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Visitar as famílias do mundo

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Visitar as famílias do mundo

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Há um fato que marcou muito a minha trajetória na escola. Tinha uma garota negra que estava sentada. Ela estava no segundo ano e eram os primeiros dias de aula. Ela estava retraída no fundo da sala e ficava com o narizinho escorrendo. Todo mundo a discriminava na sala de aula. Eu fui perguntar: “Oi, tudo bem? O que está acontecendo?”. Ela falou que não estava bem, que ninguém gostava dela na escola, que ninguém brincava com ela, que as pessoas a chamavam de mal vestida e começou a chorar. Eu pedi para falar com a mãe dessa menina e ela veio conversar comigo, a mãe foi e conversou comigo: “Ela sente muito, a gente é muito pobre, as crianças da escola não gostam de conversar com ela”. Aí eu entendi e conversei com a turma sobre isso. Depois eu fui falar com ela de novo: “Escuta, como são essas coisas? É o seguinte, vamos tentar brincar com todo mundo junto! Vamos tentar isso?”. Conversei com os coleguinhas, todo mundo começou a dar apoio para ela, ela começou a brincar. E a mãe... As pessoas ficavam preocupada: “Ah, porque ela é muito desleixada, Cláudio, você vê o nariz, fica escorrendo, e ela vem suja para a escola, rasgada”. Eu falei: “Não, gente, isso é uma questão de autoestima, a gente precisa dar essa confiança para ela”. Falei: “Vamos apostar. A partir do momento que ela se integrar, ela pode mudar de atitude, porque ela vai estar bem”. E funcionou. Uma semana depois, ela virou outra pessoa. E a mãe dela foi falar comigo, falou: “Olha, professor, você fez a minha filha mudar, porque eu não sei o que aconteceu, ela virou outra pessoa. Agora ela quer se cuidar, ela quer vir para a escola, ela quer vir brincar, ela fala com as coleguinhas”. O que aconteceu? Disso tem uma coisa que eu tenho até hoje na minha vida, essas visitas às famílias. Eu comecei a visitar a casa dos meus alunos. Foi lá que eu tive essa percepção de que a gente tem...

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