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1953: ano em que nasci. No dia 21 de outubro. Nasci Ernesto, porém logo cedo adotei o nome Carvalho Pinto como favorito. Nasci mineiro, mas me fizeram carioca. Na minha juventude tornei-me paulistano de coração. Hoje, declaro meu amor a São Paulo. Porém, estou aprendendo a apreciar o Nordeste.

Claro que não me recordo da ocasião do meu nascimento, porém fiquei sabendo pelo meu pai que eu e a minha mãe corremos sério risco de vida naquele ano. Como isso ocorreu? Soube por meu pai, com lágrimas nos olhos. Disse-me ele que próximo ao parto, por ocasião de meu nascimento, mamãe mantinha amizade com duas mulheres parteiras. Estas se diziam amigas, porém havia grande rivalidade entre elas. Elas estavam disputando qual faria o tão aguardado parto. Segundo papai, minha mãe havia escolhido a parteira de pele clara. A outra por sua vez, se sentindo desprezada, fez um servicinho questionável, no intuito de não sobrevivermos.

Somente em 1988 eu soube deste fato. Confesso que fiquei aliviado ao saber disso, porque durante toda a minha vida eu sentia que algo estranho pairava a minha volta. Naquele dia, foi como se a cortina tivesse sido removida e a luz brilhasse em minha volta.

Minha infância foi marcada pela perda dos parentes amados. Mamãe durou muito pouco. Aos 40 anos, depois de ter ficado muito doente por 11 anos, veio a falecer, em 1964. A causa-mortis foi dada como anemia profunda. Seu enterro ocorreu em Barbacena – MG.

Não posso dizer que conheci minha mãe. Logo em 1957, por ocasião de uma visita de meu tio, irmão de meu pai, e sua esposa, eu fui levado como um bichinho de estimação para a companhia deles no Rio de Janeiro. Vivi de 1957 até 1966 naquela cidade.

Uma infância repleta de dor e lágrimas. Minha tia me tratava como a um filho, mas seu amor me sufocava. Foram momentos de beijos e beliscões. Minha tia não podia ter filhos, devido a ter sido diagnosticada como tendo útero infantil.

Logo naqueles dias, no início da década...

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