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Por: Museu da Pessoa, 6 de dezembro de 1993

De jornalismo cego não tem nada

Esta história contém:

De jornalismo cego não tem nada

P - Falar seu nome, onde o senhor nasceu, quando...

R - Meu nome é José de Castro Silveira, no jornalismo José Silveira. Eu nasci no dia 12 de junho de 1919 em Guaratinguetá, estado de São Paulo. Filho de um professor brilhante que foi meu pai, José de Castro Silveira, e de minha mãe Benedita Nogueira de Castro. Meu pai faleceu muito moço, com 39 anos, deixou minha mãe viúva com três filhos. Três meninos. O mais velho era eu, tinha quatro anos. Nós, que éramos de uma família de classe média, com a morte do meu pai, nós fomos rebaixados na escala social, deixamos de ser uma família de classe média. Minha mãe foi fazer empadinhas para sobreviver como viúva. As empadinhas mais gostosas que Paraibuna comeu até hoje, e eu, com cinco anos entregava empadinhas por aí, a domicílio, por encomendas. Mamãe lutou muito, empregou-se numa fábrica de meias, cerzia baguetes nas meias, a luz de lamparina, e assim nós fomos crescendo. Para não constranger a família que era de pequenos burgueses em Paraibuna, mamãe mudou-se para Pindamonhangaba, onde montou pensão, pensão de estudantes. Os pensionistas eram todos de Paraibuna. E Pindamonhangaba tinha escola de Farmácia e Odontologia. Os rapazes iam estudar Farmácia e Odontologia, eram quatro ou cinco estudantes. Mamãe, dona de pensão, tinha panela numa mão e o livro na outra, porque ela começou a estudar. Ela percebeu que tinha de estudar, tinha de se formar. Formou-se professora e uma ocasião passou por Paraibuna um tio meu, Alfredo de Castro Silveira, irmão de meu pai, já falecido, e viu a cunhada naquele luta. Ficou com pena, me pegou pelos dedos e disse à minha mãe: “Ditinha, este eu vou levar pro Rio e vou devolver Doutor para você”. Ele era um grande advogado no Rio de Janeiro, ficou rico advogando, expulsando grileiros, daqueles morros que pertenciam à União. Ele não recebia em espécies, recebia em casas, terrenos. Ficou homem rico. Menino pobre em Guaratinguetá,...

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Cotidiano

Dados da imagem Foto tirada no centro de São Paulo, com a personagem José Silveira. Tirada por um fotógrafo de rua (haviam muitos na época) que revelava na hora.

Período:
Ano 1938

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
futebol, esporte, são paulo futebol clube, fotografia de rua, centro de são paulo

Foto tirada no centro de São Paulo, com a personagem José Silveira. Tirada por um fotógrafo de rua (haviam muitos na época) que revelava na hora.

Jogo São Paulo X Fluminense no Pacaembu

Dados da imagem José Silveira é o primeiro da esquerda para a direita, os outros três são integrantes da torcida uniformizada do São Paulo.
Ates do início da partida amistosa entre São Paulo e Fluminense no Pacaembu, José Silveira conversa sobre futebol com os integrantes da torcida uniformizada do São Paulo.

Período:
Ano 1948

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
futebol, esporte, são paulo futebol clube, torcida uniformizada, história, torcida

José Silveira é o primeiro da esquerda para a direita, os outros três são integrantes da torcida uniformizada do São Paulo. Ates do início da partida amistosa entre São Paulo e Fluminense no Pacaembu, José Silveira conversa sobre futebol com os integrantes da torcida uniformizada do São Paulo.

Infância

Dados da imagem Passeando na chácara do avô, José Silveira está montado em um cavalinho de pau.

Período:
Ano 1921

Local:
Brasil / São Paulo / Salesópolis

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
infância, futebol, esporte, são paulo futebol clube, chácara, cavalinho de pau

Passeando na chácara do avô, José Silveira está montado em um cavalinho de pau.

Roupa de Marinheiro

Dados da imagem Fotografia tirada em sua casa. José Silveira estava com cinco anos, vestido de marinheiro.

Período:
Ano 1924

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
infância, futebol, esporte, são paulo futebol clube, marinheiro, moda

Fotografia tirada em sua casa. José Silveira estava com cinco anos, vestido de marinheiro.

