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Personagem: Marina Mendes Rocha
Por: Museu da Pessoa, 24 de julho de 2004

Um ato de amor materno

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P/1 – Dona Marina, para começar, gostaria que me dissesse seu nome completo, a data e o local que a senhora nasceu.

R – Marina Mendes Rocha, nasci em 25 de janeiro de 1937, em São Paulo.

P/1 – Em São Paulo, na capital?

R – Na capital. Precisamente no Jardim Europa.

P/1 – A família toda da senhora é aqui da capital, dona Marina?

R – Sim.

P/1 – Tanto por parte de mãe, como por parte de pai?

R – Os pais dos pais, os primos e tios eram de Santos, mas todos são daqui de perto.

P/1 – Como se chamava o pai da senhora, Dora Marina?

R – Pedro Mendes e a mamãe, Rosa Mendes.

P/1 – Da família do seu pai, a senhora conhece um pouco da história?

R – Ah! A história não muito bonita. Papai viveu sozinho, sozinho entre aspas, foi criado sem pai e sem mãe. A mãe dele morreu quando ele tinha seis meses em um acidente derretendo cera. A cera caiu por cima dela e ela não sobreviveu. E aos dois anos de idade, faleceu meu avô com a doença de febre amarela, que houve no passado. Então, papai foi criado com irmãos que eram pequenos, com alguns tios e até em conventos de padres. Então era assim, um pai enorme, com um metro e noventa, e forte. Era uma fortaleza realmente. Mas de sentimento ele era meio bruto, parecia uma pedra, embora o nome dele fosse Pedro, era uma pedra que não foi polida. Ele foi muito austero, muito bravo. E só depois de adulto é que fomos entender o porquê dele ser assim, pois se não recebeu, não podia dar o que não tinha. Ele não recebeu carinho nem atenção porque cada dia ele estava em um lugar com pessoas estranhas. Ele era o caçula de três, de mais duas irmãs, então eu acho que do pai me ficou isso: aquela fortaleza, aquele homem rude, mas também porque não recebeu muito pra dar.

P/1 – Qual era a profissão dele, dona Marina?

R – Pedreiro.

P/1 – Pedreiro?

R – Pedreiro (risos). Pedra...

P/1- E a senhora...

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Dados de acervo

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Museu aberto

Entrevistado por Imaculada Lopes e Sônia London

Depoimento de Marina Mendes Rocha

São Paulo, 2407/2004.

Realização: Museu da Pessoa

Transcrito por Maria Christina de Almeida Macedo.

Depoimento MA_HV086

Transcrito por Maria Christina de Almeida Macedo

Revisado por Fernanda Regina

P/1 – Dona Marina, para começar, gostaria que me dissesse seu nome completo, a data e o local que a senhora nasceu.

R – Marina Mendes Rocha, nasci em 25 de janeiro de 1937, em São Paulo.

P/1 – Em São Paulo, na capital?

R – Na capital. Precisamente no Jardim Europa.

P/1 – A família toda da senhora é aqui da capital, dona Marina?

R – Sim.

P/1 – Tanto por parte de mãe, como por parte de pai?

R – Os pais dos pais, os primos e tios eram de Santos, mas todos são daqui de perto.

P/1 – Como se chamava o pai da senhora, Dora Marina?

R – Pedro Mendes e a mamãe, Rosa Mendes.

P/1 – Da família do seu pai, a senhora conhece um pouco da história?

R – Ah! A história não muito bonita. Papai viveu sozinho, sozinho entre aspas, foi criado sem pai e sem mãe. A mãe dele morreu quando ele tinha seis meses em um acidente derretendo cera. A cera caiu por cima dela e ela não sobreviveu. E aos dois anos de idade, faleceu meu avô com a doença de febre amarela, que houve no passado. Então, papai foi criado com irmãos que eram pequenos, com alguns tios e até em conventos de padres. Então era assim, um pai enorme, com um metro e noventa, e forte. Era uma fortaleza realmente. Mas de sentimento ele era meio bruto, parecia uma pedra, embora o nome dele fosse Pedro, era uma pedra que não foi polida. Ele foi muito austero, muito bravo. E só depois de adulto é que fomos entender o porquê dele ser assim, pois se não recebeu, não podia dar o que não tinha. Ele não recebeu carinho nem atenção porque cada dia ele estava em um lugar com pessoas estranhas. Ele era o caçula de três, de mais duas irmãs, então eu acho que do pai me ficou isso:...

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