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Personagem: Josmar Tadeu Inácio
Por: Museu da Pessoa, 28 de maio de 2008

Um jornalista, Heliópolis e a sustentabilidade

Esta história contém:

Um jornalista, Heliópolis e a sustentabilidade

IDENTIFICAÇÃO O meu nome é Josmar Tadeu Inácio, eu sou jornalista e sou paulistano convicto, nessa cidade maravilhosa que pode oferecer a todos o acolhimento. FAMÍLIA O meu avô, Marcelino Inácio, era jongueiro da cidade de Guaxupé. Meu avô foi filho de escravo e por muitos anos ele contou a história da frente negra de Guaxupé. E acabou sucedendo que o meu pai, como filho mais velho, acabou se tornando um músico de uma orquestra aqui em São Paulo. E o neto, que passou a chamar Josmar Tadeu Inácio, que sou eu, acabou a pesquisa enveredando para o lado das manifestações populares como o jongo, lundu, congada, "moçambique". E engraçado que aconteceu uma coisa na minha vida. Eu me dou muito bem com instrumentos de percussão, aprendi sozinho, foi dom. Engraçado, que eu sempre quis aprender a tocar instrumentos de corda e encontro muita dificuldade. Inclusive através da Universidade Livre da Música, da Pauta Musical, eu sinto dificuldade e acabo largando o curso. Mas na percussão é uma coisa que vem de gerações anteriores e que dá muito certo. Eu acredito que com os meus netos também vai acontecer o mesmo. Mas eu atribuo isso aos antepassados, onde a raça negra, ao mesmo tempo em que era prejudicada, tinha um jogo de cintura pra suavizar um pouco essa sensação de descaso que o negro sofria aqui no Brasil. ATIVIDADE ATUAL Hoje eu sou jornalista e faço um voluntariado. Há oito anos, eu sou voluntário de uma favela em Heliópolis. Eu comecei com uma rádio comunitária dentro da favela, que pra mim foi muito importante. De dois anos pra cá, eu comecei a aprender a fazer justiça restaurativa, onde a gente aprende a acolher as pessoas, seja o réu, ou seja, a vítima. A gente aprende a equilibrar as duas partes numa forma de ouvir para compreender, criar uma cultura de paz. Porque, na verdade, a gente tem que diminuir um pouco essa violência que ocorre nos grandes centros e, também, que a mídia...

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Projeto: Instituto Ethos

Entrevistado por: Cláudia Leonor

Depoimento de: Josmar Tadeu Inácio

Local: São Paulo

Data: 28/05/ 2008

Realização: Instituto Museu da Pessoa.net

Código: ETH_ CB006

Transcrição: Vanuza Araújo Ramos

Revisado por: Brígida Veiga Batista

P/1 – Bom, Josmar, pra gente começar nossa entrevista, vou pedir pra você falar de novo seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – O meu nome é Josmar Tadeu Inácio, eu sou jornalista e sou paulistano convicto, nessa cidade maravilhosa que pode oferecer a todos o acolhimento.

P/1 – Josmar, fala um pouquinho da origem da sua família, que a gente estava conversando sobre o pessoal que veio de Minas gerais, como é que é isso?

R – Sim. O meu avô, Marcelino Inácio, ele era jongueiro da cidade de Guaxupé. Meu avô foi filho de escravo e por muitos anos ele contou a história da frente negra de Guaxupé. E acabou sucedendo que o meu pai, como filho mais velho, acabou se tornando um músico de uma orquestra aqui em São Paulo. E o neto, que passou a chamar Josmar Tadeu Inácio, que sou eu, acabou a pesquisa enveredando para o lado das manifestações populares como o jongo, lundu, congada, moçambique. E engraçado que aconteceu uma coisa, assim, na minha vida. Eu me dou muito bem com instrumentos de percussão...

P/1 – Você aprendeu sozinho?

R – Aprendi sozinho, foi dom.

P/1 – Conta como foi o aprendizado.

R – Engraçado, o que eu sempre tive, sempre quis aprender a tocar instrumentos de corda e eu encontro muita dificuldade pra tocar um instrumento de corda, inclusive através da Universidade Livre da Música, da Pauta Musical, eu sinto dificuldade e acabo largando o curso. Mas na percussão é uma coisa de, que vem de gerações anteriores e que dá muito bem certo. Acredito que com os meus netos também vai acontecer o mesmo. Mas, eu atribuo isso aos antepassados, onde a raça negra, ao mesmo tempo em que ela era prejudicada, ela tinha um jogo...

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