Desde que me entendo por gente, sempre tive uma consciência maior sobre as diferenças que existem entre as pessoas, principalmente relacionadas à raça, etnia e gênero. Uma experiência que marcou bastante minha trajetória foi quando, na escola, percebi que alguns colegas eram tratados de forma diferente por causa da cor da pele ou do jeito que se identificavam. Isso me fez refletir sobre como essas questões ainda são presentes no nosso dia a dia e como elas afetam a vida de muitas pessoas.
Tenho uma amiga que é negra e, muitas vezes, ela me contou sobre as dificuldades que enfrenta por ser mulher e negra ao mesmo tempo. Ela fala que, às vezes, precisa se esforçar mais para ser ouvida ou respeitada, e isso me fez entender como as interseções de raça e gênero criam experiências únicas de resistência e também de desigualdade. Essas histórias me fizeram perceber que não podemos olhar para essas questões de forma isolada, pois elas se cruzam e criam realidades complexas.
Refletindo sobre minhas próprias experiências, lembro de momentos em que fui privilegiado por minha cor ou gênero, e outros em que percebi que poderia ter agido de forma mais empática ou consciente. Essas vivências me ajudaram a entender a importância de valorizar as múltiplas identidades e de lutar por uma sociedade mais justa, onde todos tenham espaço e respeito, independentemente de sua origem ou identidade.
Hoje, tenho consciência de que cada pessoa vive uma história diferente, e que reconhecer essas diferenças é fundamental para promover a inclusão e o respeito. Acredito que, ao refletirmos sobre nossas experiências e ouvirmos as histórias de quem vive essas interseções, podemos construir um mundo mais empático e igualitário.