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História
Por: Letícia Aparecida Pereira da Silva, 11 de julho de 2019

Um relato alegre de uma realidade desalegre

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Um relato alegre de uma realidade desalegre

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Aí teve um domingo que eu fui para a praia, com as amiguinhas, e criou aquele bando. Não era de ir sozinha, era em bando. O irmão, se não levasse, falava pra mãe. E aí a gente foi nadar, brincar na praia, catamos mariscos e fomos para casa da minha tia para cozinhá-los. Minha tia havia saído pra casa da minha mãe para comer uma feijoada. Ou seja, ela não estava lá.

Nós pulamos a janela, pegamos as latinhas e fizemos um cozinhado, antigamente se chamava cozinhado. Organizamos as latinhas com o fogão de lenha e a gente cozinhava. No passado, as pessoas nos davam peixes e a gente assava na brasa, matavam galinha, nos davam, e a gente fazia; a gente limpava as tripas, cozinhava e comia, com farinha e tudo. Ninguém estava nem aí, a gente queria era fazer farra e comer, mesmo.

A gente pulou a janela da casa da minha tia e cozinhou os mariscos lá na latinha. Comemos bem e tudo. Aí estávamos muito cansados, eu, minha irmã, outro irmão, uma vizinha, a Marisa, que era minha amiguinha, e a Verinha. Nós adormecemos, todo mundo, todos que pularam a janela acabaram dormindo. E aí o que aconteceu... Minha tia gostava muito de música, de som, vitrola, muito de disco, e quando ela chegou e viu todo mundo deitado - a gente não tinha essa de colchão, não, a gente dormia na esteira mesmo, de palha, sabe? E não era de biquini, todo mundo de short, de vestido, entende? A gente era criança mesmo - ela só pegou os baldes de água e jogou na gente! Todo mundo acordou num pulo e ela disse: "Comendo mariscos, né? Aqui dentro do meu quintal!" Ela fazia acarajé, e a gente pegou um pouco do dendê e capou no marisco! Quando ela viu aquele dendê, ela falou pra gente: "O que vocês fizeram, meninas? Eu vou falar pra Isaltina", que era a minha mãe, "vou agora voltar pra lá". E da casa da minha tia pra casa da minha mãe era um pouquinho longe, nós já morávamos, tipo, na transição de um bairro pro outro. Ela veio. Minha mãe não pôs a gente de castigo,...

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