Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Antonio Almir Viana , 19 de agosto de 2024

UM MENINO DA FLORESTA

Esta história contém:

UM MENINO DA FLORESTA

Retalhos da minha história, escrevo talvez para satisfazer meu ego e, quem sabe alguém que viveu nos mesmos lugares e época, lembrem de mim ou de alguém da minha família, já que cito personagens e lugares pelo verdadeiro nome ou apelido. Ficarei feliz só pelo fato de poder escrever.

A História

Nasci no Alto Rio Acre, no ano de 1954, na localidade do lado boliviano de nome arrepiante, porém era ou talvez ainda seja um paraíso amazônico. \\\"Praia do Inferno\\\". Tinha esse nome não sei ao certo, pelo fato de numa curva do rio, no verão amazônico formava uma grande e perigosa cachoeira, onde era comum acontecer naufrágios de pequenas canoas. Porém no lado oposto, na outra margem, formava uma linda praia de areias muito brancas.

Anos mais tarde, por volta de 1958, mudamos para um local rio acima chamado \\\"Belo Horizonte \\\". Lá formou-se uma comunidade de brasileiros e bolivianos. Foi criado uma escola rural, bem improvisada mesmo, cuja professora e toda a estrutura era da Bolívia, vivíamos em harmonia, dentro do possível. Nessa escola fui alfabetizado em espanhol, destaque-se que a disciplina era bem rígida, com uso de palmatória e outros instrumentos de tortura. Lá nasceram minhas irmãs: Ana Maria e Maria do Socorro, foram registradas e batizadas como cidadãs bolivianas. Até o padrinho de uma delas, era o líder da comunidade, Capitan Renê. Compadre dos meus pais. Nesse lugar, também faleceu a quinta filha do casal, Dangueira & Tereza, uma criança de nome Maria Antônia, toinha. Eu sou o quarto filho.

Tempos depois fomos morar mais para interior, longe da margem do rio, um dia de viagem a pé, numa colocação de seringa chamada São Salvador, \\\"vizinhas\\\" de outras três com nomes de: Baixa Verde, Piancó e Cacimbão, pertencente ao Seringal \\\" Baturité que ficava do lado boliviano e de frente do outro Seringal de nome Quixadá. Na nova colocação, vivemos até 1967 se não me engano, produziamos borracha, castanha e...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Herdarão minha arte
Vídeo Texto

Siã Huni Kuin

Herdarão minha arte
A luta pela terra
Vídeo Texto

João Souza Diniz

A luta pela terra
Uma biblioteca no Jari
Vídeo Texto

Helomar de Assis Gama

Uma biblioteca no Jari
Histórias do início do Jari
Vídeo Texto

Benedito Augusto da Gama

Histórias do início do Jari

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.