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Por: Museu da Pessoa,

Cidadão do mundo

Esta história contém:

Cidadão do mundo

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Existia um personagem que a ela dou muita atenção e sempre lembro, dona Maria Alice Fernandes. Ela era uma parteira, estudiosa, professora de inglês e tinha muito prestígio com os americanos, eu acho que nessa época da guerra ela era uma tradutora, articuladora. Ela fazia palestras e viajava pelos Estados Unidos. Quando voltava, eu sempre ia assistir às palestras dela. Ela apreciava essa minha conduta porque era tudo coroa lá e eu era um boyzinho interessado em ver os slides que ela trouxe, na época, eram slides, do Alasca. Um dos dias, ela chegou pra mim: “Olha, eu vou trazer aqui pro Rio Grande do Norte um programa de intercâmbio para vocês jovens”. Eu perguntei: “O que é intercâmbio?” “Intercâmbio é você morar um ano com uma família americana”. Na mesma hora, eu disse: “Eu não tenho condição. Minha família não tem condição de me manter lá um ano”. Ela disse: “Não, é tudo de graça, você não vai gastar. As despesas são mínimas, outras coisas, apenas roupas e tudo o que você vai ter que levar, mas a passagem, está tudo incluído”. Eu praticamente enlouqueci quando soube dessa história que ela iria trazer. Eu devia estar no terceiro ano de inglês, me sentindo já um pouco seguro pra comunicar. Quando trouxe, eu me habilitei na segunda turma e fui aprovado sem que meus pais soubessem desses meus passos. Tem uma entrevista em casa, foi quando a minha mãe soube, ficou extremamente preocupada, não queria que eu fosse porque nessa época estava no boom da liberação sexual, do Woodstock, dos Beatles, dos Rolling Stones, foi muito interessante esse período e foi muito conflitante pra minha mãe. Mas o meu pai convenceu-a que era meu sonho, o que eu queria e que ela tinha que ser muito receptiva às pessoas que iriam ne entrevistar na minha residência. A família era grande, mas eles já tinham casado, estavam morando, meu irmão e minha irmã só, os outros todos tinham se...

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Telefonena de Natal

Dados da imagem A comunidade fez uma vaquinha para presentear

Período:
Ano 1965

Local:
Estados Unidos / West Chicago, Estados Unidos

Imagem de:
Tarcísio Gurgel de Sousa

História:
Cidadão do mundo

Tipo:
Fotografia

A comunidade fez uma vaquinha para presentear "Tarci" e pagar uma ligação para seus pais, no Brasil. O evento foi emocionante e acompanhado por todos.

árvore abrasileirada

Dados da imagem Montada com a família hospedeira, com o jeitinho brasileiro, a árvore natalina virou referência e foi visitada por toda a comunidade.

Período:
Ano 1965

Local:
Estados Unidos / West Chicago

Imagem de:
Tarcísio Gurgel de Sousa

História:
Cidadão do mundo

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
natal, árvore de natal, intercâmbio, estados unidos da américa

Montada com a família hospedeira, com o jeitinho brasileiro, a árvore natalina virou referência e foi visitada por toda a comunidade.

Primeiro livro

Dados da imagem Capa do primeiro livro publicado, originado da experiência de intercâmbio.

Imagem de:
Tarcísio Gurgel de Sousa

História:
Cidadão do mundo

Tipo:
Documento

Palavras-chave:
livro, histórias, viagens, publicação

Capa do primeiro livro publicado, originado da experiência de intercâmbio.

Com a mãe americana

Dados da imagem Tarci, como ficou conhecido no intercâmbio, voltou algumas vezes aos Estados Unidos para visitar sua família americana.

Tarci, como ficou conhecido no intercâmbio, voltou algumas vezes aos Estados Unidos para visitar sua família americana.

Year book

Dados da imagem Um dos documentos daquele ano que foi, segundo o próprio Tarci, um dos anos mais incríveis de sua vida.

Período:
Ano 1965

Imagem de:
Tarcísio Gurgel de Sousa

História:
Cidadão do mundo

Tipo:
Documento

Palavras-chave:
intercâmbio, year book, afs, intercambista, afs intercutlura brasil

Um dos documentos daquele ano que foi, segundo o próprio Tarci, um dos anos mais incríveis de sua vida.

Bus trip

Dados da imagem Finalização do intercâmbio, Tarci com os intercambistas na viagem pelos Estados Unidos de ônibus.

Período:
Ano 1966

Imagem de:
Tarcísio Gurgel de Sousa

História:
Cidadão do mundo

Tipo:
Fotografia

Finalização do intercâmbio, Tarci com os intercambistas na viagem pelos Estados Unidos de ônibus.

Dados de acervo

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P/1 – Seu Tarcísio, primeiro, eu gostaria de agradecer você ter aceitado o convite pra essa entrevista. E pra gente começar eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Primeiramente eu também quero agradecer o gentil convite, estou muito feliz por esta oportunidade desse registro. Eu me chamo Tarcísio Gurgel de Sousa, sou de Natal, Rio Grande do Norte, e um dos primeiros intercambistas do meu estado. Nasci em 10 de julho de 1947. Atualmente tenho 68 anos e sou o coroa do AFS do RN.

P/1 – E fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Meu pai, Vicente de Sousa, minha mãe, Amália Gurgel de Sousa. Meu pai, ao ficar viúvo, casou com a minha mãe e ele trouxe para esse convívio sete filhos, então eu venho de uma família grande. Talvez houve também influência para a própria seleção no programa do intercâmbio, família grande. Eu sou o primeiro da segunda turma e tenho mais dois irmãos, Jorge e Elisabete.

P/1 – E fala pra gente um pouco da origem da sua família, dos seus avós.

R – Eu venho da família Gurgel, uma família que teve início no Rio de Janeiro, o primeiro migrante veio pra cá, foi preso porque veio pra combater os portugueses. Nesse presídio, ele começou a namorar a filha do indivíduo que o prendeu. Foi em Cabo Frio. De lá pra cá, a família se desenvolveu, cresceu muito no Estado do Ceará, em Aracati, e no meu Estado. O meu Gurgel vem da família da minha mãe e o Sousa vem da família do meu pai. Só que no meu Estado eu sou conhecido mais pelo Gurgel do que pelo Sousa. No programa de intercâmbio, eles tinham muita dificuldade de pronunciar o meu Gurgel como nome e como Sousa que saía “Susa”, e aproveitaram e deram o nome de “Tarsi”, é o nickname que eu sou conhecido lá no programa de intercâmbio.

P/1 – Conta pra gente um pouco dessa família cheia de irmãos: como era o convívio com os irmãos do pai?

R – Como uma família muito humilde –...

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