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História
Por: Museu da Pessoa, 27 de maio de 2007

Uma aula de samba

Esta história contém:

Uma aula de samba

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Meu nome é Maria Enésia Alves de Moura, nascida no Rio de Janeiro, criada no bairro do Rio Comprido e Estácio. Moradora de cortiço na Praça Condessa Paulo de Frontim, Rio Comprido. Lá vivia minha vó e várias famílias. Era um hábito no Rio de Janeiro, nesse período, as pessoas morarem em casarões ou vilas do tempo da escravidão. Então ali morava, por exemplo, 15, 16 famílias. E aquilo se transformava numa comunidade.

Então era um ambiente muito cordial e até alegre, onde as crianças – eu acho que a gente não tinha uma mãe e uma avó – a gente tinha várias mães e várias avós. Porque quando uma mãe saia deixava os filhos aos cuidados da vizinha e, quando a vizinha saia vice-versa, também se fazia essa troca. A gente tinha uma cozinha coletiva, que era o cortiço, o fogão era de ferro e carvão. Ali se cantava Ismael Silva, porque nós éramos do bairro aonde foi fundada a primeira escola de samba que foi a Deixa Falar. E a Deixa Falar, que hoje é a Estácio de Sá, na minha infância eu ouvia a minha vó contar que aquela escola foi fundada por um botequim pé sujo. Botequim pé sujo no Rio é aquele botequim aonde os biriteiros cospem, aonde tá lá a sardinha frita com fubá, o jiló, o ovo cor de rosa, é mais ou menos uma coisa assim.

Diz que lá estavam eles, e eles já estavam cansados de tanto apanhar e correr da polícia – porque quem era sambista no Rio sofria muito. Hoje todo mundo quer ser Mangueira, quer ser Império, mas não pode imaginar o que ouve lá atrás, com esses fundadores dessas agremiações. Então eles resolveram fazer um grupo e desse grupo fundar – o que eles não sabiam que seria uma escola de samba, mas como havia uma escola normal em frente – eles lá do botequim eles disseram: por que a gente vai á escola que ensina a ler e escrever, vamos colocar aqui escola de samba Deixa Falar. E também nós vamos ensinar as pessoas a sambar, a cantar. E aí surge no Rio de...

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