Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Rodrigo Batista Rosa
Por: Museu da Pessoa, 22 de novembro de 2013

Valorizando as pessoas

Esta história contém:

Valorizando as pessoas

P/1 – Rodrigo, pra começar, me diz o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Rodrigo Batista Rosa, nasci no Rio de Janeiro em 1979.

P/1 – Lembra do bairro, sabe qual bairro?

R – Que eu nasci?

P/1 – É!

R – Eu não lembro, eu sei que eu nasci no Rio de Janeiro, acho que foi na Praça XV, na maternidade.

P/1 – Mas seus pais moravam onde?

R – Eu acho que os meus pais moravam em Belford Roxo, é uma cidade vizinha do Rio de Janeiro.

P/1 – E você passou a sua infância onde?

R – Passei parte em Belford Roxo, parte no Rio de Janeiro. Até os dois, três anos, eu morei em Belford Roxo, depois vim para o Rio.

P/1 – Sua família se mudou para o Rio?

R – Isso, isso!

P/1 – E foram morar onde?

R – No Caju.

P/1 – E você lembra um pouco como que era o Caju na sua…

R – Era horrível! Era uma comunidade, favela, tinha muito bandido, muito ruim. A maioria das casas era de madeira. Eu tive uma infância muito pobre, muito sofrida.

P/1 – Você tinha irmãos?

R – Tinha. Perdi alguns. Na verdade, era um total de oito irmãos, três morreram, três irmãos e ficaram só cinco, eu e mais quatro.

P/1 – E quanto tempo você ficou no Caju?

R – Ah, eu fiquei lá até uns 13, 13 anos, mais ou menos.

P/1 – Você estudava?

R – Estudava, estudava.

P/1 – Como era o colégio?

R – Eu estudei em vários colégios, né, mas eu gostava muito de ir pra escola, gostava de estudar. Gostava muito de ler.

P/1 – Que mais você gostava na escola?

R – Dos amigos, né, meus amigos. Eu sofri muito, porque quando eu mudava de escola, eu tinha que fazer amizade de novo, né, e como eu morava em comunidade, muitos amigos eu perdi, né, muitos foram assassinados, outros morreram de doenças vitais, né, tuberculose, meningite. Eu acho que o pior de tudo é você não… a...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Correios 350 Anos

Depoimento de Rodrigo Batista Rosa

Entrevistado por Julia Vagner Pereira

Rio de Janeiro, 22/11/2013

Realização Museu da Pessoa

BRA_CB017_Rodrigo Batista Rosa

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

P/1 – Rodrigo, pra começar, me diz o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Rodrigo Batista Rosa, nasci no Rio de Janeiro em 1979.

P/1 – Lembra do bairro, sabe qual bairro?

R – Que eu nasci?

P/1 – É!

R – Eu não lembro, eu sei que eu nasci no Rio de Janeiro, acho que foi na Praça XV, na maternidade.

P/1 – Mas seus pais moravam onde?

R – Eu acho que os meus pais moravam em Belford Roxo, é uma cidade vizinha do Rio de Janeiro.

P/1 – E você passou a sua infância onde?

R – Passei parte em Belford Roxo, parte no Rio de Janeiro. Até os dois, três anos, eu morei em Belford Roxo, depois vim para o Rio.

P/1 – Sua família se mudou para o Rio?

R – Isso, isso!

P/1 – E foram morar onde?

R – No Caju.

P/1 – E você lembra um pouco como que era o Caju na sua…

R – Era horrível! Era uma comunidade, favela, tinha muito bandido, muito ruim. A maioria das casas era de madeira. Eu tive uma infância muito pobre, muito sofrida.

P/1 – Você tinha irmãos?

R – Tinha. Perdi alguns. Na verdade, era um total de oito irmãos, três morreram, três irmãos e ficaram só cinco, eu e mais quatro.

P/1 – E quanto tempo você ficou no Caju?

R – Ah, eu fiquei lá até uns 13, 13 anos, mais ou menos.

P/1 – Você estudava?

R – Estudava, estudava.

P/1 – Como era o colégio?

R – Eu estudei em vários colégios, né, mas eu gostava muito de ir pra escola, gostava de estudar. Gostava muito de ler.

P/1 – Que mais você gostava na escola?

R – Dos amigos, né, meus amigos. Eu sofri muito, porque quando eu mudava de escola, eu tinha que fazer amizade de novo, né, e como eu morava em comunidade, muitos amigos eu perdi, né, muitos foram assassinados, outros morreram de...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Paixão pela literatura
Vídeo Texto

Roberto da Silva

Paixão pela literatura
Uma vida escrita em cartas
Vídeo Texto

Marcos Antonio de Moraes

Uma vida escrita em cartas
A literatura com paixão
Vídeo Texto

Luiz Fernando Ruffato Souza

A literatura com paixão
A carta itinerante
Vídeo Texto

Vinícius Campos de Oliveira

A carta itinerante
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.