Aurinete Ferreira da Silva Lima nasceu no interior da cidade de Plácido de Castro-Acre, no dia 08 de 1980, ela é representa uma das Marias citada na canção de Milton Nascimento chamada Maria, Maria, pois, a Aurinete tem uma história de força, pois vivenciou a dor e a alegria ao decorrer de sua vida. Aos 9 anos de idade, sua mãe faleceu, viu em seus olhos a dor de perder a única pessoa em que confiava e de quem recebia o cuidado, já que, seu pai era alcoólatra e não era presente. Após a morte de sua mãe, ela e seus quatro irmãos se dividiram e foram cada um morar na casa de suas várias tias, seguindo assim, em diferentes trajetos de vida. Mudou-se para a cidade de Rio branco Acre aos 10 anos de idade, e morando com sua tia vivenciou muitos traumas, abusos por parte de tio e primo, isto é, uma criança desprotegida, à mercê de pessoas más. Foi assim que, aos 16 anos, engravidou de sua primeira filha, de um relacionamento que ela preferiu não manter, ao se dar conta da situação na qual se encontrava, sem trabalhar e sem terminar o ensino médio, ela sofreu em dobro por ela mesmo e pela sua filha que agora haveria de cuidar. Aos poucos ela foi tentando se reerguer, aos 18 anos conseguiu concluir o ensino médio e conheceu seu atual marido, logo em seguida engravidou de sua segunda filha. Seu esposo começou a trabalhar para que pudessem construir suas vidas, e ela, apesar de ter duas crianças pequenas, conseguiu um emprego em uma loja do centro de Rio Branco, e passava o dia todo fora e suas filhas ficavam na casa de sua sogra e irmã. Com o passar dos meses, conseguiram comprar uma casa simples de madeira para morarem. Seu trabalho era muito exaustivo, pegava ônibus cedo, sofria humilhações por parte dos clientes e chefe, assaltos e entre outras situações difíceis. Depois de 6 anos nesse trabalho, ela adquiriu um esgotamento físico, chegando ao seu limite para pedir demissão, e assim ocorreu. Passou-se um tempo, o amigo de seu marido...
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Aurinete Ferreira da Silva Lima nasceu no interior da cidade de Plácido de Castro-Acre, no dia 08 de 1980, ela é representa uma das Marias citada na canção de Milton Nascimento chamada Maria, Maria, pois, a Aurinete tem uma história de força, pois vivenciou a dor e a alegria ao decorrer de sua vida. Aos 9 anos de idade, sua mãe faleceu, viu em seus olhos a dor de perder a única pessoa em que confiava e de quem recebia o cuidado, já que, seu pai era alcoólatra e não era presente. Após a morte de sua mãe, ela e seus quatro irmãos se dividiram e foram cada um morar na casa de suas várias tias, seguindo assim, em diferentes trajetos de vida. Mudou-se para a cidade de Rio branco Acre aos 10 anos de idade, e morando com sua tia vivenciou muitos traumas, abusos por parte de tio e primo, isto é, uma criança desprotegida, à mercê de pessoas más. Foi assim que, aos 16 anos, engravidou de sua primeira filha, de um relacionamento que ela preferiu não manter, ao se dar conta da situação na qual se encontrava, sem trabalhar e sem terminar o ensino médio, ela sofreu em dobro por ela mesmo e pela sua filha que agora haveria de cuidar. Aos poucos ela foi tentando se reerguer, aos 18 anos conseguiu concluir o ensino médio e conheceu seu atual marido, logo em seguida engravidou de sua segunda filha. Seu esposo começou a trabalhar para que pudessem construir suas vidas, e ela, apesar de ter duas crianças pequenas, conseguiu um emprego em uma loja do centro de Rio Branco, e passava o dia todo fora e suas filhas ficavam na casa de sua sogra e irmã. Com o passar dos meses, conseguiram comprar uma casa simples de madeira para morarem. Seu trabalho era muito exaustivo, pegava ônibus cedo, sofria humilhações por parte dos clientes e chefe, assaltos e entre outras situações difíceis. Depois de 6 anos nesse trabalho, ela adquiriu um esgotamento físico, chegando ao seu limite para pedir demissão, e assim ocorreu. Passou-se um tempo, o amigo de seu marido conseguiu um emprego para ela como operadora de caixa em um supermercado famoso da cidade, passou nove meses, saiu um edital do governo oferecendo metade da bolsa dos cursos de graduação nas universidades privadas. Nessa hora, ela viu uma grande oportunidade para melhoria de sua vida, porém, surgiu uma grande problemática, pois, deveria escolher entre trabalhar ou estudar. Os dias passaram, e ela sofria e chorava devido a essa situação; surgiu, então, a ideia muito corajosa de falar com o seu chefe, o dono do supermercado. Na reunião com seu chefe, ela explicou que queria fazer o curso de Ciências Contábeis, pois era um sonho poder ter uma graduação e que queria continuar trabalhando no supermercado. Assim, o seu chefe analisou e decidiu ajudar, permitindo que ela trabalhasse e fizesse o curso ao mesmo tempo. Mas as coisas não foram fáceis, pessoas do próprio trabalho tentavam desanimá-la a sua rotina era trabalhar de manhã e à tarde e a noite ia para a universidade, e assim foram quatro longos anos de muita garra e força. Após a conclusão do curso, ela foi promovida em seu trabalho, fazendo parte da contabilidade da empresa. Ao passar alguns meses, ela conseguiu fazer uma pós graduação, e ao decorrer dessas mudanças em sua vida, alcançou uma estabilidade. Esta mulher que passou por altos e baixos em sua vida nunca deixou de ter esperança nas possibilidades que a vida poderia lhe proporcionar, hoje ela tem prazer de viver e tenta proporcionar às pessoas que estão a sua volta o bem, o amor e a caridade. Hoje em dia, sabemos que há muitas outras Marias como a Aurinete, que passaram por espinhos, dores, choros, mas também, alegrias, sorrisos e o principal, tiveram fé na vida para continuar.
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