Atividade Profissional

Dados da imagem Da esquerda para a direita: Amigo do piloto do avião, o piloto e José Silveira.
José Silveira foi enviado pela Gazeta Esportiva para cobrir um jogo do São Paulo em Salvador, contra o Bahia.

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
futebol, jornalismo, esporte, são paulo futebol clube, jogo, avião, aeroporto

Da esquerda para a direita: Amigo do piloto do avião, o piloto e José Silveira. José Silveira foi enviado pela Gazeta Esportiva para cobrir um jogo do São Paulo em Salvador, contra o Bahia.

José Silveira

Dados da imagem José Silveira com 74 anos na Oficina Oswald de Andrade, no páteo interno no dia da entrevista em vídeo, seis de dezembro de 1993.

Período:
Ano 1993

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Márcia Zoet

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
futebol, esporte, são paulo futebol clube, retrato, entrevista

José Silveira com 74 anos na Oficina Oswald de Andrade, no páteo interno no dia da entrevista em vídeo, seis de dezembro de 1993.

Mapa Silveira

Dados da imagem 1) Guaratinguetá
2) Paraibuna
3) Salesópolis
2) Paraibuna
4) Pindamonhangaba
5) Rio de Janeiro
6) Cerqueira César
7) Botucatu
8) São Paulo
5) Rio de Janeiro
8) São Paulo
9) Taubaté
8) São Paulo
10) São José dos Campos

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Mapa

Palavras-chave:
futebol, esporte, são paulo futebol clube, mapa

1) Guaratinguetá 2) Paraibuna 3) Salesópolis 2) Paraibuna 4) Pindamonhangaba 5) Rio de Janeiro 6) Cerqueira César 7) Botucatu 8) São Paulo 5) Rio de Janeiro 8) São Paulo 9) Taubaté 8) São Paulo 10) São José dos Campos

Entrevista em vídeo

Dados da imagem Imagem capturada da entrevista em vídeo.

Período:
Ano 1993

Local:
Brasil / São Paulo / São Paulo

Imagem de:
José de Castro Silveira

História:
De jornalismo cego não tem nada

Crédito:
Acervo Pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
futebol, esporte, são paulo futebol clube, entrevista

Imagem capturada da entrevista em vídeo.

Dados de acervo

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Projeto: História em Multimídia do São Paulo Futebol Clube

Depoente: José de Castro Silveira

Entrevistado por: Cláudia e Rodrigo

São Paulo, Dezembro de 1993

Entrevista nº 016

P - Falar seu nome, onde o senhor nasceu, quando...

R - Meu nome é José de Castro Silveira, no jornalismo José Silveira. Eu nasci no dia 12 de junho de 1919 em Guaratinguetá, estado de São Paulo. Filho de um professor brilhante que foi meu pai, José de Castro Silveira, e de minha mãe Benedita Nogueira de Castro. Meu pai faleceu muito moço, com 39 anos, deixou minha mãe viúva com três filhos. Três meninos. O mais velho era eu, tinha quatro anos. Nós, que éramos de uma família de classe média, com a morte do meu pai, nós fomos rebaixados na escala social, deixamos de ser uma família de classe média. Minha mãe foi fazer empadinhas para sobreviver como viúva. As empadinhas mais gostosas que Paraibuna comeu até hoje, e eu, com cinco anos entregava empadinhas por aí, a domicílio, por encomendas. Mamãe lutou muito, empregou-se numa fábrica de meias, cerzia baguetes nas meias, a luz de lamparina, e assim nós fomos crescendo. Para não constranger a família que era de pequenos burgueses em Paraibuna, mamãe mudou-se para Pindamonhangaba, onde montou pensão, pensão de estudantes. Os pensionistas eram todos de Paraibuna. E Pindamonhangaba tinha escola de Farmácia e Odontologia. Os rapazes iam estudar Farmácia e Odontologia, eram quatro ou cinco estudantes. Mamãe, dona de pensão, tinha panela numa mão e o livro na outra, porque ela começou a estudar. Ela percebeu que tinha de estudar, tinha de se formar. Formou-se professora e uma ocasião passou por Paraibuna um tio meu, Alfredo de Castro Silveira, irmão de meu pai, já falecido, e viu a cunhada naquele luta. Ficou com pena, me pegou pelos dedos e disse à minha mãe: “Ditinha, este eu vou levar pro Rio e vou devolver Doutor para você”. Ele era um grande advogado no Rio de Janeiro, ficou rico advogando,...

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