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Por: Museu da Pessoa,

Uma paixão chamada Agronomia

Esta história contém:

P/1 – Boa tarde, senhor Benedicto.

R – Boa tarde.

P/1 – Nós gostaríamos de começar a entrevista perguntando ao senhor nome completo, local e data de seu nascimento.

R – Meu nome é Benedicto Leonardo Primo. Nasci no dia 26 de julho de 1918 . E... Posso continuar?

P/1 – Em que cidade?

R – Ah. É. Eu nasci em Cerquilho. Exato. Esqueci disso.

P/1 – Pode continuar.

R – Pois é. Ah, eu, como já tinha conversado, como expliquei pra senhora nos primeiros dados... Meu pai faleceu eu tinha dois anos de idade e minha mãe logo depois ela casou; na segunda vez eu já devia ter uns dez anos, mas casou com uma pessoa que era de poucos recursos. Como eu estava fazendo curso primário, os amigos da minha mãe e também os parentes diziam que eu devia fazer um curso mais avançado, não ficar satisfeito só com o primário. Com essas condições financeiras foi uma certa dificuldade, ainda mais com o agravante que minha mãe tinha casado pela segunda vez e era uma pessoa de um nível muito baixo, mal sabia escrever o nome dele, mas era um cara trabalhador. Então, me lembro bem, que os amigos dela diziam assim: “É preciso fazer um curso”. Ah, eu preciso dizer o seguinte: quando eu falei pra você que eu morei nesses lugares que eu falei, mas eu fui morar com meu avô, pai de minha mãe, em Tatuí. Lá tinha um... Foi inaugurado um Ginásio do Estado na cidade. Eles ficaram entusiasmados e falaram: “Não, você dá um jeito de estudar e morar no meu si...”. Daí eu fiz o curso ginasial em Tatuí.

P/1 – Em Tatuí?

R – Fiz o curso lá.

P/2 – O senhor é o filho mais velho?

R – Sou o filho mais velho. Estudei então em Tatuí. Depois, por causa já dessa questão financeira, eu me lembro, é uma coisa que eu falava muito, que eu gostava: eu queria ser engenheiro. Não como hoje eu sou engenheiro agrônomo, eu queria ser engenheiro civil. Mas na...

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Dados de acervo

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Projeto Museu Aberto

Depoimento de Benedicto Leonardo Primo

Entrevistado por Rosali Henriques e Jurema de Carvalho

São Paulo, 19/08/2000

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número: MA_HV044

Transcrito por Neuza Guerreiro de Carvalho

Revisado por Natália Ártico Tozo

P/1 – Boa tarde, senhor Benedicto.

R – Boa tarde.

P/1 – Nós gostaríamos de começar a entrevista perguntando ao senhor nome completo, local e data de seu nascimento.

R – Meu nome é Benedicto Leonardo Primo. Nasci no dia 26 de julho de 1918 . E... Posso continuar?

P/1 – Em que cidade?

R – Ah. É. Eu nasci em Cerquilho. Exato. Esqueci disso.

P/1 – Pode continuar.

R – Pois é. Ah, eu, como já tinha conversado, como expliquei pra senhora nos primeiros dados... Meu pai faleceu eu tinha dois anos de idade e minha mãe logo depois ela casou; na segunda vez eu já devia ter uns dez anos, mas casou com uma pessoa que era de poucos recursos. Como eu estava fazendo curso primário, os amigos da minha mãe e também os parentes diziam que eu devia fazer um curso mais avançado, não ficar satisfeito só com o primário. Com essas condições financeiras foi uma certa dificuldade, ainda mais com o agravante que minha mãe tinha casado pela segunda vez e era uma pessoa de um nível muito baixo, mal sabia escrever o nome dele, mas era um cara trabalhador. Então, me lembro bem, que os amigos dela diziam assim: “É preciso fazer um curso”. Ah, eu preciso dizer o seguinte: quando eu falei pra você que eu morei nesses lugares que eu falei, mas eu fui morar com meu avô, pai de minha mãe, em Tatuí. Lá tinha um... Foi inaugurado um Ginásio do Estado na cidade. Eles ficaram entusiasmados e falaram: “Não, você dá um jeito de estudar e morar no meu si...”. Daí eu fiz o curso ginasial em Tatuí.

P/1 – Em Tatuí?

R – Fiz o curso lá.

P/2 – O senhor é o filho mais velho?

R – Sou o filho mais velho. Estudei então em Tatuí. Depois, por causa já dessa questão...

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