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Personagem: Anônimo
Por: Museu da Pessoa, 23 de setembro de 2024

Explicar a poesia ninguém consegue explicar

Esta história contém:

Explicar a poesia ninguém consegue explicar

O papa da poesiaExplicar a poesia

ninguém consegue explicar

é pesada feito chumbo

é leve igualmente o ar

É fina como o cabelo

é leve como o luar

toca na alma da gente

fazendo rir ou chorar

A poesia é tão santa

que quando um poeta canta

Deus pára para escutar

E pra terminar meu hino

a poesia, seu menino

como tudo que é divino

não dá pra gente pegar

Se eu pegasse a poesia

porta em porta sairia

igual um mendigo faz

pedindo não, dando esmola

tocando minha viola

e cantando a canção da paz.

Eu sei só que meu avô, por parte de papai, é de Brejo da Madre Deus, perto do Recife. Ele morava num sítio chamado Serrote Apertado. Diz que fica perto da... de onde acontece o espetáculo de... da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, por ali. Mas o que eu sei assim é que o papai ficou com o pai dele até sete anos de idade e depois foi pra casa de um padrinho. O nome do meu pai, a gente chamava de Antônio Monteiro, como me chamam Dedé Monteiro. Nem eu sou Dedé Monteiro, nem ele era Antônio Monteiro. É porque Antônio Rufino foi criado por um padrinho chamado Miguel Monteiro. Aí começou a ser chamado de Antônio de Miguel Monteiro, depois Antônio Monteiro. E eu, Dedé, porque José, aí Dedé de Antônio Monteiro, aí Dedé Monteiro. Eh, tanto que eu fui pra escola pequeno e não sabia meu nome direito. A professora perguntava, dizia, José Monteiro, porque... Aí depois, quando foi documento pra escola, ela disse, você não é José Monteiro, não. Você é José Rufino, e os menino, meus colegas José Mufino? Eh, brincando comigo.E minha avó, depois que o meu avô morreu, ela veio pra cá, pra casa de papai. Eu convivi mais com ela. Rita Monteiro. Ela era Rita, porque o Monteiro, que era padrinho de papai, era irmão dela. E lá do lado de mamãe eu conheci mais minha avó, meu avô viajou, se separaram e viajou e ficou por lá, só veio pra cá quando tava doente, já pra morrer. E minha avó de Afogados da Ingazeira, no sítio Dois Riachos,...

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Dados de acervo

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Entrevista de Dedé Monteiro

Entrevistado por Jonas Samaúma

Gravado por Marcos Carvalho, Yuli Neves Santos

Tabira, Pernambuco, 23 de setembro de 2024

Projeto Vidas em Cordel, Projeto Conte sua História

Entrevista PCSH_HV1426

Revisado por Estfani da Costa

P/1-Mestre, obrigado pela oportunidade de você tá conversando com a gente. Para a gente abrir, né, eu ia falar para abrir com uma poesia, né? Pra gente abrir com verso.

R- Eu declamo um poema meu intitulado “A Poesia”:

Explicar a poesia

ninguém consegue explicar

é pesada feito chumbo

é leve igualmente o ar

É fina como o cabelo

é leve como o luar

toca na alma da gente

fazendo rir ou chorar

A poesia é tão santa

que quando um poeta canta

Deus pára para escutar

E pra terminar meu hino

a poesia, seu menino

como tudo que é divino

não dá pra gente pegar

Se eu pegasse a poesia

porta em porta sairia

igual um mendigo faz

pedindo não, dando esmola

tocando minha viola

e cantando a canção da paz.

P/1- Mestre, você nasceu aqui em Tabira, né?

R- Aqui em Tabira, na zona rural, num sítio chamado Barro Branco.

P/1- Você sabe um pouquinho como foi a história do seu nascimento?

R- Não do nascimento, mas sei que nasci em Barro Branco, em 13 de setembro de 49 e a casinha onde nasci, que infelizmente não existe mais, se chamava Casinha do Tambor, porque em volta dela tinha muitos pés de tamboril. Chamava a Casinha do Tambor e foi construída pelo patrão de papai na época para o casamento dele. Eu tive o privilégio de nascer numa casa nova, lá no sítio. Essa casinha, pra mim, tem um valor muito forte. E passamos de 49 até 52. Nasceu meu segundo irmão, Mário. E papai veio aqui pra cidade. Continuou na agricultura. Ele tinha uma roça no sítio Chapada, a seis quilômetros daqui. E, ao mesmo tempo, vendia fruta. Mamãe ficava no... a gente chamava o armazém de banana. Era um sacolão. Ela vendendo fruta e ele cuidando da agricultura e em casa ele trabalhava como sapateiro. Não de...

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