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História
Por: Museu da Pessoa, 31 de março de 2016

Um Vito do Brás

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Um Vito do Brás

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O meu nome é Victor Ottone Mastrorosa, nasci no dia 24 de maio de 1930, mas naquela ocasião, quando se ia registrar que eles botavam a data, então eu sou registrado como oito de junho de 1930, porque do dia 24 até oito de junho, o tabelião aí, só com a presença dos pais e não precisava levar documento nenhum, porque não tinha naquela época. Nasci em São Paulo, aí na rua da Alfândega, 235. Naquela época, nascia em casa. Eu e os meus cinco irmãos nascemos na mesma casa, na rua da Alfândega, 235. Porque o meu pai trabalhava, então, ele só pegou, acho que um sábado ou domingo e foi registrar, que o registro era ali perto do Largo da Concórdia. Mas também, não levou muito tempo, meu pai era verdureiro, sabe? De dia ele vinha comprar aí no Mercadão, andar por aí, isso aí tinha que fazer durante o dia, levantar cedo. Então, quando ele teve uma folga, ele foi lá registrar. Eu celebro nos dois, 24 de maio e oito de junho. Eu gosto de festejar o meu aniversário. E outra coisa também, quando a gente fazia o registro, meu pai era estrangeiro. Minha mãe também era estrangeira, às vezes, não falavam muito bem, meu avô, por exemplo, chamava Vito, eles puseram… como o meu nome era… o meu pai pôs Victor, porque eles puseram o meu avô como Victor, né, e meu avô chamava Vito Toma Mastrorosa e eu, e o meu nome é Victor Ottone Mastrorosa, agora, foi o cara ao invés de Toma, ele botou Ottone. O padroeiro da cidade de Polignano é Vito. Então, todo mundo é Vito. Onde o meu pai nasceu os nomes que existem são: Nicola, Donato, Roque, Vito, Antônio e mulheres é Crescência, um nome que tem pouco aí, né? Crescência, Lucia tem bastante, Maria tem bastante. Por isso é que aqui, quando vem naquela época, era comum o pai colocar o nome do avô e da avó para os filhos e a mãe também, a mãe colocava o nome do avô e da avó dela, do pai dela e da mãe dela. Como o meu avô também chamava Vito, meu pai chamava Vito, eu me chamo...

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Memórias do Comércio Zona Cerealista

Depoimento de Victor Ottone Mastrorosa

Entrevistado por Lucas Torigoe e Felipe Rocha

São Paulo, 31/03/2016

Realização Museu da Pessoa

MCZC_HV02_Victor Ottone Mastrorosa

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

P/1 – Seu Victor, obrigado, antes de mais nada, pelo seu tempo, pela presença. Agora me diz o seu nome completo, o local que você nasceu e a data de nascimento.

R – Victor Ottone Mastrorosa, nasci no dia 24 de maio de 1930, mas naquela ocasião, quando se ia registrar que eles botavam a data, então eu sou registrado como oito de junho de 1930, porque do dia 24 até oito de junho, o tabelião aí, só com a presença e não precisava levar documento nenhum, porque não tinha naquela época. “Nasceu fulanos de tal”. Nasci em São Paulo, aí na rua da Alfândega, 235.

P/1 – Você não nasceu em hospital, então?

R – Não, não. Era em casa, naquela época, nascia em casa. Eu e os meus cinco irmãos nascemos na mesma casa, na rua da Alfândega, 235.

P/1 – Tá, e por quê que demorou tanto para…?

R – Porque o meu pai trabalhava, então, ele só pegou, acho que um sábado ou domingo e foi registrar, que o registro era ali perto do Largo da Concórdia, tem uma rua lá que eu não me lembro… e chegava lá, só colocava no dia em que a pessoa ia. Mas também, não levou muito, meu pai era verdureiro, sabe? De dia ele vinha comprar aí no Mercadão, andar por aí, isso aí tinha que fazer durante o dia, levantar cedo. Então, quando ele teve uma folga, ele foi lá registrar.

P/1 – Entendi, mas o senhor e a sua família celebram qual dia? O de junho ou em…?

R – Eu celebro nos dois, 24 de maio e oito de junho. Eu gosto de festejar o meu aniversario.

P/1 – É melhor, né, dois do que um…

R – Melhor, né? A data é 15 dias de…

P/1 – Diferença.

R – Diferença, é. E outra coisa também, quando a gente fazia o registro, meu pai era estrangeiro. Minha mãe também era...

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