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História
Por: Museu da Pessoa, 19 de agosto de 2007

Uma vida no Remanso

Esta história contém:

Uma vida no Remanso

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Nasci num lugar afastado, de nome Remanso. Fica na Bahia. Nasci de pai vaqueiro e mãe da roça. Foi em 10 de janeiro de 1932.

De meu pai, guardo na memória ele “andando por aí, por essa encantada tudo, trabalhando aí nesse mundo”. E de mãe, lembro dela levando a filharada - eram seis irmãs - pra ajudar na roça. Mas também tinha brincadeira. Principalmente ali por volta do meio-dia, quando mãe ia pra casa “culiar”, fazer coisas, fazer comida. Aí a gente brincava de batizado das bonecas: fazia comidinha, fazia festa. Essa era a brincadeira. Mas, de noite, juntava as irmãs e ia cantar as cantigas de roda, fazia aquela “rodona”, ia dizer as cantigas.

Vou deitar no colo dele

pra ele me carinhar.

quero ver a valentona

que vai me tirar de lá.

no colo dele,

eu vou deitar

Outra coisa que lembro é da festa de São João. Era uma beleza! A gente acendia a fogueira, assava carne, batata, aipim; a gente rezava, soltava foguete, bebia, dançava até de manhã cedo. Os homens iam com tambor, bumba, gaita, e as mulheres cantando e sambando.

Das lembranças daquele tempo de criança, de mocinha, essas eram as melhores. Como é forte, também, a lembrança da amizade, desde sempre, com Rosa; é o que sempre digo: ela é mais do que prima, é uma mãe, uma irmã, sei lá. Só sei que uma nunca está sem a outra, até hoje: e lugar onde uma não está, pra outra nunca é bom.

Agora, o que me encanta hoje, no presente, são essas Caminhadas do Griô. Já fui longe com o Márcio, que é sempre muito cuidadoso com a gente - já fui pra São Paulo! Ele sempre consegue uma casa, perto de onde a gente vai se apresentar, que é pra gente se arrumar, ficar bonita pro momento. E daí por diante é só alegria e emoção: nas escolas, a gente já entra cantando, dançando… A criançada bate palmas, se agita, recebe com aquela euforia, vem escutar as cantigas, vem cantar também, acompanha os versos. Eu, por exemplo, gosto muito de chegar...

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