Tudo começou em 02 de outubro de 1949, na pequena cidade de Wenceslau Braz, no sul de Minas Gerais.
Nascia ali, uma pessoa que lutaria para ajudar sua família e ao próximo. Estou falando do meu avô materno, José Bitencourt, conhecido como Sr. Zequinha.
Era uma época difícil, com poucos recursos. O trabalho era na roça, nas plantações de feijão, milho e fumo e aprendeu o ofício de pedreiro.
Desde muito pequeno precisou ajudar nas tarefas, pois era o mais velho de quatro irmãos. Frequentou à escola, mas só os primeiros anos primários.
Com 22 anos de idade, deixou o campo para tentar a vida na cidade. Aí começa uma batalha, porque veio para Itajubá, praticamente com a roupa do corpo e a vontade, a garra de mudar a sua história.
Foram anos trabalhando de pedreiro e morando com uma tia, até que conseguiu comprar um terreno. E a luta continuava.
Trabalhava em dois serviços para se sustentar e guardar dinheiro para construir sua casa.
Em 1978, conseguiu construir a casa e se casou. Dessa união, nasceu meu tio e a minha mãe.
Meu avô, já estava ficando conhecido pelos seus serviços e cada vez mais era procurado.
Homem de convicções, temente à Deus, de muita fé e dono de um coração que não cabia no peito. Sempre pronto para te aconselhar, um colo que sarava tudo, melhor marido, pai exemplar e avô, ah como avô...tinha um amor por mim que era visível a qualquer um.
Foi uma vida de lutas, mas tiveram recompensas também.
Com muito trabalho, conseguiu estudar meu tio e a minha mãe, que se formaram em Direito e foram viver as suas vidas.
Em 2012, quando eu nasci, meu avô estava trabalhando em outra cidade e logo chegou para me conhecer, foi só alegria.
Foram somente dez anos de convivência com o meu \\\"segundo pai\\\", que faleceu no ano passado. Só tenho que agradecer à Deus pela oportunidade e a felicidade de ter podido conhecê-lo.
Que saudades meu avô!!! O senhor vai estar sempre em nossa memória e nos nossos...
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