Um assalto nem tão normal
Certo dia, eu estava voltando do colégio no qual eu estava estudando no 1º ano do ensino médio. Estava ao lado de um amigo meu voltando pra casa e quando cruzamos uma rua, um sujeito começou a nos seguir. Tinha até desconfiado um pouco, mas segui andando tranquilamente. Estávamos com o uniforme da escola e com tênis caros, ou seja, vestidos iguais dois playboys pelo estereótipo. Quando de repente o homem que estava nos seguindo se aproximou da gente e nos abordou pedindo o celular. Ele não nos apontou nada, nisso, meu amigo desceu rapidamente a ladeira da rua em que estávamos, mas eu estava do outro lado da rua, em frente aos carros, ou seja, não tinha como escapar. No momento em que o sujeito repetiu a frase “passa o celular”, ele parecia tirar um pequeno objeto do bolso, e eu ao pensar que era uma faca, entreguei-lhe o meu celular.
Aquele roubo poderia ter acontecido normalmente como qualquer outro, mas eu pensei na hora: “isso não pode ficar assim”. E no mesmo momento vi meu amigo voltando da rua em que ele tinha se enfiado e então eu tive a ideia de correr atrás do ladrão, pois ele parecia estar fraco e drogado. Foi aí que eu vi ele cruzando a rua Independência na qual estava vazia sem nenhum carro passando. Então eu e meu amigo corremos atrás do bandido como se fosse uma maratona. Conseguimos pegar ele de surpresa, cheguei dando uma voadora na cabeça dele , deixando-o no chão atordoado. Como se não bastasse isso, meu amigo chegou e arrematou mais uns socos na cara dele. Enquanto ele estava no chão tentando se mover, eu chequei os dois bolsos dele, um deles tinha meu celular, já desligado, mas o outro não tinha nada, ou seja, ele não estava armado quando nos assaltou. Nós batemos tanto no ladrão que ele estava quase ímovel , deixamos ele inchado, atordoado e jogado na rua. Logo depois, nós saímos como se nada tivesse acontecido e voltamos para casa.
Depois de toda aquela situação, eu...
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Um assalto nem tão normal
Certo dia, eu estava voltando do colégio no qual eu estava estudando no 1º ano do ensino médio. Estava ao lado de um amigo meu voltando pra casa e quando cruzamos uma rua, um sujeito começou a nos seguir. Tinha até desconfiado um pouco, mas segui andando tranquilamente. Estávamos com o uniforme da escola e com tênis caros, ou seja, vestidos iguais dois playboys pelo estereótipo. Quando de repente o homem que estava nos seguindo se aproximou da gente e nos abordou pedindo o celular. Ele não nos apontou nada, nisso, meu amigo desceu rapidamente a ladeira da rua em que estávamos, mas eu estava do outro lado da rua, em frente aos carros, ou seja, não tinha como escapar. No momento em que o sujeito repetiu a frase “passa o celular”, ele parecia tirar um pequeno objeto do bolso, e eu ao pensar que era uma faca, entreguei-lhe o meu celular.
Aquele roubo poderia ter acontecido normalmente como qualquer outro, mas eu pensei na hora: “isso não pode ficar assim”. E no mesmo momento vi meu amigo voltando da rua em que ele tinha se enfiado e então eu tive a ideia de correr atrás do ladrão, pois ele parecia estar fraco e drogado. Foi aí que eu vi ele cruzando a rua Independência na qual estava vazia sem nenhum carro passando. Então eu e meu amigo corremos atrás do bandido como se fosse uma maratona. Conseguimos pegar ele de surpresa, cheguei dando uma voadora na cabeça dele , deixando-o no chão atordoado. Como se não bastasse isso, meu amigo chegou e arrematou mais uns socos na cara dele. Enquanto ele estava no chão tentando se mover, eu chequei os dois bolsos dele, um deles tinha meu celular, já desligado, mas o outro não tinha nada, ou seja, ele não estava armado quando nos assaltou. Nós batemos tanto no ladrão que ele estava quase ímovel , deixamos ele inchado, atordoado e jogado na rua. Logo depois, nós saímos como se nada tivesse acontecido e voltamos para casa.
Depois de toda aquela situação, eu cheguei em casa e caiu a ficha, eu tinha percebido o que tinha acabado de fazer e me senti abismado com tudo aquilo. Me senti culpado por ter batido naquele cara, mas ao mesmo tempo eu fiz o que mais tinha vontade de fazer naquela hora, e aquilo me deixou feliz por um tempo, porque eu impedi algo que não deveria acontecer.
Toda vez que eu passava pela Independência, eu procurava o ladrão que nos tinha assaltado, mas eu nunca o achava. Porém um dia, eu desci a rua Barros Cassal(rua divergente à Independência) e encontrei o ladrão, totalmente drogado e acabado. Isso até me trouxe uma reflexão por pensar que ele só tinha tentado me roubar para conseguir comprar mais droga, ou não, talvez ele só tenha tentado se alimentar trocando aquele celular por algo. Sempre reflito o que será que ele fez para chegar naquela situação. Desde sempre ele pode ter lutado para ter uma vida normal com todos os direitos sociais, mas teve que recorrer ao crime e ao uso de drogas para manter alguma visão sobre a vida. Tenho esses pensamentos até hoje, mas pelo menos ainda tenho meu celular.
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