Waldemar Pereira da Silva tem 65 anos é natural de São Lourenço do Sul, mora aqui no bairro há 34 anos e já se considera Guaibense. Diz que gostou muito das pessoas daqui, que tratavam ele muito bem, por isso resolveu ficar. Trabalha até hoje no posto de saúde do bairro, mas já foi carpinteiro, pedreiro, granjeiro, ferreiro, militar, comerciante, trabalhou na lavoura de arroz... Seu Waldemar é casado, tem seis filhos, oito netos e dois bisnetos.
Sua infância não foi muito fácil, tinha que cuidar dos irmãos e ajudar na roça. Fazia seus brinquedos com pedaços de madeiras, corticeiras, etc. As meninas brincavam com bonecas de pano feitas em casa. Os avós eram pessoas sérias que não davam muitas ousadias. Estudou até a 2ª série.
Durante a adolescência, se divertia com os amigos nas festas de família, nos bailes e encontros para jogar.
Foi para o quartel, onde pôde estudar mais um pouco. Lá fez vários amigos, mas um dia brigou com um colega e acabou sendo punido. Foi transferido para outro posto, mas ao contrario do que os colegas queriam, ficou melhor para ele. Começou a trabalhar de motorista, fazia entregas na fronteira e ganhava e muitos presentes como carnes e outros. Tem ótimas recordações dessa época, trouxe duas fotos na entrevista, das quais se orgulhava muito.
Quando trabalhou de vigilante nesta escola, voltou a estudar. Disse que os professores ajudavam ele e o tratavam muito bem. Contou que foi assaltado, teve um tiroteio, mas não foi atingido.
Seu Waldemar contou que estuda a bíblia e hoje é um homem diferente.
Durante toda a entrevista nós percebemos que ele valoriza muito o estudo, deu vários conselhos para a turma e passou várias lições de força de vontade e determinação.