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Personagem: Almir Oliveira Ramos
Por: Museu da Pessoa,

A vitória de um saco de arroz

Esta história contém:

A vitória de um saco de arroz

Vídeo

Não tinha comida em casa e eu consegui um pacote de dois quilos de arroz. Se você me perguntar: “Qual o momento que você se lembra que você se sentiu bem sucedido na vida?”. Esse é o momento. Eu morava numa ladeira. Quando eu consegui comprar um pacote de arroz de dois quilos, e o coloquei embaixo do braço, eu olhei pra baixo e falei: “Cara, eu posso qualquer coisa. Tudo o que eu quiser eu posso”.

Eu trabalhava de dia e estudava à noite. E aí estava escrevendo alguma coisa, concentrado [durante a aula], entrou esse grupo de pessoas e eles começaram a falar sobre bolsa de estudos no exterior. Parei tudo o que eu estava fazendo e falei: “Eu vou ganhar essa bolsa. Não sei como, não sei o que tem que fazer”, eles tinham acabado de começar a falar, tal. E foi o primeiro contato que eu tive com o AFS, foi com esse grupo que entrou na sala e aí eu fui depois saber como me inscrevia. Se inscreveram acho que um mil, cento e poucos candidatos e eu coloquei na minha cabeça: “É a minha oportunidade”. Como eu tive uma infância muito: “tem que ser hoje porque amanhã...”, não dava pra pensar no futuro, você podia ter desejos, sonhos, tal, mas tinha que resolver questões práticas do dia, tipo arrumar o que comer. “Eu não sei o que vai acontecer, mas eu vou ganhar essa bolsa”. Eu participei de um processo de seleção que começou com uma prova de conhecimentos gerais, aí várias sessões de dinâmica de grupo depois entrevistas individuais, entrevistas na própria casa de cada candidato. Desses mil e cem, eu acabei sendo selecionado. E aí falei: “Poxa, realizei a primeira parte do que eu tinha em mente, consegui uma bolsa pra estudar nos Estados Unidos”. Nesse ínterim, os meses foram passando e veio o tal do Plano Collor (risos). Até então, essa bolsa ia ser paga por um banco americano de Nova York, nem sei se existe hoje, acho que foi comprado por um...

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De casa para o intercâmbio

Dados da imagem Com seu pai, mãe e dois dos meus irmãos, momentos antes de sair para a rodoviária rumo ao Rio de Janeiro onde os embarques do AFS eram feitos.

Período:
Ano 1990

Local:
Brasil / São Paulo

Imagem de:
Almir Oliveira Ramos

História:
A vitória de um saco de arroz

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
viagem, intercâmbio, despedida, afs, afs intercutlura brasil

Com seu pai, mãe e dois dos meus irmãos, momentos antes de sair para a rodoviária rumo ao Rio de Janeiro onde os embarques do AFS eram feitos.

Bus Trip

Dados da imagem Almir (à direita da foto, de camiseta branca) com amigos intercambistas na viagem de volta.

Período:
Ano 1991

Imagem de:
Almir Oliveira Ramos

História:
A vitória de um saco de arroz

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
viagem, intercâmbio, intercambista, bus trip, afs paraguai

Almir (à direita da foto, de camiseta branca) com amigos intercambistas na viagem de volta.

FIlhos, da vida e do mundo

Dados da imagem Os quatro filhos,  dois ex-AFSers e dois naturais.

Os quatro filhos, dois ex-AFSers e dois naturais.

Amigos para a vida

Dados da imagem Como voluntário em um treinamento do AFS na Argentina com outros voluntários da América do Sul. Alguns deles viraram amigos para a vida.

Período:
Ano 2006

Local:
Argentina / Argentina

Imagem de:
Almir Oliveira Ramos

História:
A vitória de um saco de arroz

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
trabalho voluntário, treinamento, voluntariado, intercâmbio, américa do sul, afs, intercambista, afs intercutlura brasil

Como voluntário em um treinamento do AFS na Argentina com outros voluntários da América do Sul. Alguns deles viraram amigos para a vida.

Convenção Nacional

Dados da imagem Como presidente do AFS, na Convenção Nacional.

Período:
Ano 2012

Local:
Brasil / Porto Alegre

Imagem de:
Almir Oliveira Ramos

História:
A vitória de um saco de arroz

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
trabalho voluntário, voluntariado, afs, convenção nacional, afs intercutlura brasil

Como presidente do AFS, na Convenção Nacional.

Dados de acervo

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P/1 – Almir, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Primeiro, a gente gostaria de agradecer de você ter aceitado o convite pra essa entrevista. E, pra gente começar, eu queria que você falasse o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Almir Oliveira Ramos. São Paulo, 12 de janeiro de 1974.

P/1 – Almir, fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Augusto da Silva Ramos e Laudenice Oliveira Ramos.

P/1 – Conta um pouquinho: o que você sabe da origem da sua família, dos seus avôs?

R – Certo. Da parte do meu pai, meu avô era quase um Belchior (risos). Meu avô era baiano, ele veio pra São Paulo em 1924 andando, veio a pé, caminhando do sul da Bahia, mudou o nome da cidade, mas na época era Livramento do Brumado. Ele veio andando com um grupo grande, acho que tinha umas 40 pessoas e eles caminharam até São Paulo. Em São Paulo, pegaram um trem e foram para o interior de São Paulo, na região de Garça pra trabalhar nas plantações de café. Meu pai nasceu em Garça e, com seus 20 e poucos anos, veio pra São Paulo. Minha mãe é nascida no interior de Alagoas, na região de Palmeira dos Índios, é de uma família grande com ascendência portuguesa. A família dela é bem conhecida no interior de Alagoas, inclusive são vários políticos, alguns exercendo mandatos de prefeitos, deputados e tudo o mais. Ela veio pra São Paulo com 19 anos, ela já tinha meu irmão mais velho e conheceu meu pai aqui em São Paulo.

P/1 – E você chegou a conhecer seus avós?

R – Eu conheci meu avô paterno, minha avó não porque ela morreu em 1950 e pouco. Os meus avós maternos sim, conheci.

P/1 – E seu avô contava histórias de todas essa jornada até São Paulo?

R – Na verdade não, quem contou essa história depois de um tempo foi meu pai. Eu tive interesse em saber um pouco mais. Meu avô contava alguma coisa mas, quando ele faleceu, eu tinha dez anos. Não foi uma convivência tão longa mas meu pai contava histórias. Eu não...

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