Na sexta-feira, dia 18 de agosto de 2006, nós os alunos da 3ª B do período da manhã com a professora Elaine fizemos uma entrevista com a senhora Teresinha. Essa entrevista aconteceu na escola Abimael Carlos de Campos na cidade de Votorantim, no estado de São Paulo.
A nossa escola participa do Projeto Memória Local nas Escolas e a entrevista pertence a esse projeto. O tema do nosso Projeto é Emancipação do Município de Votorantim e nós chamamos a senhora Teresinha para nos falar e explicar sobre esse tema.
Teresinha é uma senhora viúva de 60 anos que nasceu no dia 10 de janeiro de 1946. Ela é uma professora aposentada, alta, simpática, comunicativa, tem os cabelos castanhos, curtos e enrolados, usa óculos, é carinhosa e tem uma boa memória. Não parece ter 60 anos, aparenta ter uns 50.
Nós iniciamos a entrevista perguntando sobre a infância da senhora Teresinha. Ela nos contou sobre as suas brincadeiras de criança: fazer bonecos de lama, jogar canivetes para fazer marcas no chão, acertar pedras nos buracos feitos no chão e atirar mamonas nas outras crianças. Nessa época os brinquedos e as brincadeiras não eram separados em meninas e meninos e também não haviam muitos brinquedos.
Relatando sobre a sua infância ela se emocionou ao falar do seu aniversário de sete anos. Aos seis anos, ela ficava numa creche. Todas as crianças que lá ficavam ao completarem sete anos ganhavam um pedaço de tecido e um pacotinho de balas. No ano seguinte essas crianças iriam para escola primária. Ao terminar o ano, Teresinha não havia completado sete anos ainda, mas a diretora da creche disse que ela não precisaria vir no ano seguinte, pois iria completá-los em janeiro. No outro ano, na véspera do seu aniversário, ela decidiu que iria à creche para receber o seu presente. Ao amanhecer percebeu que estava atrasada, vestiu rapidamente seu uniforme e foi correndo para creche. Quando chegou o portão estava quase...
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Na sexta-feira, dia 18 de agosto de 2006, nós os alunos da 3ª B do período da manhã com a professora Elaine fizemos uma entrevista com a senhora Teresinha. Essa entrevista aconteceu na escola Abimael Carlos de Campos na cidade de Votorantim, no estado de São Paulo.
A nossa escola participa do Projeto Memória Local nas Escolas e a entrevista pertence a esse projeto. O tema do nosso Projeto é Emancipação do Município de Votorantim e nós chamamos a senhora Teresinha para nos falar e explicar sobre esse tema.
Teresinha é uma senhora viúva de 60 anos que nasceu no dia 10 de janeiro de 1946. Ela é uma professora aposentada, alta, simpática, comunicativa, tem os cabelos castanhos, curtos e enrolados, usa óculos, é carinhosa e tem uma boa memória. Não parece ter 60 anos, aparenta ter uns 50.
Nós iniciamos a entrevista perguntando sobre a infância da senhora Teresinha. Ela nos contou sobre as suas brincadeiras de criança: fazer bonecos de lama, jogar canivetes para fazer marcas no chão, acertar pedras nos buracos feitos no chão e atirar mamonas nas outras crianças. Nessa época os brinquedos e as brincadeiras não eram separados em meninas e meninos e também não haviam muitos brinquedos.
Relatando sobre a sua infância ela se emocionou ao falar do seu aniversário de sete anos. Aos seis anos, ela ficava numa creche. Todas as crianças que lá ficavam ao completarem sete anos ganhavam um pedaço de tecido e um pacotinho de balas. No ano seguinte essas crianças iriam para escola primária. Ao terminar o ano, Teresinha não havia completado sete anos ainda, mas a diretora da creche disse que ela não precisaria vir no ano seguinte, pois iria completá-los em janeiro. No outro ano, na véspera do seu aniversário, ela decidiu que iria à creche para receber o seu presente. Ao amanhecer percebeu que estava atrasada, vestiu rapidamente seu uniforme e foi correndo para creche. Quando chegou o portão estava quase fechado e a diretora disse que ela podia ir para casa. Teresinha não se conteve, disse que era seu aniversário e que tinha vindo para receber o seu presente. Ela recebeu um pedaço de tecido e um pacotinho de balas e foi embora muito contente.
Teresinha cresceu e passou sua juventude morando em um sobrado próximo ao Hospital Santo Antônio, no bairro da Barra Funda. Quando era jovem os seus passeios eram: na praça, que ficava em frente da Fábrica de Tecidos; no cinema e nos shows. Inclusive, ela nos contou do show do Roberto Carlos onde as fãs se agitaram e gritaram muito. E o seu primeiro emprego foi nessa fábrica.
Um dos momentos marcantes para Teresinha foi quando conheceu seu futuro marido passeando num jardim próximo da Fábrica de Tecidos. Eles namoraram durante quatro anos e se casaram. O dia do seu casamento foi muito bonito e tinham muitas pessoas presentes. Durante o casamento foi cantado a Ave-Maria. Desse casamento nasceram três filhos: Mavy, Fábio e Taís.
Mesmo com três filhos, Teresinha continuou trabalhando. Como havia feito o Curso Normal (Magistério) ela pode dar aulas. Iniciou seu trabalho como professora numa escola rural com uma classe onde os alunos eram das quatro séries iniciais. Nessa escola Teresinha fazia de tudo: ensinava os alunos, preparava a merenda e limpava a escola. Ela nos contou que esse início como professora foi possível porque o professor anterior sofreu um acidente de bicicleta.
Quando ainda trabalhava na Fábrica de Tecidos pode participar do Movimento de Emancipação de Votorantim, que era Distrito de Sorocaba. O movimento teve início e incentivo dos proprietários e gerentes das Fábricas (Tecidos e Cimento) e dos pequenos comerciantes aqui estabelecidos. Os moradores e os funcionários da Fábrica de Tecidos usavam camisetas estampadas o SIM e o NÃO em relação a Emancipação de Votorantim. A Emancipação se tornou real quando a população, através de um plebiscito, votou demonstrando assim a sua vontade. Votorantim já não era mais um Distrito de Sorocaba. Votorantim era um município e a alegria dos votorantinenses foi grande. A Emancipação para Votorantim foi muito importante. A cidade cresceu, se desenvolveu e passou a receber mais impostos. Votorantim teve como seu primeiro prefeito o senhor Pedro Augusto Rangel.
Teresinha finalizou a entrevista dizendo que é uma pessoa muito feliz, que gosta muito de passear, de ver as fases da lua e observar a natureza. Nos deixou muito feliz quando respondeu que foi maravilhoso estar ali, revendo o lugar que trabalhou e recordando as alegrias passadas.
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