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Por: Francinaldo Rita da Silva, 21 de novembro de 2025

ESCREVO CARTAS PORQUE NÃO DESEJO ESQUECER: MEMÓRIAS DE UMA DOCÊNCIA NEGRA E ENGAJADA

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ESCREVO CARTAS PORQUE NÃO DESEJO ESQUECER: MEMÓRIAS DE UMA DOCÊNCIA NEGRA E ENGAJADA

ESCREVO CARTAS PORQUE NÃO DESEJO ESQUECER: MEMÓRIAS DE UMA DOCÊNCIA NEGRA E ENGAJADA

Mossoró, julho de 2025.

Escrever esta carta não deixa de ser um exercício de memória, de afeto e de resistência. Sim, resistência para trilhar por caminhos e descaminhos, afinal, nem toda caminhada na vida é feita por belos vales. Existem trechos da estrada que devem ser desviados, outros ignorados, mas que ainda assim nos impulsionam a pensar em novas estratégias, reformular, reajustar nossos objetivos e seguir. Seguir rumo aquilo que acreditamos ser a nossa felicidade, a nossa realização.

Então, parar um instante e escrever sobre o meu percurso acadêmico é também um exercício para refletir sobre quem sou e como me tornei professor, pesquisador, defensor de assuntos que embora sejam tão discutidos, ainda se percebe que muitos insistem em perseverar na “ala da ignorância”. Dito isto, o gesto de escrever uma simples carta como essa, não é apenas um cumprimento acadêmico: é também um ato de denúncia e anúncio, como nos ensinou Paulo Freire, considerando que se trata de um pouco da escrita do mundo que me atravessa e que eu insisto e persisto em transformar.

Julgo ser pertinente deixar anotado que desde a juventude as palavras me tocaram com força e gentileza. Foi no Ensino Médio, sem nem saber ao certo o que poderia ser de mim, quando percebi que havia nas Humanas e na Literatura uma espécie de abrigo, um lugar onde me sentia bem-vindo e especialmente, onde cabia meus silêncios e também minhas tantas perguntas, que naquele tempo as respostas se faziam tão lentas e distantes. Mas a vida pedia pressa e era necessário agir e em razão da necessidade de trabalhar cedo para ajudar a minha família, não houve espaço imediato para o sonho da universidade, pois a urgência da sobrevivência me impôs o trabalho precoce.

Para quem na época era um simples jovem, posso então dizer que o mundo urbano, agitado e desigual, não só me acolheu,...

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