Ritali Souza da Silva nasceu em Sena Madureira, Acre, no dia 29 de junho de 1985. Desde menina já mostrava o seu comportamento que era de uma criança extrovertida e determinada. Ritali morava em um seringal com sua mãe, que se chamava Raimunda Maciel de Souza, com seu pai, que se chamava Valdomiro José da Silva, e suas duas irmãs, que se chamam Rosa Mistes e Maria Maciel e seu irmão João Maciel. Nesse seringal foi onde ela vivenciou diversos momentos ao lado de seus irmãos, amigos e sua família, sempre muito mimada pela a sua mãe, Ritali não tinha uma rotina estabelecida, ela apenas brincava de casinha, pega-pega, brincava de irritar os bois, brincava de baladeira com o seu irmão, entre outras brincadeiras que inventava para se divertir. Ritali não conseguiu terminar o seu ensino fundamental I, em virtude do lugar no qual ela foi criada, que dificultava o acesso à sua escola, dessa forma, a sua infância foi marcada por um cenário do qual a educação não fazia parte, embora Ritali fosse uma pessoa que, desde cedo, tinha princípios. A sua família era bem tradicional, seus pais eram católicos que prezavam pelo respeito dentro da família. Embora Ritali e seus irmãos não frequentassem a escola, seus pais sempre os educaram da melhor forma. Ritali teve uma boa infância, gostava muito de tomar banho no rio, por isso, o festival de praia era a sua maior atração; melancia, feijão de corda com farinha eram a sua melhor refeição, sempre gostava muito de sentar na beira do rio e poder comer um peixe assado e uma melancia bem docinha. Entretanto as coisas começaram a mudar quando sua mãe foi diagnosticada com câncer de mama, ela precisou vender os gados, porcos, todo o patrimônio da família para o seu tratamento, mas, infelizmente, no de 1960, quando Ritali tinha 12 anos, sua mãe faleceu, no mesmo dia que Ritali faz aniversário, deixando traumática essa data em sua vida, e, a partir desse momento, Ritali passou a ver o mundo de outra...
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Ritali Souza da Silva nasceu em Sena Madureira, Acre, no dia 29 de junho de 1985. Desde menina já mostrava o seu comportamento que era de uma criança extrovertida e determinada. Ritali morava em um seringal com sua mãe, que se chamava Raimunda Maciel de Souza, com seu pai, que se chamava Valdomiro José da Silva, e suas duas irmãs, que se chamam Rosa Mistes e Maria Maciel e seu irmão João Maciel. Nesse seringal foi onde ela vivenciou diversos momentos ao lado de seus irmãos, amigos e sua família, sempre muito mimada pela a sua mãe, Ritali não tinha uma rotina estabelecida, ela apenas brincava de casinha, pega-pega, brincava de irritar os bois, brincava de baladeira com o seu irmão, entre outras brincadeiras que inventava para se divertir. Ritali não conseguiu terminar o seu ensino fundamental I, em virtude do lugar no qual ela foi criada, que dificultava o acesso à sua escola, dessa forma, a sua infância foi marcada por um cenário do qual a educação não fazia parte, embora Ritali fosse uma pessoa que, desde cedo, tinha princípios. A sua família era bem tradicional, seus pais eram católicos que prezavam pelo respeito dentro da família. Embora Ritali e seus irmãos não frequentassem a escola, seus pais sempre os educaram da melhor forma. Ritali teve uma boa infância, gostava muito de tomar banho no rio, por isso, o festival de praia era a sua maior atração; melancia, feijão de corda com farinha eram a sua melhor refeição, sempre gostava muito de sentar na beira do rio e poder comer um peixe assado e uma melancia bem docinha. Entretanto as coisas começaram a mudar quando sua mãe foi diagnosticada com câncer de mama, ela precisou vender os gados, porcos, todo o patrimônio da família para o seu tratamento, mas, infelizmente, no de 1960, quando Ritali tinha 12 anos, sua mãe faleceu, no mesmo dia que Ritali faz aniversário, deixando traumática essa data em sua vida, e, a partir desse momento, Ritali passou a ver o mundo de outra forma, um mundo violento. Não demorou muito, seu pai, que demostrava ter princípios, casou-se rapidamente com outra mulher, abandonando Ritali e seus irmãos. Assim, Ritali teve que morar com seu avô, passou cerca de um ano morando com ele, mas ele acabou vendendo a casa, deixando Ritali na rua; desamparada, ela passou a viver da forma que dava, à noite procurava casas em construção para se abrigar, para, assim, suportar o frio da noite. Passou a trabalhar por um prato de comida, mas mesmo nessas condições não desistiu da sua vida. Casou-se com Etileudo Barbosa e com ele reconstruiu a sua vida, teve quatro lindos filhos que passaram a ser a sua inspiração de vida. Seu casamento, não foi nada fácil, sofria muita agressão de seu marido, mas pensava sempre na família que construiu, no lar que tinha e, por conta disso, aguentava as dores desse casamento. Entretanto, essa união foi rompida com a descoberta de uma traição, sendo a gota dágua dessa longa trajetória. Ritali aguentou muito por seus filhos, pois depois de tudo que ela passou, tinha medo de que seus filhos sofressem tanto quanto ela, mas decidiu viver sozinha, se dedicando a seus filhos. Ritali, teve outro casamento e desse casamento foi gerado um filho, mas durou apenas de 6 anos, a união foi rompida, tendo em vista que Ritali já não estava feliz, e decidiu, desde então, viver apenas com seus filhos. Atualmente Ritali tem 37 anos, tem 7 filhos, e é mãe solteira, mesmo muito criticada pela sociedade por ter essa quantidade de filhos, ela não se abala, ela faz de tudo para trazer o sustento para sua casa. Trabalha como diarista, não tem emprego fixo, mas, até então não tem faltado, a luta é grande, mas ela sempre está com um sorriso estampado em seu lindo rosto. Ritali é uma mulher atualmente empoderada, é mãe e doméstica. Trabalha muito para ter o sustento de seus filhos, sempre incentiva muito seus filhos nos estudos, pois ela não teve essa oportunidade e acredita que eles vão conseguir empregos melhores se terminarem seus estudos. Ritali é uma mãe incrível, amorosa, protetora, cuida muito bem dos seus filhos e são justamente os seus filhos que lhes dão forças para acordar cedo e ir trabalhar, lutando sempre para lhe garantir o básico. Hoje, ela entende que não precisa de homem para ser feliz e principalmente para cuidar de seus filhos, é um pouco complicado para ela, mas ela decidiu lutar sozinha, construir sua nova história ao lado dos seus filhos. Uma mulher que inspira muitas outras, é um exemplo dentro da sociedade, de que é possível com muito amor e dedicação ser mãe solteira. Ela não tem vergonha de ter muitos filhos e gosta sempre de enfatizar isso, ela trabalha muito para criá-los. Sempre com uma alegria contagiante, com esperança sempre de que dias melhores virão, ela segue vivendo a vida sonhando com o futuro de seus filhos e com a melhoria de vida.
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