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Por: Museu da Pessoa, 21 de maio de 2004

Do clássico ao popular

Esta história contém:

Do clássico ao popular

IDENTIFICAÇÃO Nome / Local e data de nascimento Meu nome é José Gileno Tiso Veiga. Nasci em Três Pontas, em 16 de agosto de 1943. INFÂNCIA Primeira infância Nossa Senhora, a infância aqui foi deliciosa, porque era tudo terra na cidade. Você não tinha uma rua calçada, não tinha esgoto. Tinha enchente lá embaixo, na Perete. E os amigos estavam sempre unidos e brincando. A infância foi por aí, brincando de pique. Um corria atrás do outro, até pegar. FAMÍLIA Mãe Minha mãe era professora de piano. Tinha muitos alunos. Eu comecei a estudar com ela; o Wagner, meu irmão, começou a estudar com ela. O Milton Nascimento estudou piano com ela também. Sempre foi professora de piano, aqui em Três Pontas. E quando se mudou pra Alfenas, lá também foi professora até, infelizmente, dona Walda morrer. Ela ensinava clássico, só ensinava o erudito. Música popular ninguém sabia lá em casa. FORMAÇÃO MUSICAL Iniciação musical Nessa época que a gente era mais novo, eu fui pra Varginha estudar com o maestro Fernandese, porque graças a Deus eu tive uma capacidade muito boa. E a primeira aula que esse maestro Fernandese dava era a minha, e a segunda era do Nelson Freire. Nessa época o maestro Fernandese chegou a falar pra minha mãe - isso eu tenho gravado comigo - “Não sei qual dos dois é melhor”. Só que depois de grande eu preferi a música popular e abandonei o clássico. FORMAÇÃO MUSICAL Composições Aos 13 anos, Dona Walda, minha mãe, falou: “Gileno, você já fez tanta composição, fez pra mãezinha... Tem o concurso do hino da cidade. Faz uma música pro hino.” Já tocava acordeão na época. Aí, quando vi, me deu uma inspiração. Fiz e escrevi a música e mandamos pro concurso que foi feito pelo Conservatório de Lavras, sem nome de ninguém. As músicas foram numeradas e só o prefeito aqui na cidade é que sabia de quem que era a música. Aí saiu o...

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Retrato de Gileno Tiso

Dados da imagem Retrato de José Gileno no dia da gravação da sua entrevista.

Período:
Ano 2004

Local:
Brasil / Minas Gerais / Três Pontas

Imagem de:
José Gileno Tiso Veiga

História:
Do clássico ao popular

Crédito:
Silvana Franco

Tipo:
Fotografia

Retrato de José Gileno no dia da gravação da sua entrevista.

Dados de acervo

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Projeto Museu Clube da Esquina

Depoimento de José Gileno Tiso Veiga

Entrevistado por Cláudia Leonor e Stela Tredice

Três Pontas, 21 de maio de 2004

Realização Museu da Pessoa

Código do depoimento: MCE_CB015

Transcrito por Bruno Weiers

Revisado por Joice Yumi Matsunaga

P/1 – Bom, eu vou perguntar de novo para você me falar: o seu nome completo?

R – José Gileno Tiso Veiga.

P/1 – E o local e a data de nascimento.

R – Em Três Pontas, 16 de agosto de 1943.

P/1 – Como eu posso chamar, Senhor Gileno, Gileno, como o senhor prefere?

R – Não, Gileno, Tiso, ou só Gileno. Muita gente me chama de Zé. Porque é José Gileno.

P/1 – Ah, tá. E, Gileno, qual é a sua lembrança mais antiga da cidade? Do seu grupo de amigos, o que você lembra da sua infância?

R – Nossa Senhora, a infância aqui foi deliciosa porque era tudo terra na cidade. Você não tinha uma rua calçada na cidade, você não tinha esgoto, não tinha enchente lá embaixo na Peret. E os amigos sempre unidos e brincando. A infância foi mais ou menos por aí. Pique, brincando de pique. Porque um corria atrás do outro, né, até pegar.

P/1 – E, me fala uma coisa, na sua casa, estava falando que a sua mãe tocava piano?

R – Minha mãe era professora de piano. Tinha muitos alunos. Eu comecei a estudar com ela, o Wagner, meu irmão, começou a estudar com ela, o Milton Nascimento estudou piano com ela, sabia alguma coisa de piano também. Sempre foi professora de piano, desde aqui em Três Pontas e desde quando mudou pra Alfenas. Lá também, ela foi professora até, infelizmente, dona Valda morrer.

P/1 – E o que ela ensinava para vocês, que tipo de música vocês tocavam no piano?

R – Clássico. Só ensinava o erudito. Música popular ninguém sabia lá em casa. Nessa época, né, que a gente era mais novo, tanto, que eu fui para Varginha estudar, porque, graças a Deus, eu tive uma capacidade muito boa quando menino, com o maestro Fernandez em Varginha. E esse...

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