Domenico Cipresso
Nascimento: 15/03/1875
Falecimento: 17/11/1962
Domenico Cipresso, com apenas dois dias de vida, foi registrado na Roda dos Expostos (consistia num mecanismo utilizado para abandonar recém-nascidos que ficavam ao cuidado de instituições de caridade) no dia 17 de março de 1875, em Tolve, Comuna na Itália. Ele havia sido deixado por volta das 3 da manhã, envolto em panos de algodão e, na cabeça, um lenço velho de percal branco.
Quem levou o pequeno Domenico ao registro civil foi Fortunata Imperatore, que tinha como missão acolher os bebês abandonados na roda e lhes prestar os primeiros cuidados.
Ele recebeu este nome - Cipresso - numa referência à uma árvore muito comum na região de Tolve, o Cipreste.
Após seu registro e batismo, ele foi entregue à Camilla Albano, que ficou encarregada de alimentá-lo nos meses seguintes. Ela carregava a dor do luto pois seu bebê tinha falecido alguns dias antes.
SEU BATISMO:
Domenico foi batizado na Parrocchia San Nicola, em Tolve, como consta nos livros de batismo em latim no período 1866 - 1876
Trecho do batismo traduzido para o Português:
No ano de 1875, no dia 18 do mesmo (mês de março), por licença, foi batizada a criança de pais desconhecidos, exposta no dia 16 de março; a qual foi dada o nome de Domenico Cipresso. Obstreta Rafaella Iacovino.
SEU CASAMENTO
Não se sabe ao certo se Domenico foi adotado oficialmente por uma família na Itália. Ainda em Tolve, ele exerceu o ofício de sapateiro e casou-se com Maria Casamassima (filha de Leonardo Casamassima e Isabella Palmadessa, nasceu dia 14 de maio de 1876, na cidade de Toritto, a 86 km de Tolve) dia 2 de setembro de 1899.
NA AMÉRICA
Anos depois, o casou emigrou para o Brasil, na cidade de Vila Braz (atualmente o município de Brazópolis), no interior de Minas Gerais. Domenico e Maria tiveram 7 filhos.
Domenico anotou o nome de cada filho, a data, o dia da semana e a hora do...
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Domenico Cipresso
Nascimento: 15/03/1875
Falecimento: 17/11/1962
Domenico Cipresso, com apenas dois dias de vida, foi registrado na Roda dos Expostos (consistia num mecanismo utilizado para abandonar recém-nascidos que ficavam ao cuidado de instituições de caridade) no dia 17 de março de 1875, em Tolve, Comuna na Itália. Ele havia sido deixado por volta das 3 da manhã, envolto em panos de algodão e, na cabeça, um lenço velho de percal branco.
Quem levou o pequeno Domenico ao registro civil foi Fortunata Imperatore, que tinha como missão acolher os bebês abandonados na roda e lhes prestar os primeiros cuidados.
Ele recebeu este nome - Cipresso - numa referência à uma árvore muito comum na região de Tolve, o Cipreste.
Após seu registro e batismo, ele foi entregue à Camilla Albano, que ficou encarregada de alimentá-lo nos meses seguintes. Ela carregava a dor do luto pois seu bebê tinha falecido alguns dias antes.
SEU BATISMO:
Domenico foi batizado na Parrocchia San Nicola, em Tolve, como consta nos livros de batismo em latim no período 1866 - 1876
Trecho do batismo traduzido para o Português:
No ano de 1875, no dia 18 do mesmo (mês de março), por licença, foi batizada a criança de pais desconhecidos, exposta no dia 16 de março; a qual foi dada o nome de Domenico Cipresso. Obstreta Rafaella Iacovino.
SEU CASAMENTO
Não se sabe ao certo se Domenico foi adotado oficialmente por uma família na Itália. Ainda em Tolve, ele exerceu o ofício de sapateiro e casou-se com Maria Casamassima (filha de Leonardo Casamassima e Isabella Palmadessa, nasceu dia 14 de maio de 1876, na cidade de Toritto, a 86 km de Tolve) dia 2 de setembro de 1899.
NA AMÉRICA
Anos depois, o casou emigrou para o Brasil, na cidade de Vila Braz (atualmente o município de Brazópolis), no interior de Minas Gerais. Domenico e Maria tiveram 7 filhos.
Domenico anotou o nome de cada filho, a data, o dia da semana e a hora do nascimento.
HOMENAGENS
Sabe-se pouco sobre sua família que havia ficado na Itália quando o casal emigrou para o Brasil.
Em alguns registros de nascimento, como no de sua filha Itália, constam como seus pais os italianos Michele e Maria Luigia Vendegna. No entanto, no decorrer da pesquisa, não foram encontrados documentos que estabelecem relação entre eles.
Segundo relatos de descendentes, Domenico trocava cartas com familiares na Itália e, em pelo menos duas correspondências, é chamado de \\\"fratello\\\" (irmão em italiano) por Michelle, filho de Michelle e Maria Luigia. Em outra carta, Iolanda, refere-se a Domenico como \\\"zio\\\" (tio em italiano).
De qualquer forma, o casal foi homenageado por Domenico: sua segunda filha recebeu o prenome de Maria Luiza e seu quinto filho recebeu o prenome de Miguel.
Os prenomes de outros filhos também são repletos de significados, como Americana, América, Itália e Domingos.
Domenico Cipresso faleceu em Brazópolis, no dia 17 de novembro de 1962. Atualmente seus descendentes honram sua trajetória de luta e superações desde os primeiros minutos de vida e resgatam, com orgulho, suas raízes na Itália.
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