Meu nome é Sônia e e até hoje sou chamada por meus pais pelo diminutivo "Soninha", 2ª filha de uma família de cinco irmãos e além de nós moravam em nossa casa mais três primos que perderam a mãe e uma tia do meu pai que veio da Bahia para morar com minha avó, que logo faleceu e ela passou a morar conosco. Ah não posso esquecer dois primos do meu pai que moravam em um quarto no quintal da casa (meu irmão David diz que nossa casa parecia rodoviária, saia um e logo chegava outra, acredito que isso faça parte de uma familia de nordestinos que sempre são muito acolhedores).
Fazendo as contas: Pai e mãe, cinco filhos, três sobrinhos, uma tia e dois primos, portanto, treze pessoas moravam nessa feliz e grande residência (quero dizer que não era tão grande fisicamente mas era muito acolhedora). Durante a semana os adultos trabalhavam e nós crianças brincavamos no "calipal", era assim que chamavamos a imensa área verde cheia de eucaliptos com um morro enorme e uma deliciosa bica de água mineral que existina na Cidade Leonor, uma espécie de vila do Jabaquara nos anos 60.
Hoje, dessa imensa área verde sobrou muito pouco, foram construídos prédios e um CEI (Centro de Educação Infantil) da Prefeitura, mas na minha memória e de meus amigos da vizinhança será sempre um lugar especial onde passavamos a maior parte do nosso tempo livre brincando de esconde-esconde atrás das imensas árvores, escorregando morro abaixo e se refrescando com a água geladinha da bica que além disso servia também para abastecer as famílias da vila em época de falta dágua.
Pensando sobre esse lugar vejo o quanto eramos livres, como nos divertíamos sem TV (que nos reuníamos a noite pra assistir com os amigos na casa da vizinha, eram poucas as casas que dispunham de uma), videogame e todos os eletrônicos que fazem parte da vida dos meus filhos. Na memória esse lugar onde crianças corriam livres, brincavam na rua, escorregavam morro, soltavam pipas, jogavam...
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Meu nome é Sônia e e até hoje sou chamada por meus pais pelo diminutivo "Soninha", 2ª filha de uma família de cinco irmãos e além de nós moravam em nossa casa mais três primos que perderam a mãe e uma tia do meu pai que veio da Bahia para morar com minha avó, que logo faleceu e ela passou a morar conosco. Ah não posso esquecer dois primos do meu pai que moravam em um quarto no quintal da casa (meu irmão David diz que nossa casa parecia rodoviária, saia um e logo chegava outra, acredito que isso faça parte de uma familia de nordestinos que sempre são muito acolhedores).
Fazendo as contas: Pai e mãe, cinco filhos, três sobrinhos, uma tia e dois primos, portanto, treze pessoas moravam nessa feliz e grande residência (quero dizer que não era tão grande fisicamente mas era muito acolhedora). Durante a semana os adultos trabalhavam e nós crianças brincavamos no "calipal", era assim que chamavamos a imensa área verde cheia de eucaliptos com um morro enorme e uma deliciosa bica de água mineral que existina na Cidade Leonor, uma espécie de vila do Jabaquara nos anos 60.
Hoje, dessa imensa área verde sobrou muito pouco, foram construídos prédios e um CEI (Centro de Educação Infantil) da Prefeitura, mas na minha memória e de meus amigos da vizinhança será sempre um lugar especial onde passavamos a maior parte do nosso tempo livre brincando de esconde-esconde atrás das imensas árvores, escorregando morro abaixo e se refrescando com a água geladinha da bica que além disso servia também para abastecer as famílias da vila em época de falta dágua.
Pensando sobre esse lugar vejo o quanto eramos livres, como nos divertíamos sem TV (que nos reuníamos a noite pra assistir com os amigos na casa da vizinha, eram poucas as casas que dispunham de uma), videogame e todos os eletrônicos que fazem parte da vida dos meus filhos. Na memória esse lugar onde crianças corriam livres, brincavam na rua, escorregavam morro, soltavam pipas, jogavam três marias e bolinhas de gude estará sempre vivo, na realidade não existe mais.
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