo; é berço da siderurgia nacional (Fazenda Ipanema); possuirá talvez um campus da Unesp (apesar de uma biblioteca pública aqui ser algo um tanto estranho). Pena que, apesar destes pontos positivos, a cidade está uns dez anos atrasada no aspecto sócio-cultural, graças à má interpretação da criação grega chamada "democracia".
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