Um pouco da história dos Correios
Em 1969, o antigo DCT – Departamento de Correios e Telégrafos, da administração direta do Governo Federal, foi transformado na ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, com o objetivo de mudar a gestão dos Correios. O DCT era completamente decadente, onde faltava tudo, os funcionários, e na época eram funcionários, tinham que comprar o material de trabalho do próprio bolso.
O desafio era implantar uma administração moderna na nova Empresa, que tornasse o Correio viável. Com a Consultoria do Correio Francês foram realizadas mudanças essenciais, em um país de porte continental como o Brasil, para melhorar a qualidade dos serviços prestados, como a criação da RPN – Rede Postal Aérea Noturna. Para tornar a ECT mais eficiente e eficaz e deixar de ser um cabide de emprego do Governo, foi criado também o curso de Administração Postal, com CONCURSO PÚBLICO (na época eram cerca de 30.000 concorrentes para 40 vagas), inicialmente realizado na PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde os primeiros colocados iam fazer o curso na ENSPTT – École Nationale Supérieure des Postes et Télécommunications da França, que desde 1888 e até os dias atuais, forma os seus quadros superiores. E a França mantém o curso, sendo um PAÍS DESENVOLVIDO, e não subdesenvolvido com bolsões EM DESENVOLVIMENTO. As grandes Escolas francesas como a ENSPTT, a ENA – Escola Nacional de Administração, formam os “cadres” que vão atuar em todos os setores do Governo, inclusive sendo Presidentes da República. Tive a competência de ter sido o PRIMEIRO colocado da terceira turma da PUC e consequentemente fiz o curso de 3 anos em Paris, como bolsista dos Correios. Se fosse hoje, tenho a certeza de que iria um apadrinhado político, já que a MERITOCRACIA atualmente não existe. Devido a uma recomendação do MEC – Ministério da Educação e Cultura, os últimos Administradores Postais...
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Um pouco da história dos Correios
Em 1969, o antigo DCT – Departamento de Correios e Telégrafos, da administração direta do Governo Federal, foi transformado na ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, com o objetivo de mudar a gestão dos Correios. O DCT era completamente decadente, onde faltava tudo, os funcionários, e na época eram funcionários, tinham que comprar o material de trabalho do próprio bolso.
O desafio era implantar uma administração moderna na nova Empresa, que tornasse o Correio viável. Com a Consultoria do Correio Francês foram realizadas mudanças essenciais, em um país de porte continental como o Brasil, para melhorar a qualidade dos serviços prestados, como a criação da RPN – Rede Postal Aérea Noturna. Para tornar a ECT mais eficiente e eficaz e deixar de ser um cabide de emprego do Governo, foi criado também o curso de Administração Postal, com CONCURSO PÚBLICO (na época eram cerca de 30.000 concorrentes para 40 vagas), inicialmente realizado na PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde os primeiros colocados iam fazer o curso na ENSPTT – École Nationale Supérieure des Postes et Télécommunications da França, que desde 1888 e até os dias atuais, forma os seus quadros superiores. E a França mantém o curso, sendo um PAÍS DESENVOLVIDO, e não subdesenvolvido com bolsões EM DESENVOLVIMENTO. As grandes Escolas francesas como a ENSPTT, a ENA – Escola Nacional de Administração, formam os “cadres” que vão atuar em todos os setores do Governo, inclusive sendo Presidentes da República. Tive a competência de ter sido o PRIMEIRO colocado da terceira turma da PUC e consequentemente fiz o curso de 3 anos em Paris, como bolsista dos Correios. Se fosse hoje, tenho a certeza de que iria um apadrinhado político, já que a MERITOCRACIA atualmente não existe. Devido a uma recomendação do MEC – Ministério da Educação e Cultura, os últimos Administradores Postais foram formados na UNB – Universidade Nacional de Brasília saindo com o diploma de Administrador daquela Universidade, reconhecida no Brasil inteiro. João Ubaldo Ribeiro em sua crônica “Precisa-se de Matéria Prima para construir um País” descreve o perfil da maioria dos brasileiros onde a “esperteza”, a corrupção impera e sinaliza que a solução é EDUCAÇÃO.
Em 1984, no Congresso de Hamburgo/Alemanha, o Presidente da ECT, Coronel Eng. Adwaldo Cardoso Botto de Barros foi eleito Diretor Geral (Presidente) da UPU – União Postal Universal, com sede em Berna, na Suiça. Era o reconhecimento do mundo pela transformação nos Correios, que estava entre os 5 melhores do planeta. Gestão comprovada pela reeleição em 1989 por mais 5 anos.
Em 2004/2005, Maurício Marinho estava sem função quando encontrou um padrinho político, o Roberto Jefferson, aliadíssimo do Governo de Lula, que o indicou para ser o chefe do Departamento de Administração responsável pela área de compras. Deu no que deu, apareceu o Mensalão, com posteriormente José Dirceu e Genuíno condenados.
Sempre vi todos os empregados da ECT que vestiam a camisa da empresa, trabalhando e não fazendo piquete nas greves, para torná-la forte, moderna, competitiva, com uma gestão eficiente e eficaz. Perdi função por ter aceito ser Diretor do SINTCOM, o dos empregados, porque em 1989, o SINCOTELBA era do Diretor Regional e Gerentes, que perseguiam, puniam e demitiam os dirigentes do verdadeiro sindicato. Então, tínhamos o SINTCOM filiado à FENTECT e o SINCOTELBA filiado à FINDECT, que fazia os acordos como a ECT mandava. Hoje não se perde mais função por participar de sindicato, ao contrário, ganha-se função.
É o sonho dos que gostam desta empresa, que os empregados entrassem para ficar, para fazer carreira, não somente por ela oferecer bons salários e sim por “oferecer um ambiente de trabalho saudável, democrático, com regras claras de carreira, no qual os empregados percebam nitidamente que são valorizados e onde todos saibam que podem chegar a qualquer lugar." Isso seria o ideal, o máximo, mas não pode acontecer nunca quando a indicação política é que impera. Onde não há MERITOCRACIA.
Existe uma pergunta no ar: “Precisamos mesmo de Administradores Postais?”. A resposta positiva fica comprovada tão somente pelo fato do atual Diretor ser Administrador Postal. Mas, na realidade, precisamos de mais empregados com cargos de nível superior, conquistado em concurso público, como também de mais técnicos e sobretudo, precisamos de carteiros e atendentes comerciais exercendo as suas atribuições constantes do PCCS – Plano de Cargos, Carreiras e Salários. O MANPES foi alterado e não está coerente com o PCCS. E então, acredito que a pergunta correta é: para que cargos de níveis superiores? Se o empregado com cargo de nível médio pode ser designado para qualquer função, sendo suficiente ser parente, aderente ou próximo de congressista para se tornar um gestor biônico.
Armando Guimarães Alves Dias cursou até o terceiro ano de engenharia da Escola Politécnica da UFBA quando, por ter passado no concurso público nacional dos Correios para fazer a PUC do Rio de Janeiro, deixou o sonho de ser engenheiro por outro maior: servir à população brasileira trabalhando nos Correios. É Administrador Postal formado na França.
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